Investimento Estrangeiro Direto caiu 28% no primeiro quadrimestre desse ano
Essa é a quinta maior queda da série histórica para o período. O valor de investimentos de US$ 24,3 bilhões, foi 28,2% inferior ao mesmo período de 2022, quando o volume de recursos voltados para investimentos de longo prazo no Brasil somou US$ 33,9 bilhões.
Essa é a quinta maior queda da série histórica iniciada em 1995, segundo dados do Banco Central (BC). O Investimento Estrangeiro Direto (IED) também chamado de Investimento Direto no País (IDP) pelo BC, nos quatro primeiros meses de 2023 só superaram a variação de 2002 a 2003 quando teve uma queda de 58,5%, de 2008 a 2009, quando teve uma queda de 37,2%, de 2012 a 2013, quando houve uma queda de 38,5% e de 2014 a 2015, quando teve uma queda de 48,8%.
É importante ressaltar que, em 2003, no primeiro governo do presidente Lula, aconteceu a maior queda. Em contrapartida, o segundo mandato do petista no Planalto teve a maior alta com um crescimento de 224,3%, na variação de janeiro a abril de 2007, comparado com o mesmo período 2006.
O IDP é diferente da entrada de recursos estrangeiros na B3, Bolsa de Valores de São Paulo. É importante entender que esses números apresentados pelo BC demonstram o saldo de entrada de recursos voltados para investimentos de longo prazo. Empresas, negócios, aberturas de filiais de multinacionais e até mesmo obras de infraestrutura.
O Brasil, tradicionalmente, é um destino de investimento estrangeiro direto. Segundo a OCDE, em 2022, o Brasil foi o terceiro maior destino de investimento estrangeiro direto. Em primeiro lugar veio os EUA, com uma queda de US$ 405 bilhões em 2021 para US$ 318 bilhões em 2022.
Em segundo lugar, veio a China, que também teve uma queda de US$ 344 bilhões para US$ 180 bilhões e o Brasil veio em terceiro lugar com uma elevação de 2021 para 2022, indo de US$ 51 bilhões para um total de US$ 85 bilhões.
Então, esse ano talvez seja um ano mais difícil para o investimento estrangeiro direto e sua entrada aqui no Brasil, por conta dessa desaceleração no início do ano e todas as incertezas da transição de governo.