
Garimpando Bolachas- Episódio 58- CARLTON JUMEL SMITH
29/11/2025 | 14min
Carlton Jumel Smith – Soul Man Vivendo na América em uma época em que muitos no poder são completamente desprovidos dealma, é preciso um Super Soul Man para manter a balança em equilíbrio genuíno! Esse é Carlton Jumel Smith.Soul Man de renome mundial, cantor, compositor, produtor e ator, construiu sua carreira sozinho e incendiou palcos de shows de Finlândia, China, Rússia, Turquia, Inglaterra, França e, claro, sua cidade natal, Nova York. Lexington Avenue", de 2019 é sua obra prima. Teve a honra de interpretar seu maior herói musical, James Brown, no filme "Liberty Heights" (1999), de Barry Levinson, e teve um papel principal ao lado de Cyndi Lauper no musical off-Broadway "Largo" (sobre a vida do compositor clássico tcheco Dvořák). Nasceu em no Spanish Harlem – com três irmãs e sua mãe. Ela quem levou Carlton, aos 8 anos, para assistir a James Brown no lendário Apollo – um local que não era apenas sagrado para Brown, mas também para todos os artistasnegros. A experiência de ver James Brown, com sua orquestra de 16 músicos, cantores e dançarinos, deixou uma marca indelével em Carlton. Ao mesmo tempo, por meio de discos, sua mãe o apresentou à maestria de Ray Charles, Otis Redding, Sam Cooke, Joe Tex, Marvin Gaye, Johnnie Taylor, Al Green, e muitos outros. A profundidade do impacto deles foi tamanha que Carlton tem os nomes tatuados em ambos os braços.Passou os anos 80 aprimorando os vocais com os mentores locais Rick Torres e Greg Fore, experimentando a composição e enviando demos. Uma demo o conectou com a empresária, Yvonne Turner, resultando no single de estreia de Carlton em 1986, uma faixa de House Music apropriadamente intitulada "Excite Me". Após embarcar em um avião para Hollywood para entregar pessoalmente sua fita ao diretor Barry Levinson, lhe garantiu o papel de um Brown ambicioso da década de 1950 no filme "Liberty Heights", Carlton estreou no B.B. King's Club, na Times Square, em Nova York, em 2002 – inicialmente como substituto de Ray Charles, que estava doente. Isso o levou a anos de shows lotados em New York, onde gravou dois álbuns ao vivo independentes lá: um deles: Carlton J. Smith Live at B.B. King's, de 2003 (com músicas associadas a Ray Charles e James Brown). O lendário empresário Alan Leeds, que gerenciou as carreiras de Brown e Prince, apelidou carinhosamente Carlton de "Soul Brother Number New".Essa distinção em particular provou ser profética, pois Carlton teve uma grande oportunidade quando uma banda de jazz cancelou sua temporada em um clube na China, o agente ligou freneticamente para o mundo todo em busca de umsubstituto de última hora. Carlton, voou imediatamente e encantou o público asiático ávido por soul autêntico. Um contrato de três meses se transformou em quase uma década de trabalho constante, com seis shows por semana e três por dia, entre 2005 e 2014. Durante esse período, Carlton também gravou mais discos: Primeiro veio Waiting (2006), um projeto composto principalmente por regravações comoventes de obras de uma influência singular: o compositor experimental Tom Waits, que Carlton descreve – assim como Bobby Womack – como um tio que transmite “a verdade nua e crua”. De volta da China em 2014, Carlton lançou G.U.M. (Grown-up Music), direcionando seu foco para um público mais maduro. Em plena ascensão, morou na Turquia, Reino Unido, Suíça, Romênia, Indonésia, Rússia e Noruega. Lançou um livro "Nothing Matters Except the Music", que narra as experiências que teve com Sly Stone, The Isley Brothers, Patti LaBelle e muitos outros. “Acredito firmemente que uma ótima canção é um beijo de Deus, afinal, na minha equação da alma: “Música + Letra = Sua Vida…”(Scott Galloway, June 2021)

Garimpando Bolachas- Episódio 56- WOLFGANG VALBRUN
02/11/2025 | 7min
Wolfgang Valbrun Wolfgang Valbrun é um cantor e compositor nascido e criado no estado de Nova York, cuja carreira musical floresceu na Europa, particularmente em Paris, França.Sua educação musical veio de sua mãe com os sons icônicos de Bob Marley, Bobby McFerrin, Billy Joel, Elton John até o estilo eclético de Charles Aznavour e Grace Jones, tudo infundido com um toque de Kompa, um fascinante sabor musical haitiano.Seus primeiros anos foram marcados por períodos tumultuados, pois ele se mudava regularmente entrediferentes países. Foi para Paris na adolescência, e sua vida tomou um rumo decisivo. A transição para uma nova cultura e ambiente exigiu adaptação, deixando para trás os marcos familiares;guiado pela mão encorajadora de seu primo mais velho, ele se afastou do rock americano e mergulhou no mundo cativante do soul, jazz e música brasileira. Artistas como Erykah Badu, The Roots, Seu Jorge deixaram muito em sua música. Com o fim do ensino médio se aproximando, Wolfgang buscou uma mudança de ares. Passou um ano na Venezuela, onde as batidas encantadoras da salsa, o balanço rítmico do merengue, a vibrante cumbia e as cadências deliciosas do calipso o encantaram.Ao retornar à França, fez um teste para integrar a banda de funk parisiense "Marvellous", onde conheceu Thierry Lemaitre, com quem compõe e toca desde então. Wolfgang conheceu seus futuros companheiros de banda, James Graham e Adam Holgate, tocando ao vivo com uma banda de soul britânica chamada Hannah Williams & the Tastemakers. A compositora e líder da banda, Olive Mondegreen, convidou Wolfgang para integrar seu novo projeto, "Ephemerals", como vocalista principal.O Ephemerals gravou seu primeiro álbum em sete dias em um estúdio londrino e o lançou de forma independente, só assinando com uma gravadora quando o álbum já estavadisponível e havia conquistado uma base de fãs entusiasmada. O álbum Nothin Is Easy, conta com o neo soul clássico e um elemento-chave: emoção. Mais três álbuns efêmeros se seguiram — cada um deles um movimento corajoso e desafiador.2020 trouxe novos desafios para todos os músicos, levando Wolf a repensar sua trajetória musical. Incentivado por seus companheiros de banda e pela gravadora, ele começou a compor suas próprias músicas, planejando um álbum e uma turnê pela primeira vez com seu próprio nome.O resultado é "Flawed By Design", uma coletânea de músicas intensamente pessoais, inspiradas em amor, relacionamentos, agitação social e crescimento pessoal.O álbum foi gravado no Fishpond Studio Bristol e no Rockfield Studio Wales com Thierry Lemaitre, James Graham, Adam Holgate, Damian McLean-Brown, Charlie Fitzgerald, Rhii Williams, Matt Brown e Jai Widdowson – músicos extremamentebrilhantes.

Garimpando Bolachas- Episódio 55- AARON WEST & THE ROARING TWENTIES
06/10/2025 | 11min
Aaron West and the Roaring Twenties Projeto solo do vocalista do The Wonder Years, Dan Campbell É definido como "um estudo de personagem conduzido por meio da música", com Campbell assumindo a personade Aaron West nas letras de cada música. Dan Campbell, começou o projeto em 22 de maio de 2014, por meio de um vídeo intitulado "An Introduction To AaronWest", se esforçando para "fazer uma peça de ficção parecer tão crua e pessoal quanto suas músicas. Aaron se concentrava em uma pergunta impossível e perfeita: quando não nos resta mais nada, por que continuar? Tudo começou com apenas uma música, um experimento com o colaborador Ace Enders, do Early November, sobre um homem cuja esposa perde um bebê. Percebeu que a história não poderia começar ou terminar ali, que havia uma pessoa inteira que ele precisava conhecer. Então Campbell levou Aaron pelo país, de Long Island ao sul da Califórnia, guiou-o por brigas de bar, uma mesa depapéis de divórcio, o banco do piano da igreja ao lado de um sobrinho que ele aprendeu a amar como um filho, praias, rodovias, sofás e cabines telefônicas, tudo numa tentativa de entender o que permite a uma pessoa continuar diante deuma catástrofe. Quando não tem mais nada, tem seu violão, o palco, as luzes. Tem a música. Depois de dez anos, dois álbuns, um EP e um single, a resposta à busca brutal de Aaron vem na forma de seutriunfante terceiro capítulo, IN LIEU OF FLOWERS. Não uma coleção de elegias, mas sim uma ópera conceitual, uma ode ao oprimido, Campbell e a banda levam a dinâmicacaracterística do AW20 a novos patamares, casando o impacto da percussão punk e acordes poderosos com o som das raízes do banjo e do pedal steel, traçando o arco turbulento do imaginário nômade de coração partido em direção à cura, do fundo de garrafas em quartos de motel cinzentos e locais de porão profanados - "shows em uma igreja abandonada em Glasgow, a ironia é um poucoóbvia", ele zomba sobre o dedilhado lamentoso em "Alone at St. Luke's. Fãs de longa data reconhecerão asexplosões de instrumentos de sopros, liderados pelo saxofone bombástico e comovente de Chiemina Ukazim, que mantêm o pulso e a coragem da classe trabalhadora da Costa Leste.Mais alto e impetuoso do que nunca, e em outros lugares ainda mais intimista, mais devastador, com lembranças ereferências – Aaron West consegue se manter tãolúcido e irônico como sempre, com o humor ácido que só vem da tragédia. IN LIEU OF FLOWERS não é sobre escolhas perfeitas, finais perfeitos, pessoas perfeitas, é sobre errar e aprender a ser abraçado novamente. Nos chocantes momentos finais do disco, Aaron, esgotado e renovado, retorna ao início de sua história, um lugar que ele jamais imaginou que voltaria. Mas, se você souber como olhar, cada retorno ao passado promete algo antes inimaginável, algo novo. Como Aaron diz: "Não é essa a parte mais intensa da esperança?" Álbuns: In Lieu Of Flowers: (2024)The Sweatshop Sessions (2023)Blues Night 2 (2021) Blues Night 1 (2020)Live From Asbury Park: ( 2020)Routine Maintenance: (2019)Bittersweet: ( 2016)504 Soul (2015)The Trans- Tasman Quartet (2014)We Don't Have Each Other: (2014)

Garimpando Bolachas- Episódio 54- GRAND MOTHER'S FUNCK
01/9/2025 | 5min
Grand Mother's Funck AGrand Mother's Funck, banda Suiça tem uma história de 23 anos de estrada. A base para esse sucesso vem da simples alegria de fazer boa música, que gera uma fonte inesgotável de energia. Eles vêm de Burgdorf, pequena cidade do vale do Emmental, na Suíça (é de lá que vem o queijo com os grandes buracos): Cinco adolescentes da escola local encontraram um disco antigo de James Brown no sebo e ficaram imediatamente fascinados e juraram solenemente que o Funk era o quequeriam desenvolver.Os emergentes funkeiros foram intensamente influenciados por seus ídolos: Sly Stone, George Clinton e o próprio Godfather, James Brown. Todos eles se revelaram músicos extremamente talentosos e criativos, e logo começaram a tocar em Berna suas próprias músicas. Com seu primeiro álbum, " Grand Mother's Funck ", em 1995, o GMF estabeleceu um novo padrão na cena funk suíça. Para o segundo album, " Please Baby Please Baby Baby Baby Please " de (1996), assinaram com a gravadora americana Greyboy Records em San Diego. (De Karl Denson, presente no episódio 12 do Garimpando Bolachas).O GMF continuou convidando vocalistas, como a cantora de blues Trudy Lynn e Noël McCalla (Manfred Mann Earth Band) para seu terceiro álbum, " Heebie Jeebies Dance ", de 1996.Tamara Canovo juntou-se à banda em 1997, quando sua voz poderosa se tornou a marca registrada da GMF e o impacto do novo som foi sentido em turnês pela Alemanha, França, Itália, Áustria e Inglaterra. Os destaques incluíram a apresentação inesquecível no Festival de Jazz de Montreux naquele mesmo ano e a gravação ao vivo de " Working Live " em 1999. A GMF incluiu mais três sopros e dois percussionistas e iniciou o projeto "Gran Orquesta": trilhas sonoras clássicas de filmes dos anos setenta ("Missão Impossível", "Perseguidor Implacável" etc.),A Gran Orquesta tocou em vários grandes festivais suíços, como Gurten e St. Gallen. Em 2000, com a colaboração da cantora americana Tiza, nasceu o "Secrets in Sonic Space"; o álbum é uma coleção de grooves. Em seguida, uma excursão, World Funk, resultou o album Beat Mondial.2007 viu o nascimento de At The Funckyard, mixado por Hans-Martin Buff, que foi o engenheiro pessoal de Prince de 1996 a 2000.A antiga tradição do funk ainda é parte importante do som do GMF, mas a fusão com o soul e o jazz leva a banda a um novo patamar. Músicos Daniel "Bean" Bohnenblust – Sax (1992)Rich Fonje – Vocals (2002)Bernhard Häberlin – Guitar (1992)Andreas "Chnufi" Michel – Keyboards (1993)Ohlê Gagneux – Percussion (1995)Thomas Reinecke – Bass (1998)Daniel "Booxy" Aebi – Drums (1992)Yasmine Tamara – Vocals (1997-99)Bernhard Bamert – Trombone (1993-2002)Discografia:1995-Grand Mother’s Funck1996-Heebie Jeebies Dance1999-Woking Live! (Festival de Jazz de Montreux)2000-Gran Orquestra2002-Secrets in Sonic Space2002-Please Baby Please Baby Baby Please2003-In Sonic Space Live!2005-Beat Mondial2007-At The Funckyard2010-The Proud Egyptian2017-Take The Money2020-The Big Pie

Garimpando Bolachas- Episódio 53- CHINA MOSES
03/8/2025 | 8min
China MosesNascida em Los Angeles, Califórnia, China Moses é filha da cantora de jazz Dee Dee Bridgewater e do diretor Gilbert Moses. Ela lançou seu primeiro single, "Time" (1996), aos 18 anos. Seguindo com três álbuns: China (1997),On Tourne en Rond (2000) Good Lovin (2004). De outubro de 2011 a dezembro de 2012, apresentou o programa diário Made in China da Jazz Radio. Para administrar suas atividades como artista, China lançou sua própria produtora, a Made In China Productions, em 2008. Moses e o pianista francês Raphaël Lemonnier criaram um show chamado Gardenias for Dinah, uma homenagem ao ídolo mútuo Dinah Washington, que também foi a inspiração para o álbum This One's for Dinah, lançado em 2009 pela Blue Note. Após sua turnê mundial, que incluiu Europa, Índia, Líbano, Canadá e Japão, o próximo trabalho de Moses e Lemonnier foi uma homenagem às grandes cantoras de blues e jazz que inspiraram ou os influenciaram. Entre elas, estão Dinah Washington Mamie Smith, Lil Green, Além de estrelas como: Nina Simone, Etta James, Janis Joplin,Donna Summer,Bessie Smith,Helen Humes,Aretha Franklin, Billie Holiday. Moses disse:"Nossas apresentações no palco são organizadas como um espetáculo. Adoro contar histórias, me vejo como um contador de histórias do jazz e gosto de garantir que as pessoas sorriam entre as músicasEm 2012 lança mais uma bolacha: Crazy Blues Em 2013, tornou-se consultora musical da fornecedora francesa de eletricidade ERDF. Também apresentou o documentário Soul Power como parte da série de verão "Summer of Soul". Além de sua participação no álbum So in Love 2010, Blue Note, de André Manoukian, Moses apresentou um novo show no outono de 2013, com canções como " Don't Let Me Be Misunderstood ", " Lullaby of Birdland " e " I've GotYou Under My Skin ". Além disso, ela se apresenta no Cafe Society Swing, um show escrito e produzido por Alex Webb que revive os bons tempos da lendária boate nova-iorquina dos anos 1940. Lá " Strange Fruit " foi cantada pela primeira vez por Billie Holiday . Moses coapresentou e cantou no primeiro Dia Internacional do Jazz da UNESCO, em Paris, França, em 2012, e se apresentou inúmeras vezes para a UNESCO dos EUA.Ela iniciou um documentário sobre o primeiro e o segundo Dia Internacional do Jazz em Paris. Em diversas ocasiões, Moses dividiu o palco com sua mãe, Dee Dee Bridgewater, e foi acompanhada por orquestras como a Deutsches Filmorchester Babelsberg e a conhecidaWDR Big Band que recomendo. Em 2017, Moses lançou pela gravadora MPS o álbum Nightintales , escrito em cinco dias com o multi-instrumentista negro britânico Anthony Marshall.A dupla gravou o álbum em Londres, no estúdio analógico Snap Studios. O álbum contou com Luke Smith nopiano, Neville Malcolm no baixo e Jerome Brownna bateria, três dos principais músicos negros britânicos da cena soul-jazz do Reino Unido.Sempre foi acompanhada na carreira por excelentes músicos, escolhidos com muito critério, prestem atenção na playlist. Se apresentou com Archie Shepp, Pee Wee Ellis, Theo Croker, John Beasley,Nils Landgren, John Patitucci, Magnus Lindgren, Jamie Cullum,Terence Blanchard, Terri Lyne Carrington, Aloe Blacc, Lakecia Benjamin e Ian Shaw, dividindo o palco com lendas como: Roy Hargrove,George Benson, Metropole Orkest Big Band, Inúmeras filarmônicas, incluindo Bogotá, Trier, Dresden, Potsdam, Bilbao, Paris e Szczecin, WDR Big Band,HR Big Band, Metropole Orkest Big Band e a New Orleans Jazz Orchestra. Esteve no Brasil em 2017, onde passou pelo Bourbon Street, Sesc, Piracicaba, Jundiaí e em Bauru. DISCOGRAFIA: 1997: China 2000: On Tourne en Rond 2004: Good Lovin 2009: This One's for Dinah 2012: Crazy Blues 2016: Watherver2017: Nightintales 2021: &The Vibe Tribe



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