Som, tempo e lugar – o rap nacional entre territórios e gerações com GOG
É impossível pensar a história do rap nacional desatrelada da história de seus territórios. Dizer isso pode soar básico demais, já que todo fenômeno cultural pode ser analisado a partir de seu lugar de origem, mas no caso do rap, a quebrada assume um lugar fundamental em sua forma.“Periferia é periferia em qualquer lugar”, diz a clássica “Brasília Periferia”, de nosso convidado, @gogpoeta, e é daí que parte nossa conversa.Diante das semelhanças que irmanam as periferias de todo Brasil, buscamos suas especificidades. Qual a formação do rap brasiliense? Quais os embates travados na produção da cultura tão próxima ao centro do poder do país? Como interagem as diferentes gerações do rap que já não compartilham mais a mesma abordagem em suas criações?Escutem e repassem a palavra. Até 2025.
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55:41
Ressonâncias invisíveis – o experimental e o popular entre Garanhuns e Nova York com Arto Lindsay
Arto Lindsay viveu entre o Brasil e os Estados Unidos, atravessando momentos definitivos para as artes visuais, a contracultura e a música experimental. Músico, compositor, produtor e artista multimídia, iniciou sua relação com o Brasil aos três anos, quando a família missionária se mudou para Pernambuco.
Sua condição de proximidade e ao mesmo tempo distanciamento das produções que se davam entre os dois países, fez com que sua criação refletisse tanto as formas presentes na bossa nova, na tropicália, no carnaval, quanto no free jazz, no pós-punk e na arte sonora.
Nessa conversa sem tema, perseguimos o repertório de Lindsay que vem de encontros com William Burroughs, passando por sua busca pela elaboração de uma forma diferente com DNA, Ambitious Lovers e seu projeto solo, chegando ao seu encontro com o que há de novo sendo produzido, seja o último disco de Tyler the Creator ou as produções de Gabriel do Borel.
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1:01:34
EXTRA! – Punk reggae party, Restos de nada, Sistah Chilli e Cisma com Felix Barreira e Ariel Invasor
Um episódio – ou uma convocação – para a próxima @punkreggaeparty, que acontece domingo, 10 de novembro, de graça!
Em conversa com @felixbarreira e @arielinvasor, comentamos a edição da festa que terá a reunião da primeira banda punk do Brasil, Restos de Nada, lançamento do novo álbum em vinil da @sistahchilli e o segundo show do @cismacisma_.
Na discotecagem em vinil, a seleção conhecida do residente @felixbarreira , acompanhado de @thiagor.osa na frente reggae e @ja1.jao & @allangcieri na frente punk.
Basta retirar o ingresso e colar: https://www.sympla.com.br/evento/punk-reggae-party-com-restos-de-nada-sistah-chilli-cisma-na-tarantino-cervejaria/2682596
Nos vemos lá!
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41:55
Radical Records – música independente e lutas por libertação com Marcelo Viegas e André Maleronka
A popularização do disco de vinil como forma dominante de distribuição musical em meados do século XX foi importante não apenas para que artistas conseguissem difundir sua música de forma independente, mas também para que movimentos de libertação, campanhas de solidariedade, organizações comunitárias e iniciativas de conscientização ampliasssem o alcance de suas mensagens.Radical Records – Uma enciclopédia da música independente e lutas por libertação, de Josh MacPhee, é um livro que reúne informações sobre música política e produção cultural radical. Ele articula selos que atuaram em conjunto nas lutas sociais, utilizando a cultura como uma plataforma ativa em processos revolucionários e experimentando na prática novas relações de trabalho, distribuição, linguagem e estética.Das lutas anticoloniais na África e Palestina, passando pelas campanhas de solidariedade com os países sob ditadura da América Latina, chegando aos selos de jazz, punk, cumbia, merengue, dub e seu compromisso com as lutas locais, essa conversa visita experiências pessoais e históricas que apresentam outras formas de se consumir, distribuir e fazer cultura e política.Radical Records está em uma campanha de financiamento coletivo e você pode contribuir com a publicação em: benfeitoria.com/radicalrecords
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1:24:43
Pega fogo cabaré – o agronegócio e o sertanejo como trilha sonora de um mundo em chamas com Douglas Rodrigues Barros
Quando a nossa noção de uma elite capitalista brasileira, antes industrial e urbana, se desloca para a ideia de uma elite do interior do país dada a produção de commodities, a difusão ainda mais marcante do sertanejo (ou "agronejo") opera como expressão que corrobora com o desejo de representação dessa elite no imaginário cultural.
Agora, o sujeito que trabalha com a terra é representado como proprietário, que ocupa lugar de poder e é politicamente articulado.
Essa conversa surge a partir do texto "O agro realmente é pop: sobre a hegemonia do sertanejo na era da pós-música", de Douglas Rodrigues Barros, publicado em 2023 na Revista Rosa. Hoje, novas camadas podem ser acrescentadas sobre a reflexão do monopólio que tornou o sertanejo uma expressão inescapável nos últimos 15 anos, e cada vez mais aliada das representações neoliberais, reacionárias e conservadoras.
Para ler o texto mencionado, acesse https://revistarosa.com/7/agro-realmente-pop