O grupo Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano estreou em 1961 com a balada “A noiva”, uma versão de Fred Jorge. O conjunto, inspirado nos corais das igrejas evangélicas americanas, harmonizava vozes negras femininas e masculinas. “A noiva”, uma canção romântica, ganha com os Cantores de Ébano ares de lamento quase religioso. Atenção para a voz de baixo profundo de Noriel Vilela.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
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Adoniran também era triste
Os sambas de Adoniran Barbosa são reconhecidos pelo linguajar simples, que busca reproduzir, com humor, o jeito de falar da população mais pobre das ruas de São Paulo. “Iracema” é um caso raro em seu repertório. Conta a história triste de uma mulher atropelada. A gravação original é de 1956, feita pelo conjunto Demônios da Garoa.Apresentação: Luiz Fernando ViannaEdição: Filipe Di Castro
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O humor de Ivon Curi
O mineiro Ivon Curi era o que se chamava de chansonnier, um artista capaz de interpretar de um jeito teatral aquilo que estava cantando. Metade ator, metade cantor. Um dos seus sucessos foi o xote “Farinhada”, de Zé Dantas, de 1955. Na gravação, bem divertida, ele mostra por que se tornou um dos artistas mais solicitados para as chanchadas do cinema e, mais tarde, na televisão, chegando a fazer parte de uma das primeiras escalações do grupo Os Trapalhões, comandado por Renato Aragão.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
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O início de Tom/Dolores
O samba-canção “Se é por falta de adeus” é a primeira música de autoria de Dolores Duran e também a primeira parceria dela com Tom Jobim. Naquele momento, em 1955, a cantora era muito mais conhecida que o jovem arranjador de gravadoras, compositor iniciante e pianista da noite. Dick Farney gravou “Se é por falta de adeus” em 1959, num arranjo enxuto e já influenciado pela bossa nova, que João Gilberto estreara um ano antes.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
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O romantismo de Catulo
Catulo da Paixão Cearense foi o primeiro grande letrista brasileiro. “Ontem, ao luar”, com melodia de Pedro Alcântara, é um de seus primeiros sucessos. Tinha um método às vezes polêmico de composição, adaptando versos alheios e botando letras em melodias sem autorização, mas o resultado aqui é uma das mais belas canções românticas nacionais. Vicente Celestino foi o primeiro a gravar “Ontem, ao luar”, em 1917, e bisou o feito em 1952. É esta gravação que apresentamos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Programa produzido pela Rádio Batuta com a missão de pescar pérolas pouco conhecidas do acervo musical do Instituto Moreira Salles (IMS), voltado principalmente para discos em 78 rotações. A seleção dos fonogramas é do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. O acervo está disponível no site discografiabrasileira.com.br.