Alexandre da Maia, Raphael Dorsa Neto, Rádio Cultura FM de Brasília 100,9
Programa semanal sobre a história da música no Brasil do século XX, produzido e apresentado por Alexandre da Maia e Raphael Dorsa Neto. Produção e locução das v...
Oscar Lorenzo Fernández (1897-1948) foi um dos mais notáveis compositores brasileiros do século XX, sendo uma figura central na música erudita nacional. Carioca de nascimento, Fernández construiu uma obra marcada pelo equilíbrio entre a tradição europeia e as influências da música popular e folclórica brasileira. Esse diálogo entre os universos musicais refletia não apenas a busca por uma identidade cultural brasileira, mas também seu domínio técnico e sua sensibilidade artística.
Formado no Instituto Nacional de Música, Lorenzo Fernández foi aluno de mestres como Henrique Oswald e Francisco Braga, de quem herdou o rigor técnico e a valorização da melodia. Fundador do Conservatório Brasileiro de Música em 1936, Fernández não apenas formou gerações de músicos, mas também ajudou a estruturar o ensino da música no Brasil.
Sua obra mais conhecida, a "Batuque" (terceiro movimento da suíte Reisado do Pastoreio, de 1930), tornou-se um marco do nacionalismo musical brasileiro. Nesse movimento, Lorenzo Fernández explora ritmos afro-brasileiros com uma escrita orquestral vibrante, conquistando projeção internacional. A peça foi amplamente executada em palcos estrangeiros, evidenciando a força e a originalidade de sua linguagem.
Além disso, sua produção abrangeu canções, obras corais, música de câmara e sinfônica. Entre os destaques estão o poema sinfônico "Impressões da Vida Sertaneja", inspirado na literatura regionalista, e o Concerto para Piano e Orquestra em Mi maior, que demonstra sua habilidade em equilibrar virtuosismo e lirismo.
Apesar de sua morte precoce, aos 51 anos, Lorenzo Fernández deixou um legado essencial para a música brasileira. Sua obra reflete o Brasil de sua época: uma nação em busca de afirmação cultural, mas profundamente conectada às suas raízes populares.
Bororó também é cultura.
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Episódio 45 - Balaio de Gato (Volume 7)
No sétimo e último Balaio de Gato, Alexandre da Maia e Raphael Dorsa prestam sua homenagem ao samba de São Paulo e do Rio de Janeiro. Das bandas do Bixiga, Adoniran Barbosa vem para mostrar que São Paulo tem o seu cronista do samba. Na mesma toada, vamos ao Rio de Janeiro de Candeia e Zé Keti, dois dos mais importantes compositores da música brasileira.
Bororó também é cultura.
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Episódio 44 - Balaio de Gato (Volume 6)
No sexo Balaio de Gato, um episódio especial dedicado ao samba. Ainda no contexto do Zicartola, voltaremos a falar de Cartola, Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento, representantes do que há de mais único e belo na canção brasileira.
Bororó também é cultura.
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Episódio 43 - Balaio de Gato (Volume 5)
No quinto Episódio do Balaio de Gato, Alexandre da Maia e Raphael Dorsa fazem uma retrospectiva dedicada a Johnny Alf, Miúcha e João Gilberto e outros lugares relevantes e importantes para a história da música no Brasil do século XX.
Bororó também é cultura.
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Episódio 42 - Balaio de Gato (Volume 4)
No quarto episódio de balanço da primeira temporada do Bororó na Rádio Cultura FM - 100,9, a Rádio Pública de Brasília, Alexandre da Maia e Raphael Dorsa falam sobre três criadores da linguagem da música popular. Cada um deles foi fundamental para o desenvolvimento de uma forma de abordagem da música popular em seu tempo.
O episódio discute as obras de Johnny Alf, Ernesto Nazareth e Letieres Leire.
Bororó também é cultura.
Programa semanal sobre a história da música no Brasil do século XX, produzido e apresentado por Alexandre da Maia e Raphael Dorsa Neto. Produção e locução das vinhetas: Fábio Iarede (@podcastdofiarede). O Bororó é transmitido todas as segundas-feiras, 21h, com reprise nas quartas-feiras, 11h, na Rádio Cultura FM de Brasília - 100,9 FM, a rádio pública do Distrito Federal.
Aqui a gente conversa sobre pessoas, movimentos, ritmos, gravadoras, lugares e tudo aquilo que interessa à história da música brasileira do século XX. Afinal, Bororó também é cultura.