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Alex Palmeira
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5 de 206
  • Ep 50 - Hamilton e Madison: Entre a Representatividade e o Controle - As Seduções do Federalismo
    A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma organização global única, que combina um sistema de governo representativo com uma missão profética que desafia as estruturas políticas e culturais do mundo. Seu modelo de governança, cuidadosamente balanceado entre a autoridade central da Associação Geral e a autonomia das igrejas locais, reflete de maneira surpreendente os ideais do federalismo estadunidense do século XIX, particularmente como formulado por Alexander Hamilton e James Madison nos Federalist Papers. No entanto, como todo modelo político, o federalismo carrega em si ambivalências. É tanto instrumento de equilíbrio como armadilha de dominação; protege contra o autoritarismo, mas pode cristalizar desigualdades; promove a unidade, mas pode anestesiar o profetismo. Neste episódio, propomos não apenas compreender o funcionamento do modelo federalista adotado pela IASD, mas avaliá-lo criticamente à luz da teologia bíblica, do ideal escatológico e da necessidade contínua de reforma. Propomos, enfim, uma análise profunda sobre como o pensamento de Hamilton e Madison inspira, orienta e ao mesmo tempo ameaça a vitalidade espiritual, a missão profética e a fidelidade à ordem divina estabelecida.
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    18:36
  • Ep 49 - Edmund Burke: Tradição, Prudência e Preservação da Identidade na Igreja
    Ao analisarmos a natureza da liderança eclesiástica e da governança denominacional, frequentemente nos deparamos com a tensão entre conservar e reformar. Essa tensão atravessa séculos e persiste como uma das questões mais urgentes do cristianismo institucional. No caso da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), que carrega tanto uma herança profética quanto uma estrutura representativa mundial, o desafio torna-se ainda mais sensível. O pensamento de Edmund Burke, pensador conservador do século XVIII, oferece uma lente significativa para explorar essa tensão — embora exija, ao mesmo tempo, uma crítica robusta, sobretudo quando seus princípios são absolutizados como paradigma universal.
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    21:10
  • Ep 48 - Jean-Jacques Rosseau: Entre o Voto e o Pacto, Entre a Instituição e o Corpo
    Jean-Jacques Rousseau é uma figura complexa e, ao mesmo tempo, profundamente influente na história do pensamento ocidental. Sua proposta de reorganizar a sociedade humana com base na liberdade e na “vontade geral” impactou não apenas as revoluções políticas modernas, mas também influenciou, de maneira indireta, visões sobre a comunidade, a moralidade e a organização religiosa. Ao propor que o ser humano é bom por natureza e que a sociedade o corrompe, Rousseau introduz uma antropologia otimista que desafia a doutrina cristã da queda e a necessidade da graça redentora. Sua “vontade geral” — uma forma idealizada de soberania popular — promete a emancipação total do indivíduo pela coletividade, mas o faz à custa da singularidade da consciência, da transcendência divina e da autoridade espiritual. Neste episódio, exploramos as implicações dessa visão para a eclesiologia adventista e para o modelo organizacional da IASD. O objetivo é, simultaneamente, aprender com os alertas de Rousseau sobre participação e alienação, e criticar as armadilhas filosóficas de um pensamento que pode ameaçar as bases da ordem espiritual e eclesiástica.
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    21:06
  • Ep 47 - Montesquieu: Separação de Poderes e Delimitação Institucional na Igreja
    “Todo homem que tem poder é tentado a abusar dele.” Com esta frase célebre, Charles-Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu, fincou as bases para uma das doutrinas mais influentes da modernidade: a separação dos poderes. Seu intuito era preservar a liberdade individual diante da concentração do poder estatal. Mas essa reflexão se expande para além da política secular — atinge, de maneira aguda, os mecanismos de autoridade, responsabilidade e limitação que permeiam as organizações religiosas, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Montesquieu via o poder como uma entidade que, sem freios e contrapesos, tende ao autoritarismo. E é neste ponto que sua teoria se torna especialmente relevante para a comunidade de fé: porque o poder, mesmo quando exercido com boas intenções, precisa de vigilância. A estrutura adventista, com sua escala global, múltiplos níveis de governança e forte compromisso com a ordem institucional, corre o risco de, inadvertidamente, reproduzir os desequilíbrios que Montesquieu tanto temia. Por isso, este episódio é mais que uma análise acadêmica. É um apelo eclesiológico e espiritual: por uma reforma da cultura de liderança, por limites espiritualmente conscientes ao exercício da autoridade, e por estruturas que não apenas funcionem, mas inspirem confiança. E, acima de tudo, por uma crítica responsável ao pensamento de Montesquieu que, embora ofereça contribuições relevantes, falha ao deslocar o centro da autoridade espiritual da revelação para a arquitetura institucional.
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    16:21
  • Ep 46 -Roger Williams: Liberdade de Consciência e a Ordem Apostólica na Tensão entre Igreja e Estado
    Roger Williams não foi apenas um pioneiro da liberdade religiosa. Ele foi um homem à frente de seu tempo, cuja compreensão radical da separação entre Igreja e Estado moldaria, séculos depois, a espinha dorsal dos regimes democráticos e pluralistas. No entanto, o que torna Williams especialmente relevante para a eclesiologia adventista não é apenas sua defesa dos direitos civis, mas sua teologia profundamente enraizada na soberania de Deus e na primazia da consciência iluminada pelo Espírito. Para ele, a coerção na religião era uma afronta não apenas à dignidade humana, mas à autoridade divina. A liberdade religiosa era, portanto, uma exigência espiritual, não apenas política. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, como movimento profético, compartilha esse impulso escatológico. O chamado para sair da Babilônia é um chamado à liberdade espiritual. A proclamação dos Três Anjos em Apocalipse 14 inclui uma denúncia do sistema religioso que se uniu ao poder civil, pervertendo a adoração e perseguindo os fiéis. O pensamento de Roger Williams, embora situado em outro contexto histórico, ressoa com essa advertência. Seu testemunho é uma convocação para que a liderança adventista preserve, na estrutura e na missão, um impulso bíblico, espiritual, apostólico e profético que resista às tentações do autoritarismo, do sincretismo institucional e da acomodação cultural.
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    14:09

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