Queimadas, preservação do meio ambiente e o Espiritismo
Queimadas, preservação do meio ambiente e o espiritismo
Diante da Lei de Conservação e Lei de Destruição, presentes na obra O Livro dos Espírito, pode-se compreender que há dois tipos de destruição da natureza, uma diz respeito a catástrofes naturais e suas intempéries que possuem um propósito de equilíbrio e renovação. E há também a destruição pelas mãos dos homens, seja pela necessidade de sobrevivência ou pelos excessos irracionais.
Compreender esse tema ganha relevância porque nos últimos dias as notícias sobre queimadas tomaram conta dos noticiários. Uma dessas tristes notícias foi o incêndio no Parque Estadual do Juquery, na cidade de Franco da Rocha em São Paulo. Segundo a prefeitura, até o momento cerca de 80% do parque foi consumido pelo fogo.
O Parque do Juquery foi criado em 1993 para abrigar o último grande remanescente do cerrado na região metropolitana de São Paulo. A conservação da mata nativa e da fauna divide espaço com a conservação das áreas de mananciais do sistema Cantareira que é responsável pelo abastecimento de água para cerca de 9 milhões de pessoas no Estado de São Paulo e que atingiu nesta segunda-feira (23) níveis de alerta, operando com 38,2% de sua capacidade.
Segundo a prefeitura, o fogo teve início na manhã de domingo (22) com a queda de um balão no parque. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime ambiental (Lei Nº 9.605/98) e coloca em risco a vida humana e toda a biodiversidade.
No Mato Grosso do Sul, autoridades combatem um incêndio de grandes proporções que atinge desde quinta-feira (19) a Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Florestal, na Chapada dos Guimarães.
Visão Espírita
A obra Livro dos Espíritos nos elucida sobre as questões acerca da relação do homem com a natureza. Na questão 705, os espíritos esclarecem que a terra produziria o necessário para a humanidade se com o necessário o homem soubesse se contentar. Eles ainda dizem que apesar da ingratidão e do desprezo, a Natureza é uma excelente mãe.
Na questão de número 728, é dito que na natureza é preciso que tudo se destrua para que renasça e regenere. É importante compreender que esta resposta compete à destruição da natureza pela própria natureza e que todo consumo dos recursos naturais deve-se respeitar os limites da necessidade e do equilíbrio.
Entretanto, segundo os espíritos na questão 716, os homens são insaciáveis e vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais. Mais adiante Kardec pergunta:
733. Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da destruição?
“Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral.”
A humanidade não possui direito ilimitado em relação à destruição da natureza, de sua fauna e sua flora, pois “O abuso jamais constituiu direito”, segundo a questão 734. Mas, o que pensar quando a humanidade ultrapassa os limites da necessidade em relação à destruição? Se trata da “Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. (Questão 735)
Que possamos nos apoiar na ciência e nos movimentos mundiais que buscam a preservação do meio ambiente e de um consumo consciente que respeita os limites da natureza para a comunhão equilibrada do ser humano com todas as demais espécies que aqui habitam.
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