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Hora Americana - Podcast de História das Américas

Hora Americana
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  • #87 - A Escravidão na América Espanhola
    O episódio 87 está no ar!No episódio desta semana abordamos a escravidão nas Américas, um longo processo, marcado por extrema violência e exploração, que durou séculos e foi uma das principais bases econômicas da colonização europeia no continente.Ainda que existisse grande concentração de população indígena na Mesoamérica, nos Andes e em outras regiões, o emprego de africanos no trabalho forçado também é fundamental para compreendermos a formação das sociedades na América Hispânica. Apesar de os espanhóis terem menos acesso aos mercados africanos do que portugueses e, assim, adquirirem escravizados de traficantes de outras nacionalidades, em diferentes momentos e regiões, a escravidão negra configurou-se em um regime de trabalho essencial para o funcionamento da ordem colonial espanhola. Dessa forma, na América Hispânica, a mão-de-obra escravizada africana conviveu com a exploração do trabalho indígena, que se dava em outras modalidades, como a mita e a encomenda. Assim como ocorria em outras partes, a escravidão na América Hispânica se sustentava em complexos arranjos de costumes e leis. Enquanto administradores coloniais, religiosos ou leigos, buscavam regulamentar o regime escravocrata, senhores resistiam, defendendo que a autoridade senhorial não podia ser contestada pelas ações do Estado. Esse choque entre senhores e administradores coloniais gerou faíscas regularmente, o que em diferentes oportunidades ocasionou conflitos e disputas. Por outro lado, a ação dos escravizados em busca da liberdade e de melhores condições de vida, marcou a trajetória do escravismo também na América Hispânica. A formação de palenques, como ficaram conhecidos os quilombos entre os espanhóis, foi constante. Em alguns casos, lideranças negras conseguiram negociar com autoridades espanholas que, em certos casos, acabaram aceitando a existência de comunidades autônomas de africanos e descendentes no interior do Império.Como a escravidão na América espanhola se desenvolveu? Qual o papel da legislação nesse processo? Quais são suas particularidades e o que tem em comum com o Brasil? Para responder a essas e outras questões, trouxemos Waldomiro Lourenço da Silva Jr, professor da Universidade Federal de Santa Catarina. Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:21:31
  • #86 - Os Povos Maias
    No episódio dessa semana, falamos sobre os Maias, um dos povos mais citados em sites, documentários ou livros didáticos que abordam a América pré-colombiana, mas, ao mesmo tempo, muito desconhecido.A região em que se desenvolveu a Civilização Maia corresponde ao que hoje é a Península do Iucatã, no México, entre outras partes da chamada Mesoamérica. Os primeiros sinais do que poderíamos denominar como cultura maia remetem há cerca de 2000 a.C e se estendem até hoje.O desenvolvimento de cultivos como o milho e os contatos com diferentes culturas fizeram com que as cidades se multiplicassem ao longo do tempo. No período denominado por alguns autores como “clássico”, a região chegou a ter centenas de cidades, algumas delas com várias dezenas de milhares de habitantes. Apesar disso, não houve um processo de centralização do poder. Ainda que houvesse alianças e outros tipos de relação entre diferentes cidades, nunca existiu algo que poderia ser identificado como um “reino” ou um “império” maia, com as comunidades se organizando em cidades-Estado.Com o tempo, muitas dessas cidades foram abandonadas ou diminuíram de tamanho e importância. Esse processo levou alguns autores a identificar um “colapso maia”, imagem que, apesar de ainda ser muito difundida, vem sendo cada vez mais questionada por pesquisas recentes, levando os historiadores a substituir a noção de colapso pela de transformação.A ideia de colapso também é problemática por sugerir o desaparecimento dessa cultura séculos atrás. Contudo, é preciso estar atento ao fato de que, ainda hoje, existem grupos que se denominam como maias em regiões dos atuais México e Guatemala, por exemplo, o que reforça a ideia de transformações ao longo do tempo, ao invés de um desaparecimento.Quais são as principais características dos maias? De que formas eles se organizavam e relacionavam entre si e com outros povos? Como se deu o contato com os europeus a partir do período colonial? Para essas e outras perguntas, conversamos novamente com Eduardo Natalino dos Santos, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo.Imagem do episódio: Cerimônia de vestimenta de um sumo sacerdote | Murais de Bonampak | https://cutt.ly/arzYEVhK |Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:28:37
  • #85 - Os Jesuítas e a América
    No episódio dessa semana, falamos sobre os jesuítas, ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola em 1534, dentro do contexto das reformas religiosas.A Companhia de Jesus exerceu um papel muito importante nos esforços de evangelização em territórios como a China, o Japão, a Índia e as Américas. No Brasil, os jesuítas chegaram em 1549, liderados por Manuel de Nóbrega. Nas décadas seguintes, começaram também a atuar em diferentes partes das colônias espanholas.Apesar de não serem os únicos religiosos a estabelecerem este tipo de organização social, os jesuítas foram muito conhecidos pelas missões, fundadas em regiões como a Amazônia, o norte do México e territórios da Argentina, Paraguai e do sul do Brasil. A Companhia também exerceu um papel central em relação à educação durante o período colonial. As primeiras instituições de ensino no Brasil foram criadas por membros da ordem. A cidade de São Paulo, por exemplo, foi fundada a partir de um colégio jesuíta.Ao longo de sua trajetória, os jesuítas tiveram confrontos com diferentes grupos, como bandeirantes, funcionários da Coroa ou mesmo membros da própria Igreja. A visão negativa sobre a sua atuação se ampliou durante o século XVIII, relacionada ao acúmulo de poder e terras controladas pela ordem, o que gerou reações por parte das coroas ibéricas. Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e suas colônias. Poucos anos depois, em 1767, decisão semelhante foi tomada pelos espanhóis.A reabilitação dos jesuítas só ocorreu ao longo do século XIX, com membros da ordem voltando a atuar em solo americano, de onde saiu o primeiro integrante a ser eleito Papa: Jorge Mario Bergoglio, que adotou o nome de Francisco. Como e quando surgiu a Companhia de Jesus? Qual foi a sua atuação na América durante o período colonial? Como foram criadas e funcionavam as missões jesuíticas? Para responder a essas e outras questões, temos a honra de conversarmos hoje com Maria Cristina Bohn Martins, professora da Unisinos.Imagem do episódio: Sete Povos das Missões | As ruínas jesuítas de São Miguel das Missões, na Região das Missões. Patrimônio da Humanidade desde 1983 no estado do Rio Grande do Sul | https://cutt.ly/4rjRgdqG |Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:16:07
  • #84 - História de El Salvador
    No episódio dessa semana falaremos sobre a História de El Salvador. Atualmente, temos visto diversas notícias que retratam o Estado salvadorenho como violento e repressor, principalmente se considerarmos que o país possui hoje uma das maiores taxas de encarceramento do mundo. Porém, é preciso estarmos atentos ao que essas notícias escondem, visto que El Salvador tem uma história e um povo que merecem ser conhecidos para além das lentes que reduzem sua diversidade e complexidade. O território, colonizado por espanhóis no séc. XVI, conquistou sua independência em 1821, integrando-se em seguida à chamada República Federal da América Central; mas foi apenas em 1841 que o país se tornou soberano de fato. Desde o final do século XIX, sua economia foi baseada na produção e exportação do café, tendo sido consideravelmente abalado pela crise de 1929. Em 1931, tentando estabelecer uma dinâmica liberal-democrática, El Salvador celebrou eleições presidenciais que elegeram Arturo Araujo, porém, ele só ocupou o cargo durante um curto período devido ao golpe de Estado que levou ao poder ao general Maximiliano Hernández Martínez. Hernández, apoiado no Exército, inaugurou um estilo de governo diferente, sob um regime militar autoritário que reagiu brutalmente às oposições, reprimindo greves e protestos. Algumas medidas foram tomadas em relação à crise econômica, resultando em um alívio emergencial. Além disso, também foram criados o Banco Central de Reserva e o Banco Hipotecário, exemplos da reforma de longo prazo. Essas mudanças ajudaram a ordenar um sistema que visava proteger os interesses dos proprietários salvadorenhos. Em 1944, Hernández Martínez renunciou à presidência. A junta civil que assumiu após sua renúncia foi derrubada em 1948. Oscar Osorio assumiu o Executivo em 1950 e durante os anos seguintes a economia cresceu, apresentando uma diferente configuração do modelo econômico. Até 1980, o Exército foi uma das peças principais do sistema político. Na maior parte do século XX, El Salvador caracterizou-se por uma política interna conturbada e excludente, com fraudes eleitorais e um regime repressivo. O país também nutriu desavenças com nações vizinhas, exemplo disso é a Guerra das 100 horas, ou Guerra do Futebol, sem mencionar que os salvadorenhos passaram por sua própria Guerra Civil, que se estendeu até 1992.A violência cotidiana e as guerras deixaram marcas no país, e as transformações ao longo do conflito interno e no pós-guerra foram notáveis. Diante disso, podemos perceber o quão complexo o território se mostra, com uma profusão de temas a serem abordados e questionamentos que podem ser levantados. Como El Salvador conquistou sua independência e se estabeleceu como Estado autônomo? Qual foi o papel das Forças Armadas em sua história? Ao longo do tempo, como o país centro-americano se relacionou com os EUA? Como a Guerra Civil nos anos 1980 ajuda a explicar o atual cenário político salvadorenho? Essas e outras questões foram discutidas pela nossa convidada do episódio #84, Vanessa Matijascic, docente do curso de Relações Internacionais na FAAP. Imagem do episódio: Combatientes del Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional, durante la guerra civil en El Salvador | Historia de la violencia en El Salvador”/ C. Dupuy | https://cutt.ly/drfB4oR5 Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:29:23
  • #83 - A Guerra do Chaco
    No episódio dessa semana iremos tratar sobre a Guerra do Chaco, seu contexto, causas e desdobramentos. Esta guerra teve como palco uma região que é considerada a maior floresta tropical seca do continente sul-americano. O Chaco é uma vasta planície que faz parte dos atuais territórios da Argentina, Bolívia, Paraguai e uma pequena parte do Brasil. Devido ao clima seco, calor sufocante e escassez de água, a região recebeu o apelido nada carinhoso de “Inferno Verde”.A razão principal da guerra do Chaco foi a disputa pela posse do Chaco Boreal envolvendo Bolívia e Paraguai entre os anos de 1932 a 1935. As origens deste conflito remontam ao período colonial, quando a região permaneceu praticamente inexplorada pelos espanhóis por ser considerada inóspita e de difícil ocupação. Durante as independências, o Chaco se tornou objeto de disputa de diversas nações, como foi o caso da Argentina, Bolívia e Paraguai. Após o fim da Guerra do Paraguai, o litígio pela posse do Chaco se intensificou. A Bolívia reivindicava a posse do território chaquenho devido ao seu enclausuramento marítimo, situação semelhante a do Paraguai, que não tinha saída para o mar e contava com os vizinhos para acessá-lo. O conflito boliviano-paraguaio recrudesceu devido à descoberta de reservas de petróleo na região e também por causa dos efeitos negativos que a crise de 1929 teve nas economias destes dois países. O estopim para o início da Guerra do Chaco foi o ataque boliviano contra o Fortim paraguaio “Carlos Antonio López”, nos arredores da lagoa Pitiantuta.O conflito teve uma marcante dimensão geopolítica, envolvendo diversos países do continente, mesmo que indiretamente, como foi o caso de Brasil e Argentina, que disputavam a hegemonia da região. O Paraguai saiu vitorioso, obtendo 75% da área que foi reivindicada, enquanto a Bolívia ficou com os outros 25%. A guerra do Chaco deixou um saldo de 100.000 mortos e foi marcada por uma letal falta d’água, diversos atos de violência e inúmeros traumas que marcaram a vida e a memória das pessoas. Neste episódio buscamos compreender os motivos que levaram Bolívia e Paraguai a um conflito armado em 1932. Também discutimos a importância do Chaco para os dois países beligerantes, bem como o posicionamento de outras nações durante o conflito. Abordamos as principais consequências da guerra para a Bolívia e o Paraguai e finalizamos com a análise de algumas questões negligenciadas sobre a disputa boliviano-paraguaia. Nosso convidado foi o professor Marcelo Pereira da Silva Berman, mestre em História pela USP.Imagem do episódio: La Guerra del Chaco en la historia del Paraguay | Guerra del Chaco. Arquivo De Sanctis | Disponível em: https://cutt.ly/MraF4Blj | Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:18:47

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