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Hora Americana - Podcast de História das Américas

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  • #98 - Sóror Juana Inés de la Cruz: Sexualidade e Literatura na América Colonial
    O episódio #98 está no ar!Neste último episódio do ano de 2025, nos aprofundamos na curiosa e complexa vida da freira e poeta do século XVII Sóror Juana Inés de la Cruz, figura reverenciada no panteão do barroco mexicano Sóror Juana ficou conhecida também como como a “décima musa” ou a “Fênix da América”.Aos 16 anos de idade, Juana Inés foi integrada à corte dos Mancera, enquanto dama de companhia da vice-rainha Leonor Carreto, que não escondia admiração pela jovem. Contudo, em 1667, aos 18 anos, Juana ingressa no convento de San José de las Carmelitas descalças e, em 1669, no convento de São Jerônimo. Apesar de certos estudiosos sobre a Sóror Juana defenderem que ela escolheu a vida religiosa por vocação, a hipótese mais plausível é que tenha optado pelo claustro por conveniência. A partir de 1680, com a chegada de novos representantes do rei, Sóror Juana fica muito próxima do vice-rei e da vice-rainha Maria Luisa Gonzaga, cultivando uma extensa produção literária sob proteção dos vice-reis, adquirindo uma notável presença nos círculos letrados da Europa e da América. Em 1690, após uma grande polêmica envolvendo seu texto Carta Atenagórica, a poeta renunciou à escrita, à música e aos livros. Cinco anos após a renúncia, aos 47 anos, Juana faleceu após contrair uma doença enquanto cuidava de algumas irmãs doentes durante uma praga que assolou seu convento. Muitas são as discussões que atravessam a figura e a vida de Sóror Juana, desde sua trajetória única enquanto freira cujos escritos foram admirados por círculos letrados das elites do Velho e do Novo Mundo, até sua suposta homossexualidade, apontada por críticos do século XX ao se referirem às relações próximas de Juana com suas patronas, além de seus poemas amorosos dedicados a elas e a outras mulheres. O que explicaria, afinal, as discussões que rodeiam e atravessam a freira, poetisa e figura lacunar do barroco mexicano? Para discutir esses e outros temas, trazemos como convidada Lívia Mendes, mestranda do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp e estudiosa de Sóror Juana.Este episódio é resultado do projeto de estágio de Bruno Hermano Teixeira e Tomas Maioli, estudantes da disciplina de Estágio Supervisionado em História, ministrada pelo Prof. Dr. Luiz Estevam de Oliveira Fernandes (Unicamp). Os alunos contaram com a supervisão do Prof. Dr. Caio Pedrosa da Silva (UEL) e com o auxílio de toda a equipe do Hora Americana para a produção do episódio, participando das seguintes etapas: seleção do tema e convidados; elaboração do roteiro; gravação e edição do episódio.Imagem do episódio: Retrato de Sóror Juana Inés de la Cruz. Miguel Cabrea, 1750 | https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2690689 Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    47:59
  • #97 - História do Rock na América Latina
    Neste episódio especial, mergulhamos nas origens e na evolução do rock na América Latina com Bento Araújo, jornalista, especialista em rock e música, e grande conhecedor do rock latino-americano. A discussão traça o caminho do gênero, desde sua chegada via cinema nos anos 50 e 60, disseminando a cultura da rebeldia juvenil, até sua consolidação como um fenômeno cultural complexo.Destacando a importância da busca por uma identidade musical própria na América Latina, a transição estética pós-Beatles, especialmente após Sgt. Pepper's, impulsionando músicos a olharem para suas próprias raízes regionais, misturando o rock com ritmos locais como tango, cúmbia e música andina, Bento nos esclarece como a história do rock na latino-americano é muito similar entre os países, mas gerou criações muito próprias.Os Los Shakers (Uruguai), notáveis pela popularidade e pela fusão de candombe com rock e jazz; o Almendra (Argentina), primeira banda do grande músico Luis Alberto Spinetta; e os Mutantes (Brasil), são exemplos de criatividade e foram algumas entre as bandas que pavimentaram um caminho na direção de um estilo bastante particular no rock da da região. A dificuldade de produção em meio aos regimes autoritários que assolaram o continente, tornou de suma importância certo o "jogo de cintura" para driblar a repressão e a censura. Além disso, como nosso entrevistado nos conta, essa produção, muitas vezes realizada com instrumentos e recursos técnicos improvisados ou precários, merece muito mais reconhecimento.Outro aspecto fundamental para entendermos essa história foi o papel da imprensa especializada (como a revista argentina Pelo e as primeiras edições da Rolling Stone brasileira) na difusão e legitimação do rock local, especialmente em contraponto à mídia mainstream, que ou ignorava as cenas musicais ou as descrevia de forma estereotipada e superficial.Esse episódio é um convite para a reflexão sobre alguns questionamentos passíveis de uma abordagem histórica, como: será que ainda existe um "ranço" ou preconceito do público e da imprensa brasileira que dificulta a valorização e o consumo do rock cantado em espanhol, apesar da grande circulação de músicos entre os países?; qual seria a relação do rock com as musicais nacionais e como o estilo alcançou legitimidade, ou não, nos cenários musicais da região?; e, considerando as dificuldades de repressão e a falta de recursos e a criatividade dos artistas latinos nos anos 60 e 70 em driblar esses e outros problemas, qual seria o lugar da estética do rock and roll na produção cultural da América Latina? Bento Araújo nos propõe um diálogo enriquecedor ao nos dar algumas pistas para pensarmos essas e outras questões em sua entrevista neste episódio do Hora Americana.Imagem do episódio: Cartaz do festival de Avándaro | https://cutt.ly/rteXwzEOHora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:31:01
  • #96 - Espanhol ou Castelhano? A difusão da língua espanhola nas Américas
    Prepare-se para ouvir a história que a gramática não conta! O episódio #96 está no ar!O Hora Americana inicia uma discussão super interessante sobre o idioma que moldou grande parte do nosso continente: o espanhol falado nas Américas. Recebemos Xoán Carlos Lagares Diez, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da área de política linguística, para desvendar as complexas relações de poder que se manifestam na forma como falamos.Você já parou para pensar que a língua é um objeto social em disputa? Conheça a Glotopolítica, um ramo do conhecimento que estuda os vínculos entre o universo da política e o uso da linguagem. A glotopolítica é um olhar político sobre a linguagem que desnaturaliza o objeto língua, mostrando que até mesmo a escolha de um nome é um ato político.Neste episódio, mergulhamos na origem desse idioma no continente. Descubra por que a preferência na América Latina por chamá-lo de "castelhano" está diretamente ligada ao desejo de se desidentificar da metrópole colonizadora (Espanha). Lagares detalha como o castelhano que chegou à América tinha forte influência das falas do Sul da Península Ibérica, sobretudo da Andaluzia, manifestando características como o “seseo” (a não distinção entre S e C/Z) e o uso de “ustedes” para a segunda pessoa do plural.A colonização espanhola, com seu foco em urbanização e construção de centros culturais (como a fundação de universidades, a exemplo da Universidade de Lima em 1551), gerou dinâmicas linguísticas muito distintas das vivenciadas na América Portuguesa.Mas, afinal, será que existe apenas um espanhol? Inspirados pela frase de Saramago sobre o português, questionamos: há "línguas em espanhol"?. A realidade linguística é de uma diversidade enorme. Entenda como as interações com línguas indígenas e africanas — especialmente no Caribe — moldaram variedades regionais, inclusive dando origem a línguas crioulas singulares, como o “Palenquero” e o “Papiamento”.Com a formação dos Estados Nacionais, a língua, apesar de hegemônica, gerou tensões entre as elites crioulas: o desejo de autonomia linguística coexistia com a necessidade de manter a continuidade cultural com a metrópole. Exploramos também a diglossia, o fenômeno de hierarquização das línguas onde o espanhol ocupou as funções sociais de prestígio, forçando as culturas nativas a disputar novos espaços para suas línguas.Por fim, entenda a disputa acirrada pelo futuro do idioma. De um lado, a Real Academia Espanhola, que historicamente busca o controle da norma. De outro, a realidade de pluricentrismo normativo na América, com polos fortes como Argentina e México. A política pan-hispânica da RAE é uma estratégia inteligente para manter o controle por meio da liderança, resultando no que alguns chamam de pluricentrismo piramidal.Não perca este episódio! Dê play e mergulhe na dimensão política da língua espanhola!Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana.
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    1:28:35
  • #96 - Espanhol ou Castelhano? A difusão da língua espanhola nas Américas
    Prepare-se para ouvir a história que a gramática não conta! O episódio #96 está no ar!O Hora Americana inicia uma discussão super interessante sobre o idioma que moldou grande parte do nosso continente: o espanhol falado nas Américas. Recebemos Xoán Carlos Lagares Diez, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da área de política linguística, para desvendar as complexas relações de poder que se manifestam na forma como falamos.Você já parou para pensar que a língua é um objeto social em disputa? Conheça a Glotopolítica, um ramo do conhecimento que estuda os vínculos entre o universo da política e o uso da linguagem. A glotopolítica é um olhar político sobre a linguagem que desnaturaliza o objeto língua, mostrando que até mesmo a escolha de um nome é um ato político.Neste episódio, mergulhamos na origem desse idioma no continente. Descubra por que a preferência na América Latina por chamá-lo de "castelhano" está diretamente ligada ao desejo de se desidentificar da metrópole colonizadora (Espanha). Lagares detalha como o castelhano que chegou à América tinha forte influência das falas do Sul da Península Ibérica, sobretudo da Andaluzia, manifestando características como o “seseo” (a não distinção entre S e C/Z) e o uso de “ustedes” para a segunda pessoa do plural.A colonização espanhola, com seu foco em urbanização e construção de centros culturais (como a fundação de universidades, a exemplo da Universidade de Lima em 1551), gerou dinâmicas linguísticas muito distintas das vivenciadas na América Portuguesa.Mas, afinal, será que existe apenas um espanhol? Inspirados pela frase de Saramago sobre  o português, questionamos: há "línguas em espanhol"?. A realidade linguística é de uma diversidade enorme. Entenda como as interações com línguas indígenas e africanas — especialmente no Caribe — moldaram variedades regionais, inclusive dando origem a línguas crioulas singulares, como o “Palenquero” e o “Papiamento”.Com a formação dos Estados Nacionais, a língua, apesar de hegemônica, gerou tensões entre as elites crioulas: o desejo de autonomia linguística coexistia com a necessidade de manter a continuidade cultural com a metrópole. Exploramos também a diglossia, o fenômeno de hierarquização das línguas onde o espanhol ocupou as funções sociais de prestígio, forçando as culturas nativas a disputar novos espaços para suas línguas.Por fim, entenda a disputa acirrada pelo futuro do idioma. De um lado, a Real Academia Espanhola, que historicamente busca o controle da norma. De outro, a realidade de pluricentrismo normativo na América, com polos fortes como Argentina e México. A política pan-hispânica da RAE é uma estratégia inteligente para manter o controle por meio da liderança, resultando no que alguns chamam de pluricentrismo piramidal.Não perca este episódio! Dê play e mergulhe na dimensão política da língua espanhola!Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:28:35
  • #95 - Leis, Instituições e Poderes Locais na América Colonial
    O episódio #95 está no ar!O episódio desta quinzena aborda as leis, instituições e poderes locais na América colonial. As decisões tomadas pela Coroa espanhola para seus domínios ultramarinos enfrentavam diversos desafios até chegarem ao seu destino. As enormes distâncias que separavam as colônias americanas da metrópole europeia, além da falta de informações, as disputas de poder entre diferentes grupos locais e as particularidades de cada uma das regiões faziam com que a recepção às leis e decisões tomadas pelo poder central fossem recebidas de formas muito diferentes. Entre o cumprimento das ordens e a rebelião aberta, havia uma série de nuances, que exigem uma análise mais detida sobre o processo de estruturação da administração colonial em terras americanas.Vice-reinos, audiências, cabildos, assim como instituições como a Casa de Contratação e o Conselho de Índias travaram entre si constantes conflitos, negociações e acordos que colocam em xeque a perspectiva de um império absolutista organizado de forma homogênea a partir de um centro metropolitano.Quais foram as leis e instituições criadas pela coroa para tentar administrar seus territórios na América? De que forma, essas decisões eram recepcionadas nas diferentes colônias? Quais eram os papéis e espaços ocupados pelas elites locais dentro do Império espanhol? De que forma os historiadores vêm tentando interpretar a relação entre o Império e seus domínios? Para responder a essas e outras questões, temos o professor Anderson Roberti dos Reis, professor de História da América da UFMT.Imagem do episódio: Códice Osuna: Vice-rei recebendo indígenas | https://cutt.ly/xr8drGsuHora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:33:12

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Generated: 12/10/2025 - 3:57:40 PM