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Hora Americana - Podcast de História das Américas

Hora Americana
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  • #84 - História de El Salvador
    No episódio dessa semana falaremos sobre a História de El Salvador. Atualmente, temos visto diversas notícias que retratam o Estado salvadorenho como violento e repressor, principalmente se considerarmos que o país possui hoje uma das maiores taxas de encarceramento do mundo. Porém, é preciso estarmos atentos ao que essas notícias escondem, visto que El Salvador tem uma história e um povo que merecem ser conhecidos para além das lentes que reduzem sua diversidade e complexidade. O território, colonizado por espanhóis no séc. XVI, conquistou sua independência em 1821, integrando-se em seguida à chamada República Federal da América Central; mas foi apenas em 1841 que o país se tornou soberano de fato. Desde o final do século XIX, sua economia foi baseada na produção e exportação do café, tendo sido consideravelmente abalado pela crise de 1929. Em 1931, tentando estabelecer uma dinâmica liberal-democrática, El Salvador celebrou eleições presidenciais que elegeram Arturo Araujo, porém, ele só ocupou o cargo durante um curto período devido ao golpe de Estado que levou ao poder ao general Maximiliano Hernández Martínez. Hernández, apoiado no Exército, inaugurou um estilo de governo diferente, sob um regime militar autoritário que reagiu brutalmente às oposições, reprimindo greves e protestos. Algumas medidas foram tomadas em relação à crise econômica, resultando em um alívio emergencial. Além disso, também foram criados o Banco Central de Reserva e o Banco Hipotecário, exemplos da reforma de longo prazo. Essas mudanças ajudaram a ordenar um sistema que visava proteger os interesses dos proprietários salvadorenhos. Em 1944, Hernández Martínez renunciou à presidência. A junta civil que assumiu após sua renúncia foi derrubada em 1948. Oscar Osorio assumiu o Executivo em 1950 e durante os anos seguintes a economia cresceu, apresentando uma diferente configuração do modelo econômico. Até 1980, o Exército foi uma das peças principais do sistema político. Na maior parte do século XX, El Salvador caracterizou-se por uma política interna conturbada e excludente, com fraudes eleitorais e um regime repressivo. O país também nutriu desavenças com nações vizinhas, exemplo disso é a Guerra das 100 horas, ou Guerra do Futebol, sem mencionar que os salvadorenhos passaram por sua própria Guerra Civil, que se estendeu até 1992.A violência cotidiana e as guerras deixaram marcas no país, e as transformações ao longo do conflito interno e no pós-guerra foram notáveis. Diante disso, podemos perceber o quão complexo o território se mostra, com uma profusão de temas a serem abordados e questionamentos que podem ser levantados. Como El Salvador conquistou sua independência e se estabeleceu como Estado autônomo? Qual foi o papel das Forças Armadas em sua história? Ao longo do tempo, como o país centro-americano se relacionou com os EUA? Como a Guerra Civil nos anos 1980 ajuda a explicar o atual cenário político salvadorenho? Essas e outras questões foram discutidas pela nossa convidada do episódio #84, Vanessa Matijascic, docente do curso de Relações Internacionais na FAAP. Imagem do episódio: Combatientes del Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional, durante la guerra civil en El Salvador | Historia de la violencia en El Salvador”/ C. Dupuy | https://cutt.ly/drfB4oR5 Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:29:23
  • #83 - A Guerra do Chaco
    No episódio dessa semana iremos tratar sobre a Guerra do Chaco, seu contexto, causas e desdobramentos. Esta guerra teve como palco uma região que é considerada a maior floresta tropical seca do continente sul-americano. O Chaco é uma vasta planície que faz parte dos atuais territórios da Argentina, Bolívia, Paraguai e uma pequena parte do Brasil. Devido ao clima seco, calor sufocante e escassez de água, a região recebeu o apelido nada carinhoso de “Inferno Verde”.A razão principal da guerra do Chaco foi a disputa pela posse do Chaco Boreal envolvendo Bolívia e Paraguai entre os anos de 1932 a 1935. As origens deste conflito remontam ao período colonial, quando a região permaneceu praticamente inexplorada pelos espanhóis por ser considerada inóspita e de difícil ocupação. Durante as independências, o Chaco se tornou objeto de disputa de diversas nações, como foi o caso da Argentina, Bolívia e Paraguai. Após o fim da Guerra do Paraguai, o litígio pela posse do Chaco se intensificou. A Bolívia reivindicava a posse do território chaquenho devido ao seu enclausuramento marítimo, situação semelhante a do Paraguai, que não tinha saída para o mar e contava com os vizinhos para acessá-lo. O conflito boliviano-paraguaio recrudesceu devido à descoberta de reservas de petróleo na região e também por causa dos efeitos negativos que a crise de 1929 teve nas economias destes dois países. O estopim para o início da Guerra do Chaco foi o ataque boliviano contra o Fortim paraguaio “Carlos Antonio López”, nos arredores da lagoa Pitiantuta.O conflito teve uma marcante dimensão geopolítica, envolvendo diversos países do continente, mesmo que indiretamente, como foi o caso de Brasil e Argentina, que disputavam a hegemonia da região. O Paraguai saiu vitorioso, obtendo 75% da área que foi reivindicada, enquanto a Bolívia ficou com os outros 25%. A guerra do Chaco deixou um saldo de 100.000 mortos e foi marcada por uma letal falta d’água, diversos atos de violência e inúmeros traumas que marcaram a vida e a memória das pessoas. Neste episódio buscamos compreender os motivos que levaram Bolívia e Paraguai a um conflito armado em 1932. Também discutimos a importância do Chaco para os dois países beligerantes, bem como o posicionamento de outras nações durante o conflito. Abordamos as principais consequências da guerra para a Bolívia e o Paraguai e finalizamos com a análise de algumas questões negligenciadas sobre a disputa boliviano-paraguaia. Nosso convidado foi o professor Marcelo Pereira da Silva Berman, mestre em História pela USP.Imagem do episódio: La Guerra del Chaco en la historia del Paraguay | Guerra del Chaco. Arquivo De Sanctis | Disponível em: https://cutt.ly/MraF4Blj | Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:18:47
  • #82 - Independência da Argentina
    A história das independências é muitas vezes interpretada a partir de uma narrativa que antecipa a ideia de nação antes mesmo da ruptura com a metrópole. No entanto, assim como em outras regiões da América, o processo de independência na Argentina foi muito mais complexo. Se olharmos com atenção, podemos identificar que os movimentos revolucionários se motivaram muitas vezes pela defesa de prerrogativas específicas, como o foro militar e o acesso à terra, e não por um ideal abstrato de “pátria”. É importante entender em nome do que se buscou a ruptura com a Espanha, já que não havia um projeto nacional unificado e nem uma identidade argentina.  Nos anos que precederam a independência, o Vice-Reino do Rio da Prata já possuía focos de autonomia política, com cidades e províncias assumindo papeis importantes no autogoverno local e na formação de identidades. A Revolução de Maio de 1810 e a formação do Cabildo Abierto em Buenos Aires marcaram o início de uma tentativa de estabelecer um sistema de autogoverno em um contexto de crescente tensão política, intensificado pelo centralismo defendido por Buenos Aires. O Congresso de Tucumán, em 1816, proclamou a independência das Províncias Unidas do Rio da Prata, mas o conceito de "independência" não foi consensual. Os anos de revolução foram também anos de guerra, que moldaram identidades políticas entre o centralismo e a autonomia das províncias. Neste episódio buscamos entender desde a situação do Vice-Reino do Rio da Prata no contexto que antecede os processos de independência até os mitos que persistem ainda hoje sobre a independência deste país. Discutimos o papel das guerras intra-europeias do período na redefinição das identidades políticas rio-platenses e as disputas dos distintos projetos políticos regionais que se apresentavam naquele contexto. Também debatemos sobre o que foi a Revolução de Maio e quais as suas principais lideranças, procurando entender se a ideia de independência já estava colocada pelas elites naquele momento. Discutimos os conflitos existentes no Congresso de Tucumán, as indefinições políticas daquele momento e a problemática da representação das províncias. Por fim, conversamos sobre a participação de negros, indígenas e mulheres no processo de emancipação argentino e a batalha cultural para reposicionar alguns dos protagonistas dos processos de independência que está em curso na Argentina contemporânea. Nossa convidada foi a Professora Dra. Maria Elisa Noronha de Sá, que atua na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e tem experiência na área de História das Américas, principalmente nos temas de revoluções de independências, pensamento político latino-americano nos séculos XIX e XX, república argentina (século XIX), entre outros. Imagem do Episódio: El triunfo de la independencia | Óleo de Francisco Fortuny (1865-1942) | Asociación Cultural Sanmartiniana Mi Tebaida | Disponível em: https://cutt.ly/keKiVob3 Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:20:08
  • #79 - A história do conceito de América Latina
    Neste episódio te convidamos a conhecer a história do conceito de América Latina. Embora seja um conceito utilizado corriqueiramente, nem sempre nos perguntamos o que significa América Latina - e quando foi que esse significado se estabeleceu. No século XX, o conceito foi utilizado em diferentes âmbitos, como o diplomático, econômico e cultural, mas quando e como ele surgiu? Um dos aspectos mais marcantes das discussões que envolvem o conceito de América Latina é a questão identitária, o que remete ao surgimento do conceito no século XIX, no contexto pós-independência, atrelado à construção de uma identidade americana em oposição às antigas metrópoles europeias. Durante a entrevista, procuramos compreender quais são as origens deste conceito, por quem foi formulado e a que tipo de demandas ele atendia. Conversamos também sobre as denominações utilizadas para a região antes do surgimento do conceito de América Latina e a popularização do termo, principalmente nos Estados Unidos, onde ainda hoje é muito utilizado. Também abordamos questões envolvendo o Brasil: Qual o papel do nosso país no processo de criação deste conceito? Até que ponto e para quem o Brasil seria parte da América Latina? Por fim, debatemos a utilização deste conceito no âmbito acadêmico atual.  Nosso convidado foi Valdir Donizete dos Santos Junior, doutor em história pela USP e professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP - Campus São Paulo - Pirituba).  Imagem do Episódio: Fotografia do Memorial da América Latina | Daniel Cymbalista | Disponível em: https://cutt.ly/6ePRDn4U Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:19:49
  • #76 - A América e o Oriente no período colonial
    No episódio 76 conversamos sobre as relações entre a América e o Oriente. A busca dos europeus por rotas para a Ásia, a exemplo das viagens de Fernão de Magalhães, e a chegada na América possuem uma história em comum. A descoberta de rotas marítimas permitiu que estes dois continentes se conectassem através de redes comerciais, estabelecidas no fim do século XVI. Assim, porcelanas, tecidos e marfim saíam do Oriente e chegavam à América, que retornava principalmente prata, funcionários e missionários. A rota do Galeão de Manila ligava Filipinas e México, abastecendo os mercados locais. Durante a entrevista apresentamos uma contextualização dos interesses espanhóis e portugueses no oriente e nos oceanos já desde a Idade Média, impulsionando as expedições. Procuramos conhecer como os europeus estabeleceram uma rota de retorno, e a partir de então qual o papel da América na expansão do império espanhol para o Oriente. Passamos por questões como: de que forma se estabeleceu o intercâmbio comercial e cultural tendo o Pacífico e o Atlântico como espaço? Como a prata vinda da América impactou o Oriente? Além disso, conversamos sobre o papel das ordens religiosas, como os agostinianos e os jesuítas, na cristianização do oriente, e se há alguma conexão com a cristianização dos indígenas nas Américas. Buscamos compreender como, nesta chamada primeira modernidade, as conexões com o Oriente desenharam as relações culturais e de consumo nas Américas, colocando em perspectiva a relação entre colônias e metrópoles. Por fim, tratamos do uso de conceitos historiográficos como histórias conectadas e sua validade para pensar dinâmicas além das histórias nacionalistas. O programa pretende nos fazer questionar qual o limite de pensarmos em impérios eurocêntricos absolutos e sistemas coloniais completamente fechados. Nosso convidado foi o historiador Dr. Bruno da Silva, professor de História da América na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e líder do Grupo de Pesquisa em Ensino e Pesquisas Americanistas (GEPAm). Imagem do Episódio: Biombo del Palacio de los Virreyes de México (1676-1700) | Autor desconhecido | Imagem do Museu de América | Disponível em: https://cutt.ly/lecLsoRP Hora Americana, seu podcast quinzenal de história das Américas. Acompanhe nossas redes sociais: @HoraAmericana
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    1:31:39

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