O primeiro entre muitos irmãos - Celebração especial de Páscoa
Série: O primeiro entre muitos irmãosMensagem: Celebração especial de PáscoaPastor Felipe SimõesData: 20/04/2025Neste domingo, tradicionalmente chamado de Domingo da Ressurreição, celebramos a ceia e relembramos o evento histórico em que as mulheres encontraram o sepulcro vazio. A pregação nos conduz a refletir sobre a jornada espiritual que muitos vivenciam, partindo de sentimentos de solidão, exclusão e falta de pertencimento. Através da fé em Jesus, somos levados a uma experiência de aceitação, acolhimento, certeza de salvação e redenção, percebendo que a obra de Cristo não é apenas individual, mas nos insere em algo muito maior.A oração desta manhã visa nos encorajar a seguir essa mesma trilha, reconhecendo que o sacrifício de Jesus nos liberta da solidão e da falta de propósito, conduzindo-nos a um lugar de sentido e plenitude através da presença de Jesus e da comunhão com outros que compartilham a mesma fé.A mensagem central explora a promessa de Jesus a Pedro em Mateus 16:18: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la". Essa promessa, feita antes da crucificação e ressurreição, revela que a obra de salvação de Jesus teria um impacto presente, conferindo uma nova identidade àqueles que creem. Embora a certeza da salvação futura seja fundamental, Jesus, ao falar sobre a edificação da sua igreja, referia-se a uma realidade presente: uma nova identidade vivida em comunidade.É crucial entender que a igreja, na perspectiva de Jesus, não se resume a edifícios ou estruturas físicas, mas sim às pessoas que creem na mesma convicção: Jesus Cristo é o Filho de Deus. A igreja é a reunião de pessoas, um povo formado por todas as nações da terra, uma família de muitos irmãos e discípulos.A pregação nos leva a contemplar a oração de Jesus no Getsêmane, registrada em João capítulo 17. Este momento de intensa angústia, que antecedeu sua prisão e morte, revela a preocupação de Jesus não apenas consigo mesmo e com seus discípulos imediatos, mas também com aqueles que creriam nele por meio da mensagem deles – ou seja, nós.Os versos 20 a 26 de João 17 representam as últimas palavras de Jesus antes de sua prisão. Nessa oração, Jesus expressa o seu desejo de que todos os que creem nele sejam um, assim como Ele é um com o Pai. O objetivo final é a plena unidade entre os crentes, para que o mundo possa reconhecer que o Pai enviou Jesus e os amou da mesma forma.A morte de Jesus é comparada a uma semente que precisa ser esmagada para gerar vida. O fruto dessa morte, pelo qual Jesus orou, é a nossa salvação e a formação de uma unidade na multidão dos que creem. A fé não é um fim em si mesma, mas um meio através do qual somos conectados uns aos outros, como ramos que levam a seiva da vida para onde ela precisa chegar. A igreja somos nós, vivendo e transmitindo a mensagem do sacrifício e da vitória de Jesus sobre a morte, unidos como uma comunidade de discípulos e uma família de muitos irmãos. A pergunta final nos desafia a refletir sobre o nosso papel nessa comunidade de irmãos que Jesus formou através da sua entrega.