# 75 FERNANDA RESSTOM - SER MÃE DE UM FILHO NATIMORTO: PUERPÉRIO, LUTO, FELICIDADE E MEDO NA NOVA GESTAÇÃO
O que acontece quando, contrariando o ciclo natural da vida, um bebê morre ainda no ventre?Como se vive o luto gestacional — esse luto por um bebê sonhado, idealizado, amado? Afinal, o que se perde além da vida que começou? Grávida de 36 semanas, Fernanda ouviu o silêncio mais ensurdecedor que uma mãe pode escutar: o coração de seu bebê, Lucca, havia parado de bater.Neste episódio, damos voz ao que raramente é dito: a força de quem precisa parir um filho que não vai respirar, o puerpério invisível, o luto de uma convivência breve— mas, também o nascimento de uma maternidade. Fernanda nos convida a refletir: como falar de um filho que nasceu morto? Como manter viva sua existência? Como acolher uma mãe enlutada? Com ela, falamos sobre o papel essencial da doula no parto, o desafio de seguir comuma empresa enquanto o mundo desmorona por dentro, e a nova gestação — onde alegria e medo caminham lado a lado.Obrigada, Fernanda, por nos lembrar que ser mãe vai além da matéria: é vínculo, linguagem, inscrição física e psíquica.Mesmo quando os braços estão vazios, a maternidade permanece.