Uma mãe francesa conversa sobre a maternidade com mulheres brasileiras.
O que é ser mãe no Brasil?
Aqui você vai ouvir os relatos mais íntimos e sinceros.
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# 61 LAURA CAPANEMA - ENTRAR NO PAPEL DE MÃE: O VÍNCULO, O HUMOR E O AMOR
Nesse último episódio do ano, eu quis mergulhar na ambiguidade da maternidade, no que ela tem de mais complexo. E assim convidar vocês a pensarem na questão ainda tabu da construção do vínculo com os filhos. Como nasce esse vínculo? Pelo fato de estar grávida? De dar à luz? De se comportar como mãe? De ser reconhecida como tal pelos outros?
Laura tem dois filhos, Caio de 6 anos e Rita de 5 meses. Foram duas histórias diferentes: uma primeira gravidez fortuita, uma segunda planejada.
Ela conta, com uma comovente sinceridade e bom humor, como lidou com uma gravidez não desejada naquele momento, como renasceu mãe ao cuidar do seu filho na UTI. Ela relata as dificuldades da sua segunda gravidez, a rapidez desse parto e o baby blues que veio depois. Laura não hesitou e gritou, pediu ajuda. Essa é a força dela. Laura não esconde seus sentimentos, ela conversa e elabora.
Obrigada Laura por defender o direito de falar e incarnar o poder da palavra.
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52:21
# 60 CRIS HERRMANN - MEU BEBÊ COM LÁBIO LEPORINO: SER MODELO E VIVER NA FRANÇA
A maternidade tem um poder transformador. Cris viu o mundo de um jeito diferente depois que o seu filho Koto nasceu.
Com seis meses de gestação, ela descobriu que ele tinha o lábio leporino, uma fissura do lábio superior, causando uma abertura anômala para dentro do nariz. Como você recebe a notícia de que seu bebê com dois meses de vida vai passar por uma cirurgia?
Modelo, radicada na França, Cris conta como lidou com o diagnóstico, relembra a dor do parto, o lindo encontro com seu filho e o baby blues que tomou conta dela durante quinze dias. Ela fala do seu puerpério com um bebê de cinco meses e da recente transformação da sua vida.
Obrigada Cris por mostrar que falar do lábio leporino não deveria ser um tabu.
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50:23
# 59 MARINA BRAGANTE - MATERNIDADE E CARREIRA: OS TRIGÊMEOS, A POLÍTICA E A REDE DE APOIO
Como uma mulher lida com o desejo de engravidar e a dificuldade de realizar esse mesmo desejo? Como isso afeta a sua visão do mundo?
Marina, psicóloga e vereadora de São Paulo, se sentiu consumida por um desejo de engravidar que durou 5 anos.
Até que um dia, escutou que nunca poderia ser mãe. Mas Marina tem muita energia e pensou consigo mesma: se a maternidade não é pra ser, tudo bem, vou ser presidente do Brasil. E foi assim que embarcou para os Estados Unidos, foi estudar economia em Harvard.
Foi lá que ela engravidou de Lorena, Olivia e Lucas. Os três ao mesmo tempo.
Marina conta aqui o tormento que viveu quando teve que abandonar os planos da concepção natural e romântica para uma concepção assistida. Relata a impossível resposta a questão da redução embrionária, os medos relacionados aos riscos de deficiência, às mudanças do seu corpo e ao impacto financeiro que implica uma gravidez de trigêmeos. Ela fala também da importância da sua rede de apoio e do seu engajamento politico que ressoa com a sua maternidade.
Obrigada Marina por ser esse exemplo de mãe de três que trabalha sem culpa, mas com saudades.
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59:51
# 58 MARTHA NOWILL - DESEJOS E RECEIOS: A MATERNIDADE DE GÊMEOS, O DINHEIRO E A CARREIRA DE ATRIZ
“A maternidade é boa”, conclui Martha no final da entrevista, porém não é desprovida de dificuldades e desafios. Talvez mais ainda para uma artista. Madrastra antes de ser mãe, Martha sempre quis ter filhos. Mas no momento em que a gravidez poderia acontecer, ela travou. Medo de comprometer a sua carreira, medo da mulher que ia se tornar, de perder a sua qualidade de vida, de empobrecer. Mas Martha engravidou e apesar dos receios se deu conta da sorte que tinha: estar naturalmente grávida de gêmeos aos 39 anos.
Martha conta, nesse episódio, o surgimento do seu desejo de maternidade, o parto vaginal do Ben e Max e a melancolia do futuro misturada à loucura do amor dos primeiros meses de vida.
Acredito que muitas vão se reconhecer na descrição que Martha faz ao se ver com 37 anos novamente solteira e com um desejo intacto de ser mãe. O plano era seis meses para encontrar alguém com o mesmo desejo de ter filho, mais seis meses de namoro, um ano para engravidar e parir antes dos 40 anos. Mas e se o plano sonhado se tornasse realidade?
Obrigada Martha pela sua confiança e pela mensagem encorajadora.
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51:20
# 57 PAOLA DEODORO - SER MÃE DEPOIS DOS QUARENTA: O TEMPO, A CARREIRA E A SÍNDROME DE HELLP
Sera que existe um momento certo para ser mãe?
Até os 40 anos, Paola não tinha certeza se queria ser mãe. Editora de beleza, primeira mulher negra a ocupar o cargo em revistas de grande circulação no Brasil, Paola mergulhava no trabalho.
Mas quando engravidou aos 42 anos, ela estava pronta para acolher essa nova vida e viver o ritmo da maternidade.
Ela conta aqui a sua relação ao tempo, a síndrome de Hellp que a pegou de surpresa, a cesárea e o nascimento prematuro da Maya. Paola lembra desse encontrou com a sua bebe de apenas um kilo e meio, das semanas na UTI e do puerpério coletivo que as mães vivem nessa unidade neonatal.
Ouvindo Paola, lembrei que na mitologia grega tem Chronos, o Deus do tempo cronológico, e Kairos, o Deus do tempo certo, do momento oportuno - um é relativo à quantidade, o outro à qualidade. Não há tempo objetivo para ser mãe, e sim um momento oportuno, diferente para cada mulher.
Obrigada Paola pela sua confiança.
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Mães de diferentes origens, cores e religiões vão falar sobre as suas experiências.
Um podcast sem tabu!