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Vai Se Food

Podcast Vai Se Food
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Podcast sobre comida e sustentabilidade, gastronomia e consciência socioambiental, idealizado e apresentado por Ailin Aleixo. Ailin é jornalista e escreve sobre...
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5 de 144
  • #144 Comida de hospital: a desconexão entre alimentação e saúde, com Weruska Davi Barrios
    Se você já foi internado ou acompanhou alguém que foi, deve ter reparado que comida de hospital (público ou privado) é REPLETA de ultraprocessados. Chega a hora da refeição e é aquele mar de biscoitos salgados e doces, bolos de pacotinho, margarina, gelatina rosa, suco de caixinha, pão de forma… Isso é, no mínimo, um contrassenso, visto que não faltam estudos apontando os problemas dos ultraprocessados na alimentação, como este da USP, publicado em dezembro de 2022: Ingestão diária superior a 20% de alimentos ultraprocessados por idosos e adultos de meia-idade foi associada ao aumento do risco de declínio cognitivo acentuado.Hospitais, locais nos quais se deve cuidar da saúde e aprender a fazê-lo, tratam a alimentação com certo desdém e dão MUITO mais importância aos medicamentos do que à dieta do paciente. Mas não existe cura ou melhora que não passe pelo que comemos.Para entender melhor como normalizamos a comida de hospital não-saudável, os processos de preparo e maneiras de melhorá-la ao valorizar agricultores familiares e agroecológicos, minha convidada é a nutricionista  Weruska Davi Barrios. Nutricionista Doutoranda em Nutrição e Saúde Pública pela USP, Weruska atuou em Nutrição Hospitalar nos últimos 17 anos, passando pelo Hospital do Coração (Hcor), Samaritano e Beneficência Portuguesa de SP. É consultora em Nutrição Hospitalar e Sustentabilidade e pesquisadora da equipe ECCCO - Equipe Ciência Cultura e Comida da Faculdade de Saúde Pública da USP.Support the show
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    57:18
  • #143 Churrasco e aquecimento global: tudo a ver, com David Tsai
    Se fosse um país, a carne bovina brasileira seria a sétima maior emissora de gases de efeito estufa do planeta, à frente do Japão. O desmatamento responde por 70,6% das emissões da carne, seguido pelas emissões diretas do rebanho (29,2%), o metano liberado pelo sistema digestivo do animal. Esse é um dados importantíssimos trazidos pelo estudo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima.Enquanto a média mundial de emissões de gases de efeito estufa relativas aos sistemas alimentares -  produção de comida - gira em torno de 37%, no Brasil, esse número é 74%: e 78% delas vem da cadeia da carne bovina. A razão? O desmatamento realizado para abrir pastagens e/ou novas áreas para monoculturas extensivas de grãos voltados a alimentação animal (70,6% das emissões da carne). O grande agro segue dizendo que nossa produção é a mais "verde" e sustentável do mundo, mas a ciência aponto o contrário - e em tempos de colapso climático, isso não é nada, nada bom.Para conversar sobre o tema, meu convidado David Shiling Tsai, um dos autores do estudo. David é engenheiro químico, atual coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima e gerente de projetos no Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), onde atua desde 2007.Support the show
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    59:26
  • #142 Implodindo o planeta
    Colapso climático fazendo rios caudalosos na Amazônia se transformarem em desertos, enquanto o Sul do Brasil fica debaixo de água e o Centro-Oeste vira um forno, com termômetros batendo 44 graus em diversas cidades, por dias consecutivos.Cerrado se tornando uma maciça monocultura extensiva de soja,  o que compromete todo o abastecimento de água do país, produção de energia e a sobrevivência do Pantanal e da Bacia do Rio São Francisco, entre outras.Agrotóxicos contaminando a água "potável" da população.Oceano batendo recordes de temperatura, desestabilizando o clima e causando de tufões à mortandade em massa da vida marinha.Aquecimento global derretendo geleiras e permafrost mais rápido do que qualquer cientista previu e "revivendo" vírus desconhecidos que estavam dormentes há mais de 40 mil anos.Enquanto tudo isso acontece, a humanidade começa mais uma guerra.Há pouquíssimo tempo para salvar o planeta (nossa única casa) do que nós próprios estamos causando, e o que fazemos? Matamos uns aos outros.Nossa espécie deu errado? Support the show
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    26:06
  • #141 Instituto Chão: o coletivo faz a força (e planta a mudança)
    "O  Chão  é  uma  associação  de  trabalhadores,  sem  fins lucrativos,  que  se  movimenta  para  o  aprofundamento  da  consciência  crítica,  da  democracia  e  da igualdade  de  direitos. Buscamos  uma  democracia  real:  tudo  é  decidido  em  assembléias  semanais,  divide-se  as  funções  de  forma  conjunta,  recebe-se igualmente  e  apenas  pelo  trabalho,  não  remunera-se capital. Não há relação de exploração. Seguimos  os  princípios  da  Economia  Solidária,  tendo as pessoas como sujeito e finalidade da atividade econômica. Articulamos  e integramos  redes  que  fomentam  a  autonomia,  o  cooperativismo,  a  autogestão,  o  antirracismo,  o  feminismo,  o  antifascismo,  o  anti  capacitismo  e  a  redistribuição radical de renda. Visando  a  equidade  e  a  horizontalidade,  o  Chão  não  tem  dono,  nem  hierarquia.Aliando-se  a  movimentos  sociais,  comunidades  tradicionais  e  outras  instituições, lutamos  pela  reforma  agrária  e  urbana,  agroecologia,  educação  pública,  saúde  pública,  combate  à  fome,  biodiversidade  e  preservação  ambiental  e soberania alimentar. Em  busca  do  fortalecimento  de  todos  os  componentes  da  cadeia  produtiva,  valorizamos  economicamente  produtores,  trabalhadores  e  tornamos  o  preço  mais  acessível  dos  alimentos  agroecológicos  para  todos.  Os  produtos  são  vendidos  pelo  preço de custo (preço de nota, frete e perdas).  Todo  mês  fazemos  uma  previsão  de  custos  e  uma  previsão  de  vendas  e,  a  partir  disso,  sugerimos  aos  frequentadores,  a  cada  compra,  um   percentual  de  contribuição  para  que  possamos  manter  o  espaço  funcionando.  Ao longo  dos  anos  esses  valores  foram  se  estabilizando  e,  hoje,  nossa  necessidade  mínima  é  de  25%  e  a  sugestão  de  30%  sobre o valor dos produtos.O  Chão  é   um lugar  de  construção  cotidiana  de  um  outro  mundo  necessário.  Uma  associação  autogestionária  que  funciona  como  grupo  de  consumo  aberto,  financiado  coletivamente.  Temos  um  sítio,  uma livraria,  uma  feira  e  uma  mercearia com produtos agroecológicos, orgânicos e artesanais"O texto acima, parte da apresentação do Chão, deixa claro o modelo nada convencional do Instituto, que funciona desde 2015 na Vila Madalena, em SP - começou em um pequeno depósito e hoje já abrange mais 6 imóveis, com muitas centenas de itens. Sou cliente do Chão e admiradora confessa do trabalho deles.O episódio dessa semana, claro, é sobre o Chão. Support the show
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    55:02
  • #140 Agricultura regenerativa e o capitalismo possível, com Romanna Remor
    O atual modelo de produção de alimentos - monoculturas extensivas, agrotóxicos, desmatamento, degradação do solo, uso excessivo de água, extermínio de polinizadores - não é o único possível para alimentar 8 bilhões de pessoas (e mais de 70 bilhões de animais terrestres voltados ao consumo humano por ano).  A agricultura regenerativa prova que é possível produzir alimentos enquanto se recupera a terra e se preserva o meio ambiente, restaurando solos degradados, conservando espécies polinizadoras (especialmente abelhas), aumentando a captura de carbono e a retenção de água. A ideia é manter o solo produtivo pelo maior tempo possível, evitando as expansões para novas áreas. Na agricultura regenerativa, se objetiva:1. Frear práticas que promovam o revolvimento do solo, eliminando o tratamento mecânico, químico e físico do campo.2. Investir em culturas de cobertura, palhada, durante o ano todo para reduzir ou eliminar a chance de ocorrência de erosão.3. Dedicar-se à construção da biodiversidade por meio de técnicas, como a rotação de culturas 4. Preservar raízes vivas no solo para a retenção de água e nutrientes e a realização da fotossíntese durante todo o ano.5. Diminuir ou restringir o uso de pesticidas na lavoura.6. Garantir ganho justo para os trabalhadores do campo.Mas dá mesmo pra ter um negócio no setor de alimentos baseado na Agricultura Regenerativa?Há volume e constância? O preço final é competitivo?  Opa, se dá. E minha entrevistada de hoje é prova disso: Romanna Remor dedicou uma década de sua atuação profissional como pesquisadora, professora universitária e consultora nas áreas de políticas públicas, gestão estratégica e inovação.Empreendedora desde 2015 no segmento de alimentos saudáveis, Romanna é sócia-fundadora da Regenera Ventures, onde atua como Head de Conceito e Inovação. A Regenera é a controladora das marcas Viva REGENERA e Plantopia e do ecommerce Viva FLORESTA, todas baseadas na Agricultura Regenerativa, na Agroecologia e no Extrativismo Sustentável.Support the show
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    1:07:01

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