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Música negra do Brasil

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  • 10 – palavra, voz & toque: um discurso rítmico azuela mambu
    O professor, poeta e tradutor André Capilé propõe uma investigação dos módulos rítmico-sonoros dos tambores do candomblé de matriz bantu, assim como sua influência em algumas correntes da música brasileira. O episódio que encerra a série Música Negra do Brasil tem trechos de, entre outros, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, João Gilberto e Milton Nascimento. Capilé mostra como as percepções dos toques nagô são reconhecíveis, por exemplo, nas estruturas rítmicas das escolas de samba e nas marcações dos maracatus, afoxés e outros grupamentos que têm o tambor como marco musical. Texto, seleção de fonogramas, locução e gravação: André Capilé Mixagem: Filipe Di Castro Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira Trilha da vinheta: Mbé Programação visual: Mariana Mansur Nascido em Barra Mansa, interior sul fluminense, André Capilé é professor, poeta, tradutor e tata kambondo do Omariô de Jurema e da Inzo Lemba Bojinã Junsá. Graduou-se em Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora, é mestre em Estudos Literários e doutor em “Literatura, Cultura e Contemporaneidade”, pela PUC-Rio. Publicou “rapace” (2012), pela editora TextoTerritório; “balaio” (2014), pela coleção megamini da 7Letras; “muimbu” (2017) e “paratexto” (2019), pelas Edições Macondo; “rebute” (2019) e “chabu” (2019), ambos pela editora TextoTerritório, “azagaia” (2021), pela Edições Macondo; em parceria com Guilherme Gontijo Flores publicou o ensaio “Tradução-Exu (ensaio de tempestades a caminho)” e “Uma A Outra Tempestade (Uma Tradução-Exu)”, ambos pela Editora Relicário, em 2022.
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    18:53
  • 9 – O som do samba
    O professor e pesquisador Bernardo Oliveira traça um panorama da trajetória das gravações no país, indicando como também é possível contar a história da música brasileira a partir do som registrado nos estúdios. O episódio tem como protagonistas o que Oliveira chama de “dois artistas do áudio”: Norival Reis, o Vavá da Portela (“do Pagode do Vavá”, de Paulinho da Viola), e seu filho Luiz Carlos T. Reis. Eles são prova de que as escolhas não são apenas técnicas, mas também estéticas. O samba, especialmente, foi transformado pelos dois. Norival trabalhou em discos de, por exemplo, Martinho da Vila, Cartola e Candeia. T. Reis, como é conhecido, conseguiu levar para o estúdio o som das rodas do Cacique de Ramos no histórico disco “De pé no chão”, de Beth Carvalho. Depois, atuou em discos de Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal e outros. Texto, seleção de fonogramas, locução e gravação: Bernardo Oliveira Edição: Filipe Di Castro Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira Trilha da vinheta: Mbé Programação visual: Mariana Mansur Bernardo Oliveira é professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRJ, pesquisador, crítico de música e cinema e produtor. É produtor do selo musical QTV Selo, curador e produtor do Festival Antimatéria. Coproduziu o álbum “Rocinha”, do músico Mbé, entre outros discos, em sua maioria pelo QTV Selo. Realizou a investigação musical do filme “Zama” (2017), de Lucrecia Martel. Faz parte do projeto “Ciranda do Gatilho” (Sesc, 2020). Publicou em dezembro de 2014 o livro “Tom Zé — Estudando o samba” (Editora Cobogó). Em novembro de 2021, publicou “Deixa queimar” (Editora Numa).
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    37:18
  • 8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro
    O que a música sertaneja tem a ver com raça e racismo? Esta é a pergunta que o professor Marcos Queiroz responde em seu áudio-ensaio. Ele repassa a história do gênero e ressalta a importância de artistas negros ou negríndios, casos do pioneiro João Pacífico e da dupla Cascatinha e Inhana. Mas mostra que é uma história de embranquecimento. Hoje, quase todos os que fazem sucesso são brancos. Queiroz detalha os fatores socioeconômicos e culturais que levam ao apagamento dos negríndios. Para ele, o gênero sertanejo é antropofágico, mas só os brancos têm poder para digerir as referências. Os outros são deixados no passado. Texto, seleção de fonogramas, locução, gravação: Marcos Queiroz Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira Trilha da vinheta: Mbé Programação visual: Mariana Mansur Marcos Queiroz é professor no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Doutor em Direito pela Universidade de Brasília, com sanduíche na Universidad Nacional de Colombia e na Duke University. Fonogramas (por ordem de aparição) Marília Mendonça – Eu Sei de Cor (2017) Marília Mendonça – Ciumeira (2019) Milionário e José Rico – Estrada da Vida (1977) João Pacífico – Chico Mulato (1980) Cartola – Preciso Me Encontrar (1976) José Asunción Flores – India Cascatinha e Inhana – Índia (1952) Chitãozinho e Xororó – Fio de Cabelo (1982) Cascatinha e Inhana – Meu Primeiro Amor (1952) Cascatinha e Inhana – Colcha de Retalhos (1955) Ary Barroso – No Rancho Fundo (1955) Luizinho, Limeira e Zezinho – O Menino da Porteira (1955) Sérgio Reis – O Menino da Porteira (1973) Jair Rodrigues, Chitãozinho e Xororó – A Majestade, O Sabiá (1985) Roberta Miranda – A Majestade, O Sabiá (2017) Tião Carreiro e Pardinho – A Mão do Tempo (1999) Tião Carreiro e Pardinho – Pagode em Brasília (1961) Zé Mulato e Cassiano – Diário do Caipira (2003) Pena Branca & Xavantinho – Chalana  (1996) Douglas Maio – Pense em Mim (2015) Rick e Renner – Ela é Demais (1998) Belmonte e Amaraí – Saudade da Minha Terra (1996) Pena Branca e Xavantinho – Tristeza do Jeca (1996) Zé Mulato e Cassiano – Ciência Matuta (2013) Pena Branca e Xavantinho – Triste Berrante (1993) Pena Branca e Xavantinho – O Cio da Terra (1996) Tião Carreiro e Pardinho – Mundo Velho (1982) Tião Carreiro e Pardinho – Preto Velho (1982) Tião Carreiro e Parafuso – Neguinho Parafuso (1994) Simone e Simaria – Loka ft. Anitta (2017) Zé do Rancho e Zé do Pinho – No Colo da Noite (1997) João da Baiana – Lamento de Xangô (1952) João da Baiana – Lamento de Inhasã (1952) Arlindo Santana e Cornélio Pires – Moda da Revolução (1930) Arlindo Santana – Paixão do Caboclo (1936) Adauto Santos – Bahia, Bahia/Marinheiro Só (1998) Referências Alonso, Gustavo. Do sertanejo universitário ao feminejo: a música sertaneja e a antropofagia das massas. Zumbido, v.2, p. 12, 2018. Alonso, Gustavo. O rodeio e a roça: o mistério da música sertaneja. Lacerda, Marcos. Música. Rio de Janeiro, Funarte, 2016 Amaral, Sidney. História do sanitarismo no Brasil (o trono do rei), 2014. Dias, Alessandro Henrique Cavicchia. “Do iê-iê-iê ao êê-boi”: Sérgio Reis e a modernização da música sertaneja (1967–1982). Dissertação de Mestrado em História pela UNESP, 2014. Moura, Clóvis. Sociologia do Negro Brasileiro. São Paulo: Editora Ática, 1988. Nepomuceno, Rosa. Música Caipira: da Roça ao Rodeio. São Paulo: Editora 34, 1999. Oliveira, Acauam. Sertanejo hipster. O rock não morreu: se converteu ao sertanejo universitário e ao forró eletrônico para seguir no mainstream. Revista Bravo!, 22/10/2020. Paes, José Paulo. Arcádia revisitada. Paes, José Paulo. Gregos & baianos: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1985 Queiroz, Marcos. Sertanejo, hegemonia e modernidade. Revista Continente, v. 1, p. 54–59, 2021. Rodrigues, Ana Maria. Samba negro, espoliação branca. São Paulo: Editora HUCITEC, 1984. Santo, Spirito, post no Facebook: https://www.facebook.com/spiritosolto/posts/10220210761711644 Silva, Denise Ferreira da. À brasileira: racialidade e a escrita de um desejo destrutivo. Estudos Feministas, v. 13, n. 1, 2006, p. 82. Agradecimentos Acauam Oliveira Bernardo Oliveira
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    49:28
  • 7 – Tecnologias do beat
    No início dos anos 2000, novas tecnologias digitais como software de criação de beats e produção musical transformaram o cenário musical do mundo. No Brasil, artistas das cenas musicais das periferias brasileiras desenvolveram uma relação de experimentação com essas ferramentas, subvertendo-as para dar corpo a novos modos de criação musical e pensamento sonoro. GG Albuquerque, responsável pelo site O Volume Morto referência quando o assunto são as novidades musicais das periferias do país, mergulha nos sons produzidos em pequenos estúdios das quebradas para entender a música popular eletrônica contemporânea no contexto da afro-diáspora. Roteiro, captação e tratamento de áudio, desenho de som e locução: GG Albuquerque Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira Trilha da vinheta: Mbé Programação visual: Mariana Mansur GG Albuquerque, jornalista e doutorando em Estéticas e Culturas da Imagem e do Som pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), escreve o blog Volume Morto e é cofundador do Embrazado, portal jornalístico e podcast dedicados às culturas musicais das periferias brasileiras que contou com apoio do edital Petrobras Cultural. Trabalhou como repórter de cultura do Jornal do Commercio e da Folha de Pernambuco e colabora com Portal Kondzilla, UOL Tab, Vice Brasil, Bandcamp, Revista Continente, Revista Noize, Monkeybuzz, entre outros. Foi curador da mostra musical Periferia Invenção, no Sesc Santo Amaro. Escreveu e apresentou o documentário sobre brega-funk produzido pelo Spotify, em novembro de 2019. Foi curador do edital Natura Musical em 2020 e do edital Oi Futuro em 2021.
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    25:51
  • 6 – A onda do funk-soul afro-brasileiro
    A soul music, onda cultural que contagiou o mundo nos anos 1960, chegou com força ao Brasil. Sofreu críticas pelos que não a consideravam música realmente brasileira. Mas conseguiu se impor graças a Wilson Simonal, Cassiano, Tim Maia e tantos outros que são lembrados por Ana Júlia Silvino neste áudio-ensaio. Ela ainda destaca as mulheres, Lady Zu à frente, frequentemente esquecidas no movimento. O papel do rádio na difusão da soul music (a americana e a brasileira) é outro assunto do episódio, o sexto da série Música Negra do Brasil. Roteiro, captação e tratamento de áudio, desenho de som: Ana Júlia Silvino e Álvaro Borges Locução: Ana Júlia Silvino Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira Trilha da vinheta: Mbé Programação visual: Mariana Mansur Ana Júlia Silvino é graduanda em Rádio, TV e Internet na Universidade Federal de Juiz de Fora. É redatora cultural no Descolonizarte – revista decolonial de artes visuais – e atua como crítica de cinema. Participou do 5° Talent Press Rio (RJ), integrou o Júri Jovem – 24° Mostra de Cinema de Tiradentes (MG) e Primeiro Plano 2020, festival de cinema de Juiz de Fora e Mercocidades. Fez parte da curadoria do Cineclube Lumière e Cia. (UFJF) e, em 2021, integrou o corpo curatorial do concurso de roteiros de longa-metragem do Fade to Black Festival. Faz parte da equipe de comunicação da INDETERMINAÇÕES – plataforma de crítica e cinema negro brasileiro. Por fim, já colaborou em revistas eletrônicas de crítica, como Revista Cinética (SP) e Verberenas (DF). Músicas (pela ordem): Onda – Cassiano O ouro e a madeira – Ederaldo Gentil Quem vem pra beira do mar – Dorival Caymmi I know you got soul – Bobby Byrd Get up off a that thing – James Brown Geleia geral – Gilberto Gil I don’t know what this world is coming to – The Soul Children Tributo a Martin Luther King – Wilson Simonal Coleção – Cassiano Primavera (Vai chuva) – Tim Maia A lua e eu – Cassiano One nation under a groove – Funkadelic A noite vai chegar – Lady Zu Da ponte prá cá – Racionais MC’s Depoimentos (pela ordem): Hamilton Bernardes Cardoso Hamilton Bernardes Cardoso Wilson Simonal Paulo Cesar Barros (PC) DJ Big Boy James Brown Entrevista de rua (documentário Balanço Black) Mano Brown Referências: PALOMBINI, Carlos. Soul brasileiro e funk carioca. Opus, Goiânia, v. 15, n. 1, p. 37-61, jun. 2009. Documentário Movimento Black Rio (1976) de Luiz Felipe de Lima Peixoto e José Otávio Sabadelhe. Série documental Balanço Black dirigida por Flávio Frederico. Programa Freestyle com Mano Brown. O negro da senzala ao soul (1977), documentário realizado pelo Departamento de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo.
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    19:47

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Sobre Música negra do Brasil

O objetivo da série de áudio-ensaios é apresentar temas, perspectivas e vozes em torno do universo musical afro-brasileiro. A cada mês, um novo episódio, criado e elaborado por artistas, jornalistas, pesquisadoras e pesquisadores. A curadoria é do professor e produtor cultural Bernardo Oliveira. A realização é da Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles.
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