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Cosme Rímoli

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  • 'DIRIGENTES DE TODO BRASIL PRESSIONARAM. ATÉ ACABAR A DEMOCRACIA CORINTIANA.'
    O jovem entregador de jornais na zona Leste de São Paulo tinha um sonho. Jogar no time de seu coração. Além da disputa óbvia com inúmeros garotos talentosos, ele tinha mais uma dificuldade. Era gago. Mas nunca se intimidou com esse detalhe. Nem na vida pessoal e muito menos jogando.Fez testes no Corinthians, acabou não ficando. Mas o Juventus não deixou escapar aquele veloz e inteligente meia. Sim, ele era meia, com excelente visão de jogo. Foi tão bem que o futebol grego e o russo tentaram sua contratação. "Naquela época, início dos anos 70, jogador era como escravo. Um diretor do Juventus me colocou em um avião e fomos para a Grécia. Treinei, fui bem, fiz gol. Mas ele não acertou a negociação e vim embora. O mesmo aconteceu na Rússia. Não tenho mesmo a menor ideia do que deu errado. Nunca me deram satisfação."Aliás, satisfação é a palavra que ele sentia quando jogava contra o Corinthians. Lembrando da infância, quando não ficou no Parque São Jorge, sua vingança era doce. Marcar gols contra o time que sempre amou. Em 12 partidas, nove gols. Virou um tormento enorme. Aumentado pela imprensa do início dos anos 80. Ele foi o único jogador da história do Juventus a estar em uma pré-convocação para uma Copa. Cláudio Coutinho colocou seu nome entre os 40 para o Mundial de 1978. "Se estivesse em um time grande eu iria", garante.A direção corintiana reconheceu o ótimo futebol de Ataliba. E venceu a concorrência de Palmeiras e São Paulo que também se interessaram pelo artilheiro. "Jogar no Corinthians foi um sonho. Primeiro, os dirigentes me cobraram. Me disseram que estavam aliviados. Agora não faria mais gols contra eles. Depois, encontrei companheiros fantásticos. Sócrates, Casagrande, Zenon, vivi a Democracia Corintiana.'Ataliba recorda a pressão que havia. O Brasil vivia o final da Ditadura Militar. E os jogadores, com o suporte do diretor de futebol, e sociólogo, Adilson Monteiro Alves, resolveram brigar pelo voto direto para presidente. Para a volta da democracia. 'Foi uma loucura. Porque o time precisava vencer para justificar a postura contra os militares. Porque se perdêssemos ninguém iria nos ouvir. Só deu certo porque fomos bicampeões paulistas, torneio que era tão importante quanto o Brasileiro.Ataliba viveu momentos inesquecíveis, além dos títulos. O mais tenso foi a eleição entre os jogadores para a saída de Leão. 'Ele era excelente. Jogava bem demais. Eu era muito amigo dele. Mas bateu de frente com a filosofia da Democracia Corintiana. Principalmente as folgas, a falta de concentração dos jogadores casados. E o time decidiu que ele teria de ir embora. Votamos e ele foi. O time não o quis mais."Diante da pressão dos outros dirigentes brasileiros e da derrota da direção que mantinha o sistema democrático no Corinthians, o movimento acabou. "Desmancharam o time. Quiseram outros jogadores. Todos saíram. Eu escolhi ir para o Santos, convencido pelo meu compadre Serginho. Errei. Não deu certo. A partir daí, fui para vários clubes menores. Meu auge foi no Corinthians. Nosso sonho da Democracia foi maravilhoso. O time iria ganhar mais títulos. Fomos corajosos e muito felizes."Aos 69 anos, Ataliba segue com o mesmo sorriso cativante. Enraizado na sua Zona Leste. É uma das grandes atrações do Corinthians Masters, que excursiona pelo interior de São Paulo."Vivi intensamente minha carreira. E tenho uma saudade enorme", deixa escapar, sorrindo, deixando escapar uma gota de rara melancolia...REDE SOCIALInstagram: @cosmerimoli
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    1:48:56
  • 'ERROS MÉDICOS SABOTARAM A CARREIRA DO MELHOR JOGADOR DO BRASIL'
    Zico, Sócrates, Falcão? Não, o melhor jogador deste país, em 1980, se tinha nome. Zé Sérgio, do São Paulo. Escolhido por jornalistas de todo território nacional. Quem viveu aquela época é privilegiado. Acompanhou os dribles deste jogador ambidestro, que enlouquecia defesas adversárias. E não parado nem por pontapés. Ágil, corajoso, talentoso, devolvia os chutes que levava, humilhando seus marcadores, com dribles que terminavam em gols. Dele ou de companheiros de time. "Eu cansei de marcar gols por causa do Zé Sérgio. Era só tocar na esquerda e esperar. A bola chegava. Era só cabecear ou tocar para desviar do goleiro. Ele sabe o quanto foi importante para que eu me tornasse o maior artilheiro da história do São Paulo', elogia Serginho."Eu tinha muito prazer em driblar e cruzar para meu time fazer os gols. Eu era ambidestro, ou seja, driblava com a direita ou com a esquerda. Além disso, minha velocidade era alta. Sempre fui objetivo, queria ganhar os jogos, não driblava para trás. Queria o gol."Zé Sérgio surgiu como um cometa. Adaptou os dribles do futsal com os do futebol de campo. Seu parentesco distante com Rivellino foi útil no início da carreira. Aliás, não ficou no Corinthians porque era longe de sua casa. Preferiu o São Paulo. Foi a revelação de 1977. Estava na Copa do Mundo em 1978, na Argentina.E melhor jogador do Brasil em 1980. Foi também o grande destaque do Mundialito do Uruguai. Fez uma partida inesquecível contra a Alemanha, na vitória por 4 a 1. "Estava tudo certo. Eu era titular da Seleção. O Telê já havia dito que contava comigo para a Copa do Mundo de 1982. Eu quase fui para o Milan. Estava tudo ótimo. Mas vieram a fissura no meu braço por um soco de um zagueiro da Seleção do México. Era um amistoso em Los Angeles. O São Paulo me colocou em campo só 20 dias depois. Tomei um pontapé, cai sobre o braço, que quebrou. Fui operado, mas não ficou bom. Depois, enquanto treinava, com o braço imobilizado, torci o joelho. E rompi os ligamentos cruzados. A cirurgia não deu certo", relembra com tristeza. 'Meu futebol caiu pelo menos 30%. Não consegui ser eu mesmo. Foi horrível."Para piorar, teve uma gripe forte. O médico que o atendeu no São Paulo receitou Naldecon, remédio popular. Mas havia uma substância que era proibida. E Zé Sérgio foi acusado de doping. 'Foi terrível. Tomei o que o médico do São Paulo me passou. A imprensa da época fez um escândalo. Tanto que o presidente da Federação Paulista da época, Nabi Abi Chedid, resolveu arquivar o processo. Tanto era minha honestidade. Realmente não tomei nada além do que me foi receitado."Zé Sérgio perdeu a Copa do Mundo, deixou de ser convocado. Já não era o mesmo jogador. Foi trocado, junto com Humberto, por Pìtta, do Santos. Ficou deprimido. "Não gostei da maneira com que o São Paulo me trocou." Chora ao lembrar do sofrimento que enfrentou. 'Fiquei a ponto de fazer uma besteira comigo. Deus me salvou.'No Santos foi tricampeão paulista, já que tinha conquistado dois títulos com o São Paulo. As deficiências físicas por erros médicos o atrapalharam. Passou pelo Vasco, de Romário. Logo foi para o Japão, onde ficou oito anos.Depois trabalhou na base do São Paulo. Aprimorou Casemiro, por exemplo. Por disputa política saiu. Magoado. Passou pela Ponte Preta e Ituano. Se cansou da falta de reconhecimento, da interferência de dirigentes e do fraco salário."Em 2019, eu parei. Chega de pagar para trabalhar. Os times do Interior pagam muito pouco." Muito jovial, nem parece os 68 anos que tem. É dono de um dos times da Kings League. 'Longe do futebol eu não iria ficar', enfatiza.Quem teve a sorte de ver Zé Sérgio jogar, no São Paulo, não esquece jamais...
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    2:10:56
  • 'A GENTE OLHAVA UM PARA O OUTRO. E SABIA. ÍAMOS GANHAR TUDO NO ANO.'
    'O Palmeiras está interessado em Edu, da Portuguesa."Esta era a manchete do extinto jornal A Gazeta Esportiva, em 1969."Eu não tive dúvidas. Peguei o jornal e, em vez de ir treinar na Portuguesa, fui direto no Palmeiras. Todos estranharam quando me viram. O Dudu perguntou: 'o que você está fazendo aqui?' Respondi: já que o Palmeiras me quer, eu quero o Palmeiras. Vamos assinar. Eu sabia que era o jogador que faltava para a academia."Carlos Eduardo Da Silva sempre foi assim. Corria, literalmente, atrás do que queria. Era uma necessidade. "Éramos em 11 irmãos. Eu precisava ajudar em casa, de qualquer maneira. Ele não desejava que eu fosse jogador. Fiz um pacto. Se não der certo, logo eu desisto."Ele já era um mito nos bairros da Zona Norte. No Bairro do Limão, na Cachoeirinha, no Bairro do Limão. Até que passou em um teste na Portuguesa. Era meia, inteligente. "Mas vi que tinha muito jogador talentoso, como o Lorico. E outros. Todos queriam o meio-campo. Fui para a ponta. Sabia que era o meu lugar."Edu não tem o apelido de Bala, por acaso. Sua velocidade era incrível. 'Chegava a fazer 100 metros em 10 segundos." Poderia competir no atletismo. Tinha também o chute violentíssimo. 'Cansei de chutar a bola no Tietê, já que o Canindé não tinha proteção.'O argentino Filpo Nunes que o treinou na Portuguesa, o queria no Palmeiras. E ele foi para o clube, da maneira mais simples. Com o jornal debaixo do braço. A direção palmeirense aproveitou a oportunidade."A chegada do Edu foi um grande bem para o nosso time, que já era muito bom. Mas tinha atletas de toque de bola. Precisávamos de alguém que saísse do nosso perfil para surpreender os adversários. E o Edu 'voava' pela ponta. Se encaixou como uma luva", elogia Ademir da Guia.E foi assim que Edu Bala foi tricampeão brasileiro, tricampeão paulista, ganhou duas vezes o troféu Ramón de Carranza. Só não foi vendido pelo Español porque o Palmeiras o segurou. "Foi maravilhosa a minha passagem pelo Palmeiras. O time era fantástico. Ganhamos tudo. Só não a Libertadores porque não dávamos a mínima atenção."Edu tem uma passagem engraçada, folclórica. 'O Hector Silva me lançou. E eu corri tanto para a bola que acabei caindo no vestiário. Tanta era minha velocidade. Não consegui parar', relembra, com o sorriso largo, aos 76 anos."Dirigentes palmeirenses precisavam de dinheiro e desmancharam a academia", revela. E foi jogar no seu time do coração. Poucos sabem mas ele sempre foi são paulino. Também foi campeão paulista. Ganhou títulos no Sport e na Desportiva, do Espírito Santos. Jogou até os 39 anos.Mas marcou para sempre o futebol brasileiro. Deixou de ser uma pessoa. Para ser como um pedaço de uma poesia, que palmeirenses apaixonados declamam, de cor...Leão, Eurico, Luiz Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir, Edu, Leivinha, Cesar e Nei.
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    1:51:14
  • 'O SÃO PAULO TEVE A DUPLA DE ZAGA PERFEITA. O DARIO PEREYRA TINHA A TÉCNICA. EU, O VIGOR, A VELOCIDADE.'
    Ele é considerado um dos melhores zagueiros da história do futebol brasileiro. Se tivesse conseguido os dois títulos que esteve tão perto, teria virado lenda. A começar pela Copa do Mundo de 1982. Ele era um dos capitães do time. Telê Santana o nomeou ao lado de Sócrates. E Oscar sentia que o time estava ganhando jogos, seduzindo a torcida brasileira. A imprensa nacional foi a primeira a ceder. Depois, a Mundial. Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico eram as estrelas. Reuniam talento que tornavam encantadora a maneira da Seleção jogar. Mas havia um detalhe que passava despercebido. Contra a Rússia, Escócia e Argentina, o Brasil sofreu gols. O time atacava, mas dava espaço aos adversários. "Não era esse time que o Telê preparou. O Paulo Isidoro, que marcava muito, ficou de fora. Entrou o Cerezo. O Telê se empolgou com os elogios do mundo todo. E manteve o Brasil muito ofensivo. Além do meio-campo, nossos laterais atuavam no ataque, Leandro e Júnior. Era assim que ele queria ganhar a Copa do Mundo", resume Oscar. Mas chegou o dia 5 de julho de 1982. E a Itália, de Enzo Bearzot, ótimo time, mas que vinha massacrado e rompido com os jornalistas, entrou em campo com a obrigação de vencer. O empate era brasileiro."Nós começamos classificados, com o 0 a 0. Eles marcaram 1 a 0. Nós empatamos em 1 a 1. Eles fizeram 2 a 1. Empatamos de novo. 2 a 2. E o Telê pedindo para jogarmos da mesma maneira. Aberto, buscando vencer. Tomamos o 3 a 2. E fomos eliminados. Tivemos três vezes a classificação nas mãos e desperdiçamos. "Pensando agora, com calma, o Brasil deveria ter um outro plano. Colocar o Dirceu, que marcava muito, corria e era habilidoso, para marcar. O Batista, nosso melhor marcador, estava bem fisicamente. Mas nem no banco ficou. Talvez poupado para uma semifinal que não veio. O Telê se empolgou", resume Oscar.O zagueiro e capitão desabafa. "Os gols do Paulo Rossi foram muito fáceis. Ele teve todo espaço para correr por onde desejasse. A nossa defesa estava muito aberta. Ele era artilheiro, se aproveitou. Foi um trauma. Que até hoje ninguém esquece essa eliminação. A princípio não tem resposta. A princípio."Oscar passou também por outra derrota inesquecível. A final do Paulista de 1977, que o Corinthians ganhou da Ponte Preta, acabando com 23 anos de jejum."Nosso time era muito talentoso. E forte. Mas começamos a perder quando as três partidas finais foram para o Morumbi. O que facilitou para o Corinthians. Perdemos o primeiro jogo. Ganhamos o segundo. No terceiro, a expulsão do Rui Rey no começo da partida, por uma discussão com o juiz Dulcídio Vanderlei Boschilia, acabou com a gente."Não acho que tenha acontecido nada de errado com o Rui Rey. Ele era muito estourado e gesticulava muito. O Dulcídio estava longe. E pensou que ele o tivesse xingado. E expulsou. Mesmo assim, a Ponte Preta lutou, teve chance. Mas o Corinthians se aproveitou de ter um jogador a mais", lamenta. Oscar fez história no São Paulo. Tendo o uruguaio Dario Pereyra ao seu lado."Fizemos uma dupla perfeita na zaga. Ele tinha técnica e eu o vigor, a velocidade. Não é por acaso que as pessoas se lembram até hoje. Ficamos para sempre na memória do torcedor." Dario, que já deu exclusiva ao canal, relembra. "Nosso entrosamento era no olhar. Dois jogadores talentosos, de muita harmonia, amizade e vontade de ganhar. " Um Brasileiro e quatro Paulistas foram conquistados.O irônico é que Oscar deveria ter saído da Ponte para o Palmeiras. O clube da capital negociou por dois anos com a equipe campineira. "Vim algumas vezes para São Paulo para fechar contrato. Mas enrolaram e eu fui para o Cosmos." Nos Estados Unidos, Oscar se machucou e não pôde mostrar seu talento. E o São Paulo foi resgatá-lo.Telê Santana via enorme potencial em Oscar como treinador. Líder, sério, com excelente visão de jogo.
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    1:36:41
  • 'BATI EM PADRE. QUASE FIZ FILME PORNÔ. VIVI COMO QUIS.'
    242 gols. O maior artilheiro da história do São Paulo.102 gols pelo Santos, o clube dono do seu coração. Ídolo dos dois rivais. Último jogador 'sem filtro' algum. De assumir tudo que faz. Espontâneo, sem medo de julgamentos.Sua vida não daria um filme, mas uma série que faria sucesso em qualquer lugar do mundo. "Se não fosse o futebol, eu estaria no mundo do crime. Como meus amigos. Eu fiz questão de fazer uma partida no Carandiru (antiga penitenciária). E lá reencontrei meus amigos de infância. Choramos muito. Eles fizeram coisas pesadas. Também faria com eles, se não fosse o futebol."Serginho Chulapa era uma das entrevistas mais aguardadas por mim. Depois de anos de desencontros, ela aconteceu. E foi marcante."Eu quis falar. Até para acabar com a aura da Seleção de 82. Nós tínhamos um time maravilhoso. Mas o ambiente era péssimo. Não merecia ganhar a Copa. Não havia união de verdade."Havia reservas que queriam entrar no time de qualquer jeito. O principal era o Edinho. Ele queria jogar no lugar do Luizinho. E sabotava o ambiente. Anos depois, eu dei um tapão nele. Tinha de dar, pelo que fez na Espanha.Ele foi acusado de ser o pior jogador do time que encantou o mundo. "Eu não pude ser eu mesmo. O Telê foi para o quarto que eu dividia com o Eder. Era o quarto dos malucos. E avisou. Quem aprontasse qualquer coisa em campo, sairia do time e não jogaria mais. Não pude ser eu mesmo. Se eu pudesse, teria voltado da Espanha a pé. E não teria aceito jogar aquela Copa.""Serginho vai além. "Os jogadores marcavam gols e fugiam da gente. Não queriam abraços. Buscavam as placas de publicidade, para aparecer na tevê. Tinham 10 segundos para chegar nas placas. Ganhavam 500 dólares por gol. Fique pu... quando soube. E também quis os meus dólares. Mas vi ali, que cada um pensava em si."Falcão explicou que Serginho foi o grande sacrificado no esquema de Telê Santana. "Ele prendia os zagueiros para que nós, do meio-campo, eu, o Zico, o Sócrates, o Cerezo, jogássemos. Foi injusta tanta cobrança que ele recebeu."Serginho é direto. "A minha Copa era a de 1978. Não fui convocado porque os cariocas queriam Roberto Dinamite. Eu peguei nove meses de suspensão por ter chutado um bandeira. Errei. Mas o julgamento no Rio de Janeiro foi para me tirar da Copa. E o Roberto ir.""Ele reconhece que sua carreira foi importante. Mas nunca abriu mão de viver como queria. "Ah, aprontei, sim. Treinava, me dedicava. Mas meu gênio sempre foi forte. Não fugia de provocação. O jogador tem de se impor."Chutou bola em cima do banco do Corinthians, deu um bico no rosto de Leão, que o provocou por ele estar com hemorroidas. Deu um pontapé no bandeira Vandevaldo Rangel, em 12 de fevereiro de 1978. Na partida entre o São Paulo e o Botafogo de Ribeirão Preto. Suspensão de nove meses e adeus Mundial da Argentina.Fora de campo, colecionou outros episódios marcantes. Como quando bateu em um padre, no batizado de uma das sobrinhas do seu amigo, Basílio, ex-jogador do Corinthians. Gravou um disco como cantor, que fracassou. E, revelou um segredo, desistiu em cima da hora de fazer um filme pornô. "Eu fui gravar. A menina estava pronta. Mas havia muita gente. E as câmeras me queimavam a bunda. Desisti. O filme iria se chamar 'Panteras Negras'. Serginho revela também outras situações surreais no Exterior.""Fui para o Marítimo. Em cinco jogos, fiz quatro gols. O técnico me tirou, sem mais nem menos. Não aguentei. Dei um soco no olho do Mister." Depois, Serginho foi comprado pelo Malatyaspor, da Turquia. "O presidente era do narcotráfico. Foi preso. E não recebi nada." Ele só tem um arrependimento. A cabeçada que deu no repórter Gilvan Ribeiro, quando trabalhava como técnico interino do Santos. "Eu estava uma pilha de nervos. E ele me provocou. Errei."
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    1:50:37

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Sobre Cosme Rímoli

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.
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