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Cosme Rímoli

Podcast Cosme Rímoli
Cosme Rímoli
Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.

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5 de 91
  • Zé Teodoro: 'Jogadores fizeram o Telê me escalar. E ganhamos o Brasileiro'
    Ele foi um dos melhores laterais da história do São Paulo.Bicampeão brasileiro. Tetra paulista.Além de tricampeão goiano.Nascido há 61 anos no interior de Anápolis, não só seguiu o caminho dos irmãos Fernandinho e Gilson Bonfim. Foi muito além dos dois. Conseguiu a independência financeira que a família precisava.Veloz, vigoroso, inteligente e com cruzamentos precisos, ele se impôs no Goiás. Moderno para a década de 80. Mas a projeção nacional veio no São Paulo, que conseguiu vencer o duelo com o Flamengo e contratá-lo."O São Paulo era, disparado, o melhor clube do Brasil. Infraestrutura, dirigentes. Tive muita sorte. Peguei a geração 'Menudos': com Muller, Silas, Sidney. O Cilinho, que era fantástico, como treinador. E ainda o time que ganhou a Libertadores e o Mundial. Fui um privilegiado. Vejo hoje como as equipes era modernas, à frente do seu tempo."Em rara entrevista exclusiva, Zé Teodoro faz revelações."O São Paulo era um time de muita raça na minha época. E eu não me intimidei. Ia para cima mesmo dos adversários. Leal, como sempre fui na minha vida, mas ninguém tinha moleza comigo. Nem com o São Paulo."O Cilinho me obrigava a dar 30 cruzamentos por jogo. 15 no primeiro tempo e 15 no segundo tempo. Eu marcava muito bem, passei a atacar também. Era um ala, posição que não existia."O Cafu só virou Cafu porque eu me machuquei, fraturei o tornozelo. Vou explicar: ele era um ótimo jogador, mas coringa. Ou seja, atuava como lateral, volante, meia, ponta. Eu o chamei para conversar e falei que coringa é a pior coisa no futebol. Ele concordou. "Eu passei a ajudá-lo a cruzar com precisão. Apesar de ser meu rival pela lateral. Por coincidência, fraturei o meu tornozelo. E o Cafu assumiu a lateral do São Paulo. E virou o Cafu.""Na final do Brasileiro de 1991, os líderes do time tiveram uma reunião com o Telê Santana. E disseram que para garantir o título contra o Bragantino, do Parreira, eu precisava voltar a ser titular. E o Cafu jogaria como ponta esquerda. O Telê aceitou. E ganhamos o título.""O Guarani reclama até hoje de um pênalti no João Paulo, do Vagner. Mas o João Paulo era especialista em simulação. Não foi pênalti. E ganhamos o Brasileiro de 1986, em Campinas."Eu deveria ter disputado a Copa de 1986. Mas o Telê Santana não me convocou. Preferiu levar um meia que atuava improvisado na lateral, o Josimar. Naquele tempo tinha aquela rivalidade entre São Paulo e Rio de Janeiro na Seleção. Foi muita injustiça comigo.'"O maior erro da minha carreira foi não ter empresário. E eu pedi para ir embora em 1992, antes de o São Paulo ganhar Libertadores e o Mundial. Sabia que era um timaço. Poderia ter ficado quieto. Na reserva. Teria esses títulos. Mas queria ser titular e fui para o Fluminense. Errei.Com personalidade forte, ótima visão tática, Zé Teodoro decidiu seguir como treinador. Foi tricampeão em Pernambuco. Dois títulos com o Santa Cruz e um com o Náutico. E bicampeão cearense. Uma conquista com o Ceará e outra com o Fortaleza."Outro erro que cometi foi não ter empresário como treinador. Isso faz toda a diferença."Zé Teodoro se tornou coordenador técnico.E agora quer trabalhar descobrindo jovens atletas."Sou treinador, mas tenho esse dom de saber se o garoto vai virar bom jogador ou não..."
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    1:36:34
  • Fernando Scherer (Xuxa): 'Pobre no Brasil não vira nadador. Cadê piscinas públicas'
    Fernando Scherer é motivo de orgulho para este país.Medalhista olímpico, tetracampeão mundial.Filho de classe alta de Florianópolis, foi levado ao esporte pela asma.Não queria se dedicar a este algum, como modo de vida. Mas se mostrou um fenômeno dentro das piscinas. As vitórias se acumularam de maneira absurda."Eu adolescente me senti destacando de alguma forma para o mundo. Tudo o que a gente quer, no fundo, é ser valorizado, amado, aceito. E decidi me dedicar à natação."O apelido Xuxa veio dos cabelos louros, que existiam, longos. Se nas piscinas, o desempenho era impressionante, fora delas, ele seguia rebelde. "Eu bebi desde os 14 anos. Treinava feito um louco. E à noite bebia. Foi assim quase a carreira toda. Se me atrapalhou fisicamente? Pode ser. Mas eu não seria o Xuxa se não agisse como eu quis."Para deixar tudo ainda mais cinematográfico, ele competia com Gustavo Borges. "Ele era um nadador fantástico. Mas o contrário da minha personalidade. Todo organizado, centrado, certinho. Levava uma vida de atleta dentro e fora da piscina. Ele foi o meu grande rival. Foi ótimo, que eu o puxei e ele me puxou. E nós sempre nos respeitamos. Apesar de sermos completamente diferente."Xuxa fez história. Foi tetracampeão mundial. Ganhou sete medalhas de ouro em Panamericanos.Tem duas medalhas olímpicas de bronze.O currículo é fabuloso.Mas o grande orgulho foi ter derrotado Alexander Vladimirovich Popov, tetracampeão olímpico."Era uma obsessão. Ele ganhava sempre. Até que o venci nos Jogos da Amizade. Ele ficou inconformado. E teve uma reação péssima. Ele olhou para mim e perguntou : 'O que você tomou?' Péssimo perdedor." Havia antidoping na competição, o russo não simplesmente não se conformou.Longe do esporte, Xuxa acabou caindo na depressão. "Foi quando acabou a minha carreira e acabou o personagem 'Xuxa nadador'. Foi terrível. Não queria sair da cama. Não queria comer, viver. Foi difícil. Mas consegui superar. Com ajuda de três psicólogos e um psiquiatra. Quem estiver com sintomas de depressão, tem de procurar ajuda. Afeta a todos, não importa quem seja. Nunca pensei que fosse passar por isso."Eu cheguei a pensar em tirar a minha vida."Quando ele estava melhor e decidido a viajar para a Índia, para tentar se redescobrir, veio o convite para a A Fazenda. Ele aceitou. Conheceu Sheila Mello. E acabaram casando, tendo uma filha. "Foi surreal. Fragilizados, o programa nos aproximou. Casamos e tivemos Brenda. Acabamos o casamento, mas seguimos amigos. A nossa missão era ter nossa filha, que é uma pessoa muito especial."Aos 50 anos, com aparência de 35, Xuxa segue a vida como empresário de sucesso. E palestrante. Usufruindo tudo o que conseguiu na natação. Ele só lamenta a falta de política esportiva no Brasil. "Quem for pobre não vai conseguir virar nadador neste país. As dificuldades são imensas. É preciso ser sócio de um clube para começar a nadar. Pagar professor. Cadê as piscinas públicas? Isso me incomoda muito. É um enorme desperdício..."
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    2:21:04
  • Heródoto Barbeiro: 'A Copa de 70 serviu para disfarçar a ditadura militar.'
    Historiador, jornalista, professor, apresentador, advogado, monge.Heródoto Barbeiro tem uma visão profunda, que vai além, do futebol, do esporte.Principalmente no Brasil."Neste país e, como em todos, se repete o que acontecia no Império Romano. A população precisa de pão e circo. "E o esporte entra como circo, como alienação para que as pessoas possam viver. E muitas vezes, ficarem distraídas do que realmente acontece no governo."O esporte é usado até como propaganda ideológica. Foi assim na antiga União Soviética, cada vitória sobre os países capitalistas era política. "Assim também como quando os Estados Unidos vencem nas Olimpíadas é ao contrário. "Hoje, a China faz isso muito bem. "Vi o uso absurdo do grupo terrorista Setembro Negro fez da Olimpíada de 72, na Alemanha, matando atletas judeus inocentes. Para aproveitar os holofotes da Olimpíada."Apesar compreender perfeitamente como o esporte é utilizado pelos governantes, não dá para se isolar do mundo. E racionalizar tudo."Entendo que acontece com os nossos dirigentes, mas não deixo de ser corintiano, de verdade! "O homem não é só levado pela inteligência. "Mas também pela paixão, futebol é paixão, emoção, competição. Está na nossa essência."Heródoto tem o maior prazer em ensinar, desvendar, contextualizar os acontecimentos do mundo. Faz isso com maestria.Esse dom vem desde quando o office boy descobriu o dom para ser professor, há mais de 60 anos. Esse prazer de ensinar passou para a Comunicação. Professor de Cursinho, entrou para o rádio, sua paixão.Do rádio para a televisão. E desde então, jamais parou de seguir a sua missão, que é muito nobre."Eu não só 'dou' a notícia. Faço questão de explicar o que ela vai mudar na vida da pessoa. E quem assiste entenda um pouco melhor o mundo onde vive."Heródoto confessa que, muitas vezes, se deixou levar pela empolgação do esporte."Acreditei que a Copa (de 2014) e a Olimpíada (2016), em seguidas no Brasil, seriam marcos para o país. Trouxessem progressos. Não fossem apenas usadas. Mas elas aconteceram e não deixaram legado algum."Heródoto também desvenda um velho tabu. O de que os jornalistas brasileiros se deixaram alienar pela conquista da Copa do Mundo de 1970. E, em plena Ditadura Militar, com extrema e violenta repressão, os repórteres só queriam celebrar Pelé, Rivellino, Gerson, Tostão..."Nada disso. Os jornalistas brasileiros ficaram felizes pelas conquistas. Mas não perderam a noção do que acontecia no país. Havia a Censura, que impedia os repórteres de escrever sobre os exageros. O risco era ser preso, sumir, morrer. "A conquista do tri mundial foi muito bem usada pelo governo militar, eu não tenho a menor dúvida."Um dos pais da CBN, como rádio que 'toca notícia' 24 horas, viu a morte da rádio Globo, de São Paulo. Passou pela Jovem Pan, pela CBN. Marcou época na TV Cultura. Na apresentação do Roda Viva. É contratado pelo portal R7.Segue também traduzindo, as cada vez mais incompreensíveis, notícias, na rádio Novabrasil.Aos 78 anos, transborda energia e sapiência.Heródoto não foi entrevistado.Deu apenas mais uma aula na sua vida.E ajudou a traduzir muito do que vemos.Mas não enxergamos...
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    1:54:49
  • Amaral: 'Meu pai dormia na rua. O enterrei na funerária que eu trabalhava. Tive muito dinheiro. Fali.'
    A vida de Alexandre da Silva Mariano estava traçada, na pequena cidade paulista de Capivari."Meu pai era motorista. Mas virou alcóolatra. E abandonou a minha mãe, que sempre foi guerreira, trabalhava arrumando as casas dos outros, buscando dinheiro para a gente sobreviver. Meu pai passou a dormir nas ruas.Morava de favor embaixo do porão de um conhecido de sua mãe."Era embaixo mesmo do porão. Abaixo do nível da rua. Muita gente, principalmente no Carnaval, fazia xixi e caía direto na minha cama. Não esqueço o cheiro da urina."Eu chorava de fome. Sei que, muitas vezes eu comia e minha mãe, não. No segundo ano primário, eu larguei a escola e fui correr atrás de dinheiro. Acabei em uma funerária, cuidando do jardim e maquiando mortos. "Um dia meu pai apareceu morto. Foi muito duro. O maquiei. Coloque os crisântemos, o ajeitei. Fechei a tampa do caixão. E o enterrei. Chorei sozinho."Não sabia o que fazer da vida, nunca pensei no futebol. Mas um teste no Palmeiras mudou toda a minha vida. O ex-presidente Facchina (Carlos Bernardo Facchina Nunes) tinha caminhões de carga. Um deles foi roubado e um primo meu, que era soldado, recuperou o caminhão. E o presidente falou que, se precisasse de alguma coisa, falasse. Ele pediu um teste para mim no Palmeiras. Facchina escreveu uma carta e a minha vida mudou. Sabia que era a chance de sair da pobreza."Amaral foi comparado a Gentile, famoso volante italiano marcador, que anulava o jogador mais habilidoso adversário. Seu físico privilegiado, de maratonista, e a explosão muscular, o tornaram especialista na marcação homem a homem. Foi um dos melhores nesta função no futebol brasileiro.Passou com sucesso por Palmeiras, Corinthians, Vasco, Seleção Brasileira, Grêmio, Atlético Mineiro. No Exterior jogou no Parma, Benfica, Fiorentina, Besiktas. Foi para a Austrália e até Tailândia.Financeiramente estava muito bem até ir para a Fiorentina e o clube faliu. Ele perdeu mais de R$ 17 milhões. Depois se separou e teve o que tinha acumulado na carreira dividido com a ex-mulher."Financeiramente fiquei abalado. Mas nunca reclamei da vida. Foi um presente ter uma esposa e meus dois filhos. Está tudo bem. Eu quero seguir agradecendo por desfrutar cada dia."Amaral é mesmo iluminado. Por trás do personagem que criou, de ex-jogador desinformado, há um homem inteligente, muito alegre, mas sofrido.As histórias engraçadas se sucedem e são obrigatórias, como quando 'adotou um canguru' na Austrália. Como rato quando foi jogar na Tailândia. Entrega que foi Viola imitando porco, depois de marcar pelo Corinthians, na primeira partida da final do Paulista de 1993, que quebrou o jejum do Palmeiras. 'O time entrou em campo querendo atropelar o Corinthians, por causa do Viola. 4 a 0 foi pouco. Ele mexeu com os jogadores errados.'O dia que Amaral mais chorou com o futebol foi quando perdeu o título mundial pelo Vasco, contra o Corinthians. A decisão foi no Maracanã. "Chorei demais. Eu e o Edmundo, que errou o último pênalti. Quando fomos para o hotel, um bando de flamenguista quis tirar sarro da gente. Eu e o Edmundo partimos para a porrada. Ficamos loucos, brigando. Ninguém soube disso."Sobre o grande vexame foi a derrota com a Seleção Brasileira para a Nigéria, na Olimpíada de 1996. 'Tínhamos um timaço. Abrimos 2 a 0. E achamos que estava ganho. Relaxamos. Tomamos de 3 a 2. Poderíamos ter ficado com o ouro, já que vencemos a mesma Argentina, que foi campeã. Ficamos com o bronze.'Medalha que Amaral vendeu por R$ 30 mil. "Vendi tudo, medalha, troféu. Para mim, não importa. Não vou levar nada no caixão. Vale o que vivi. Minha vida é simples e prática."As minhas vitórias dedico a Deus. Rio de felicidade por tudo que Ele me deu."E minha missão agora, aos 52 anos, é fazer com que meus filhos, minha mãe, minha família, todos vivam muito bem. Tenham tudo o que eu não tive."E, principalmente, nunca ninguém chore de fome, como eu chorei..."
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    2:00:55
  • Madson: 'Neymar me algemou em um coqueiro, na festa do Santos campeão da Copa do Brasil'
    Nem Renato Gaúcho, que já viu de tudo, acreditou.O então treinador do Vasco olhou a tatuagem e balançou a cabeça, espantado. No braço do meia talentoso, e baladeiro, estava escrito 'Madson, o Fod...' Quando o técnico perguntou o motivo, ele começou a falar. Tinha um piercing, recém-colocado, na língua, que já estava inchada, com o adorno de metal. "Vá tirar, Madson..."No Santos, a festa foi imensa, em Salvador, para a comemoração do título da Copa do Brasil, de 2010. "Fomos para uma casa enorme, digamos suspeita. E os caras resolveram aprontar comigo, porque eu zoava muito com eles. "Neymar, Ganso, Robinho decidiram me algemar em um coqueiro. Eles e os outros do time. Se vingaram das minhas zoeiras. Todos filhos da mãe! "Mas logo ficaram com dó e passaram a me dar bebida na boca. Até que eu me soltei das algemas, que eram frágeis e eu não tinha percebido. Amava aquela turma.'Aos 38 anos, pai de quatro filhos, comentarista do Canal Desimpedidos, Madson tem maturidade para analisar sua vida como se fosse um filme, com roteiro surreal.Aproveitou até não mais poder nas suas passagens pelo Vasco, Santos e Al-Khor, do Catar, clubes onde foi feliz."Fiz tudo o que tinha direito e até o que não tinha. Como morar na cobertura do prédio onde também morava o Dorival Júnior, que me treinava no Santos. Fiz festas e festas. As baladas eram no meu apartamento. O time todo ia para lá."Em uma delas, peguei o microfone do karaokê e, a todo volume, comecei a gritar. 'Me escala, Dorival'. Ele me usava como 12º jogador. Aí, veio a minha mãe, que estava na festa, me tomou o microfone e começou a berrar, mais do que eu."Dorival, escala meu filho... Dorival, escala meu filho..."O treinador, no dia seguinte, só olhou para Madson e falou: 'Eu ouvi, Madson..."Canhoto hábil, veloz, jogava de maneira surpreendente, com seu 1m58. Mas as farras e, principalmente, os constantes atrasos, o fizeram pagar caro. "Eu tinha sido o melhor meia do Paulista, em 2009. Perdi a posição porque chegou o Robinho. Mas abusei, cansei a direção do Santos. Fui negociado em 2011. Perdi a chance de ganhar a Libertadores, jogar a decisão do Mundial, contra o Barcelona. Paguei pelo que fiz."Ele viu surgir Neymar, da base. "Magrelo, atrevido, talentoso demais. E humilhava os nossos zagueiros, sem dó. Nós sabíamos que estávamos diante de um dos melhores do mundo. Ele tem um coração gigante. Pena que as pessoas não o conheçam de verdade, por conta do assédio absurdo. A Seleção ainda depende dele. E o Santos? Se ele não voltasse agora, o que seria do clube?"Madson tem o raciocínio muito rápido, tem tudo para se firmar como comentarista. E sabe como encantar com suas histórias. "Fiquei sete anos no Catar. Três anos fui comportado, a lei é rígida demais por lá. Mas os últimos quatro anos... Eu já zoava geral. Uma das que posso contar é engraçada. Lá os jogadores não ficam pelados no vestiário. "Decidi um dia ficar escondido, nu, dentro do cesto onde os atletas deixavam suas roupas, depois do treinamento. E quando todos estavam perto, eu pulei do cesto, pelado. "Uns riram muito outros só gritavam 'haram', 'haram', 'haram', que é pecado, em árabe. No fim, todos me chamavam de 'crazy', 'crazy', que significa louco. Fui muito feliz por lá..."Madson admite que poderia ter conseguido ir além como jogador. "Em 2009, por exemplo, mereceria pelo menos uma convocação. Mas eu entendo. Fui muito louco. E acabei sendo rotulado como jogador problemático. Perdi muitas chances na vida. Aproveite, muito bem, outras. Eu era pobre, em Volta Redonda, sem grandes perspectivas. O futebol mudou tudo. Vivi exatamente como queria. Está tudo certo."Pergunto, então, mas por quê a tatuagem de 'Madson, o Fod...?'"Porque sou fod...,ué?!"
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    2:03:39

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Sobre Cosme Rímoli

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Generated: 3/26/2025 - 2:12:44 AM