#196 – Outras perspectivas para os mundos árabes e a Palestina
Publicar autores do Oriente Médio e do Norte da África, dar voz a literaturas sub-representadas no Brasil e estabelecer pontes diretas num eixo sul-sul.
Com esses propósitos que a editora Tabla nasceu em 2020. Desde então, foram responsáveis por publicar no país nomes importantes, mas até então pouco conhecidos por aqui. Falo de escritores como o libanês Elias Khoury e os palestinos Marmud Darwich e Ghassan Kanafani.
Cada vez mais gente tem prestado atenção naquele canto do mundo especialmente por conta do massacre de Israel sobre os palestinos. O trabalho da Tabla nos ajuda olhar para a história com mais nuances do que estamos acostumados a ver no noticiário.
Uma das mentes à frente do trabalho é a editora Laura Di Pietro. Com ela que conversei sobre o nascimento da Tabla, os desafios de trabalhar com literaturas pouco conhecidas no Brasil, as barreiras que enfrentam e a importância da ficção literária para a compreensão de realidades diversas.
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42:09
#195 – Um passeio pelo mundo das HQs: papo com Érico Assis
Érico Assis é uma referência quando o assunto é HQ. Colega jornalista, desde 1999 que Érico se dedica à cobertura de histórias em quadrinhos.
Já fez e faz muita coisa. Foi colunista do Omelete e do blog da Companhia das Letras, por exemplo. Hoje toca a newsletter Vira Página, uma das minhas favoritas – também vou deixar o link na descrição do episódio – e, dentre outras coisas, dá aulas tanto de tradução quanto de tradução específica de HQs.
Sim, Érico também é tradutor. Ele que verteu para a nossa língua nomes como Alan Moore, Craig Thompson e Jeff Lemire, para citar alguns quadrinistas importantes, além de escritores como Chuck Palahniuk e Agatha Chistie.
É uma conversa em que falamos muito sobre histórias em quadrinhos, claro, sobretudo aquelas que passam longe do universo dos super-heróis. Também papeamos um tanto sobre como é a vida de jornalistas que precisam empilhar trabalhos para conseguir pagar as contas e seguir mergulhados no mundo dos livros.
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** E a news do Érico: https://virapagina.substack.com/
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45:35
#194 – Por que falar dos clássicos?
Não faz muito tempo que tivemos por aqui um episódio sobre a leitura de clássicos. Foi com a Amara Moira, lá na edição 182 do podcast.
Hoje volto ao tema. Não por ter necessariamente novas perguntas para fazer, mas porque acho que sempre vale a pena ouvir como outros leitores se relacionam com os livros fundamentais da história literária.
Por que lê-los? Como lê-los? Tá tudo bem amar uns e odiar outros? O que fazer diante da impossibilidade de ler tudo o que gostaríamos? Como, afinal, lidar com os clássicos?
Há muitas respostas tão possíveis quanto válidas para cada uma dessas questões. Hoje, quem responde parte delas é Livia Piccolo.
Formada em Artes Cênicas na USP e mestre em interlinguagem, Lívia está à frente do canal da editora Antofágica no Youtube, onde os vídeos sobre autores clássicos costumam ser alguns dos mais assistidos pelos leitores.
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** Na imagem do episódio, Dama com Arminho, de Leonardo Da Vinci.
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34:47
#193 – Um megafone para a poesia brasileira contemporânea
Episódio um pouco mais ligeiro para este feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador.
Entre os dias 16 e 18 deste mês vai rolar aqui em São Paulo o Festival Poesia no Centro, organizado pela Livraria Megafauna.
Subirão no palco do teatro Cultura Artística poetas como Adelaide Ivánova, Ana Martins Marques, Marília Garcia, Oswaldo de Camargo e Prisca Agustoni.
Dentre as atrações estrangeiras estão a argentina Roberta Iannamico, a alemã Uljana Wolf, o irlandês Stephen Sexton e Tracy K-Smith, dos Estados Unidos. Deixarei o link com a programação completa do evento na descrição do episódio.
No intervalo entre uma mesa e outra, o bar do Cultura Artística receberá uma programação paralela. Chamada de Megafone, é ali que dezenas de poetas poderão mostrar um pouco de sua poesia em apresentações breves.
Foram quase duzentas inscrições de pessoas querendo um espaço no Megafone. Quem fez a curadoria dos nomes que estarão nesse palco foi Bruna Beber.
Bruna é um dos nomes mais conhecidos de nossa cena poética. Ela é autora de livros como “Veludo Rouco”, “Rua da Padaria”, “Ladainha” e “Sal de Fruta”.
O Megafone e a poesia brasileira contemporânea foram os dois grandes assuntos do papo com Bruna.
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** O site do Festival Poesia no Centro: https://www.livrariamegafauna.com.br/poesia-no-centro/
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27:48
#192 – Arrepios e perturbações: o horror na literatura latino-americana
Quem acompanha a escrita contemporânea sabe que a literatura latino-americana vive um grande momento.
Quem está à frente dessa ótima fase junto aos leitores são, especialmente, as mulheres. E há uma marca em comum entre diversas autoras que vem sendo bastante lidas: o flerte ou a entrega ao horror.
A equatoriana Mónica Ojeda, a boliviana Giovana Rivero e a argentina Mariana Enriquez são alguns exemplos dessa tendência. Mariana, aliás, é tratada como estrela pop em diversos cantos do mundo.
Para compreender o que é exatamente esse horror e como ele se manifesta hoje nessa literatura que tanto me interessa que convidei Oscar Nestarez para o papo que vocês ouvirão a seguir.
Oscar é doutor em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP e centra suas pesquisas nas diversas facetas do que costumamos chamar de literatura insólita.
Ao lado de Júlio França, Oscar organizou a antologia “Tênebra – Narrativas Brasileiras de Horror”, cuja edição já publicada pela Fósforo olha para o terror brasileiro produzido entre 1839 e 1899.
Oscar também é tradutor e escritor. Dentre suas obras estão o volume de contos “O Breu Povoado” e o romance “Bile Negra”, publicados pela Avec, e a novela Claroscuro”, que saiu pela Draco.
A recepção da literatura de terror e a forma como ela circula por leitores de diferentes meios também foi assunto da nossa conversa.
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** A arte do episódio usa a pintura A Alma da Montanha, de Remedios Varo
O Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.
Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.