Rosa Montero, Javier Cercas, Dulce Maria Cardoso, Juan Gabriel Vásquez, Bernardo Carvalho, Valter Hugo Mãe, Mia Couto, Milton Hatoum, Tatiana Salem Levy e Djaimilia Pereira de Almeida.
Foi com esse admirável time de autores que o jornalista Ricardo Viel se encontrou para, mais do que entrevistas, bater longos papos.
Ricardo queria conhecer melhor essas pessoas, compreender como elas lidavam com a escrita, o que pensavam de assuntos caros ao mundo literário. Uma pergunta recorrente: a literatura serve para algo?
Agora essas conversas profundas chegam aos leitores no livro “Sobre a Ficção – Conversas com Romancistas”, publicado pela Companhia das Letras.
Diretor de comunicação da Fundação José Saramago, Ricardo é brasileiro, mas vive desde 2013 em Lisboa. Ele é também autor de “Um País Levantado em Alegria”, “Simuladores de Vuelo” e “La Revolución Amable”, além de ser um dos organizadores de “Com o Mar por Meio”, que reúne cartas trocadas entre Jorge Amado e Saramago, e um dos editores de “Saramago: Os Seus Nomes”.
É com Ricardo o papo desta edição do podcast.
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#203 – A escrita em tempo de inteligência artificial: papo com Sérgio Rodrigues
“Escrever é Humano – Como Dar Vida à Sua Escrita em Tempos de Robôs”.
É esse o título do novo livro de Sérgio Rodrigues, consagrado pelo romance “O Drible” e também autor de obras como “A Vida Futura” e “Elza, A Garota”.
Também jornalista, há muito tempo que Sérgio é presença frequente na imprensa. Hoje tem uma coluna na Folha sobre a língua portuguesa. Antes, tocava o Todoprosa, blog de literatura que foi referência para muita gente. E eu faço parte dessa gente.
Publicado pela Companhia das Letras, em “Escrever é Humano” Sérgio reflete sobre o ato da escrita enquanto lembra algumas passagens de sua vida. Também discute os meandros dessa atividade tão cheia de sutilezas e dá algumas dicas àqueles que pretendem ser escritor.
Uma delas: “existe a opção de desistir? Se existir, agarre-a”.
É um livro que dialoga com esse momento em que a inteligência artificial passa a fazer parte de nossas vidas. Como isso já impacta e seguirá impactando na escrita? E na leitura?
São questões que estão tanto no livro de Sérgio quanto no papo que batemos.
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#202 – A literatura russa além dos nomões que todos conhecem
O leitor brasileiro tem uma relação peculiar com a literatura russa.
Nomes como Tolstói e Dostoiévski mexem bastante com o nosso imaginário e nossas ambições diante dos livros.
Esse apego, no entanto, costuma ser pelos russos que escreveram no século 19, começo do século 20.
Para conversar sobre uma literatura mais recente, pegando boa parte do século 20 e já entrando nesse primeiro quarto de século 21, que convidei Maria Vragova para o papo que vocês ouvirão a seguir.
Maria é russa e vive há décadas no Brasil, onde hoje toca a editora Ars et Vita e organiza o festival Artes Vertentes, que neste ano acontecerá entre os dias 11 e 21 de setembro em Tiradentes, cidade histórica de Minas Gerais.
Contudo, a conversa é mesmo sobre essa literatura russa que chega até os nossos dias, como vinha dizendo. Quem são os nomes que merecem atenção? Como se relaciona com o período soviético? E hoje, como Putin assombra os autores de seu país?
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** O caminho para a programação do Artes Vertentes: https://www.artesvertentes.com/
*** Alguns nomes mencionados no papo: Ivan Búnin; Andrei Platônov; Issac Babel; Mikhail Bulgkákov; Shalámov; Nadejda Teffi; Boris Pasternak; Andrei Bieli; Valentin Rasputin; Ilia Erenburg; Dmitri Bikov; Maria Stepánova; Egana Djabbarova.
**** A ilustração da arte do episódio foi feita por Anna Cunha para a edição da Ars et Vita de “O Amor Pela Pátria e Outras Histórias”, de Andrei Platônov.
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#201 – Afinal, o que é essa tal de autoficção?
Autoficção. Eis um termo que ronda ou toma o protagonismo das discussões sobre literatura no século 21.
Hoje, surge com frequência graças ao trabalho de autores como Annie Ernaux e Edouard Louis. Mas quem acompanha com atenção as conversas literárias lembra que ele já andava colada ao trabalho de nomes como Ricardo Lísias e Cristovão Tezza.
Tem muita gente que ama e outro bom tanto de gente que detesta essa tal da autoficção. Mas, afinal, o que é exatamente isso? De onde ela vem? Dá para colocar num mesmo balaio tudo o que nos é vendido como autoficção?
Para conversar sobre essas e outras questões que convidei Élvio Cotrim para o papo que vocês ouvirão a seguir.
O Élvio é professor de Língua e Literatura Francesa, doutor em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense e mestre em Literatura Francesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Nos últimos tempos, Élvio tem tratado de assuntos que pululam nos debates sobre literatura na newsletter que leva o seu nome. Vale passear por lá após ouvir o nosso papo.
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** O caminho para a newsletter do Élvio: https://elvio.substack.com/
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53:07
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#200 – Livros, leitura, crítica e paixão
Eis que, seis anos depois, chegamos à edição de número 200 do podcast.
É uma marca bem importante. Bom ver o trabalho tendo essa longevidade. Como não poderia deixar de ser, agradeço imensamente a todos vocês pela companhia ao longo dessa jornada.
Para celebrar a marca, um episódio um pouco diferente. Um bate-papo entre leitores com um leitor que admiro pra caramba.
Falo de Júlio Pimentel Pinto, que já esteve aqui em outras duas ocasiões. No episódio 191 conversamos sobre Jorge Luis Borges, uma de suas paixões. Antes, no episódio 179, havíamos papeado a respeito do livro mais recente de Júlio: “Sobre Literatura e História: Como a Ficção Constrói a Experiência”.
Júlio é ensaísta, crítico literário e professor no departamento de história da Universidade de São Paulo e há cerca de 40 anos pesquisa a relação entre nosso passado e a ficção.
Espero que curtam essa conversa sobre leitura, crítica, bibliotecas, desafios do dia a dia e, claro, paixão pelos livros e pela literatura.
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O Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos.
Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.