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Ilustríssima Conversa

Podcast Ilustríssima Conversa
Folha de S.Paulo
A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.

Episódios Disponíveis

5 de 182
  • Lenin Bicudo: Por que a homeopatia ainda é popular no Brasil
    No Brasil, se consultar com um homeopata ou tomar "bolinhas" de homeopatia para lidar com alguma condição médica não é incomum. Também é comum se deparar com questionamentos sobre a eficácia da homeopatia. Mas o que explica a sobrevivência da prática ao longo de séculos de forte avanço da chamada medicina tradicional —e por que tantos médicos e pacientes se engajam com a homeopatia, apesar de não haver comprovação de que os glóbulos funcionem? Essas questões estão no cerne de "Cultura Homeopática: uma Investigação sobre a Comunicação do Desconhecimento", livro recém-lançado do sociólogo Lenin Bicudo Bárbara. Doutor pela USP, Bicudo discute neste episódio as bases da homeopatia e apresenta os principais marcos da sua história no Brasil, como a aproximação com o espiritismo kardecista, o papel de generais no reconhecimento da homeopatia como especialidade médica e as estratégias usadas para preservar a legitimidade da prática e o mercado de seus profissionais. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Lucas Monteiro See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    41:16
  • Juliana Belo Diniz: Transtornos psiquiátricos não são doenças do cérebro
    O Ilustríssima Conversa deste sábado (22) recebe a pesquisadora Juliana Belo Diniz, que atua como psiquiatra clínica e psicoterapeuta no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Diniz é autora de "O que os psiquiatras não te contam", com lançamento em março pela editora Fósforo. No livro, a especialista em pesquisa clínica por Harvard e doutora em psiquiatria pela USP questiona o senso comum sobre os transtornos mentais. Entre eles, o de que seriam resultado de mau funcionamento do cérebro ou de que a especialidade médica se resume a prescrever antidepressivos, calmantes, estimulantes e antipsicóticos. "O conceito de doença não nasce do problema biológico. Não precisa ter algo errado com seu cérebro para a gente dizer que isso é uma doença. Eu defendo que depressão e ansiedade são doenças, porque existem pessoas que sofrem com elas, e que procuram ajuda médica para esse sofrimento, mas não quer dizer que o cérebro delas esteja funcionando errado", a autora afirma no podcast. Produção e apresentação: João RabeloEdição de som: Raphael ConcliSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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    44:39
  • Juliana Dal Piva: Militares mataram Rubens Paiva de diferentes maneiras
    O episódio deste sábado (8) do Ilustríssima Conversa recebe a jornalista e pesquisadora Juliana Dal Piva, autora de "Crime Sem Castigo: Como os Militares Mataram Rubens Paiva" (editora Matrix). O livro traça um panorama das informações disponíveis sobre o assassinato do ex-deputado e revela o esforço jornalístico para encadear descobertas da investigação que levou à identidade dos culpados. Na entrevista, Dal Piva explica como os rastros deixados em documentos históricos ajudaram a expor mentiras em depoimentos e a desmontar a versão criada pelos militares para justificar o “desaparecimento”. A história de Eunice Paiva, esposa de Rubens, e sua luta por posicionamentos do Estado brasileiro sobre o crime contra o marido são o tema de "Ainda Estou Aqui", filme com três indicações ao Oscar e que já rendeu a Fernanda Torres o Globo de Ouro de melhor atriz.Produção e apresentação: João RabeloEdição de som: Raphael ConcliSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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    50:06
  • Leonardo Weller: Direita brasileira deixou de conter extremistas
    O Ilustríssima Conversa recebe nesta semana o historiador Leonardo Weller, professor da FGV São Paulo. Weller é coautor, com Fernando Limongi, de “Democracia Negociada: Política Partidária no Brasil da Nova República”. O livro analisa os pilares do sistema político brasileiro e oferece uma interpretação de momentos-chave da história do país das últimas décadas, como a aprovação da Constituição de 1988 e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Na entrevista, Weller explica por que o livro defende que a construção de consensos caracteriza melhor o funcionamento da política brasileira que o embate aberto entre forças antagônicas. O pesquisador também fala sobre os fatores por trás do que chama do período glorioso da Nova República, os quase 20 anos de governos federais do PSDB e do PT. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    48:45
  • Lattes pagou o preço de ser cientista brasileiro, dizem biógrafos
    No fim da década de 1940, Cesar Lattes tinha pouco mais de 20 anos, mas já vivia anos de glória. Pouco tempo depois de chegar a Bristol, na Inglaterra, ele se firmou como um figura-chave na pesquisa sobre o méson pi, uma nova partícula atômica, descoberta que rendeu o Prêmio Nobel de Física a Cecil Powell, chefe do laboratório em que trabalhou. O próprio Lattes recebeu sua primeira indicação ao Nobel em 49, e a reputação internacional transformou o físico nascido em Curitiba e formado pela USP em um inesperado cientista-celebridade no Brasil. Comprometido a voltar ao país e usar suas credenciais para impulsionar a física brasileira, Lattes recusou convites de universidades de ponta no exterior e logo se viu mergulhado em um cipoal de burocracia, falta de recursos e instabilidade política, que culminou com um caso de corrupção, denunciado por ele, no CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), instituição que tinha se empenhado em criar. Aos 30 anos, o físico enfrentou um episódio de depressão que o obrigou a abandonar o trabalho e ir se tratar nos Estados Unidos. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento eram muito mais frágeis que hoje, mas Lattes se deparava com os sintomas do transtorno bipolar. No centenário do seu nascimento, comemorado em 2024, o livro "Cesar Lattes, uma Vida: Visões do Infinito" revisita a trajetória extraordinária de um dos mais importantes cientistas brasileiros da história. A obra é assinada por Marta Góes e Tato Coutinho e tem organização de Maria Cristina Lattes Vezzani, a segunda filha do físico, e Jorge Luis Colombo. Góes e Coutinho, convidados deste episódio, lançam luz sobre a importância de Lattes em momentos cruciais da física do século passado, mencionam seus embates com o transtorno bipolar ao longo da vida e o situam nas tramas políticas e da ciência brasileira das décadas em que viveu. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    44:55

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