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Antropocast: navegando pela Antropologia

Fred Lucio
Antropocast: navegando pela Antropologia
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5 de 55
  • 54. Transumanismo, Pós-humanismo e Antropotécnica (parte 2)
    Continuando a conversa com o filósofo Marcos Silva e Silva, neste episódio refletimos sobre Antropotécnica, retomando suas relações com o transumanismo, pós-humanismo e a biotecnologia. Como foi visto no episódio anterior (e será retomado aqui), o transumanismo, ao defender o aprimoramento radical da condição humana por meio da tecnologia, e o pós-humanismo, ao questionar os limites ontológicos do 'humano', tensionam as fronteiras entre natureza e cultura, orgânico e artificial. Nesse diálogo, a antropotécnica — enquanto conjunto de técnicas de modelagem do humano — emerge como um campo privilegiado para interrogarmos: que formas de vida estamos criando? Como ficam as questões éticas e morais nesse cenário? O diálogo entre Filosofia e Antropologia revela-se essencial para decifrar os desafios do transumanismo e das antropotécnicas. Enquanto a primeira problematiza os fundamentos éticos e ontológicos da transformação humana (como em Peter Sloterdijk, Martin Heidegger ou Giorgio Agamben), a segunda expõe como essas tecnologias são assimiladas, ressignificadas ou resistidas em contextos culturais específicos, como em Donna Haraway.  A Antropologia nos lembra que toda técnica é culturalmente situada — seja a edição genética, as próteses digitais ou os algoritmos de IA. Juntas, elas desvendam não apenas o que o humano pode vir a ser, mas também como esses projetos são vividos e contestados — evitando tanto a abstração filosófica desenraizada quanto o relativismo antropológico sem crítica. O antropocast propõe a interdisciplinaridade como um caminho possível contra reducionismos.No episódio, ao navegarmos por estas reflexões, nós nos perguntamos: como reimaginar a humanidade sem reproduzir velhas hierarquias, agora sob novos disfarces tecnológicos? Quem é esse ser humano que estamos construindo? Qual o papel da memória, da ancestralidade, da nossa história na singularidade humana?Siga-nos no Instagram: @antropocast
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    56:41
  • 53. Transumanismo, Pós-humanismo e Antropotécnica (parte 1)
    Dando uma pausa em nossas reflexões sobre Mito e sobre as correntes de pensamento na Antropologia, o Antropocast convidou o filósofo e professor Marcos Silva e Silva para um bate papo a respeito de um tema muito atual e que nos toca a todas e todos: diante das revoluções aceleradas da tecnologia e da nossa relação com as máquinas, será que o “ser humano”, como nós conhecemos, está com os dias contados?Foi feito um bate papo bastante provocador sobre perspectivas para o futuro da humanidade a partir das tecnologias que prometem superar o corpo, a mente e até mesmo a morte — e sobre as filosofias que já anunciam um mundo pós-humano, onde as fronteiras entre natureza, máquina e identidade começam a se dissolver.Navegando por autores como Nietzsche, Heidegger, Donna Haraway entre tantos outros e também pelo fascinante universo da ficção científica, a conversa pretende incentivar uma reflexão crítica sobre o mundo dos ciborgues, inteligências (orgânicas e não orgânicas) e tantas outras questões relevantes. Esta é a primeira parte da conversa que continuará no próximo episódio. Contamos também com uma breve participação da professora do departamento de Letras da UFAL, Susana Souto, que nos honrou com a leitura do texto introdutório inspirado livremente no monólogo “Tears in rain”, do personagem Roy Batty, o androide vivido pelo ator Rutger Hauer no clássico da ficção científica no cinema “Blade Runner, o caçador de androides”. Siga-nos no Instagram: @antropocast
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    43:07
  • 52. Observar, Viver, Traduzir: três modos de habitar a diferença na Antropologia Britânica (parte 2)
    Seguindo o balanço entre os três grandes da Antropologia Britânica (Malinowski, Radcliffe-Brown e Evans-Pritchard), constatamos que não estamos apenas diante de três grandes nomes da antropologia — mas de três formas distintas de enxergar o outro e de produzir conhecimento na antropologia. Neste episódio vamos aprofundar um pouco mais quem é esse outro para cada um dos três.Suas diferentes formas de ver o outro se refletem diretamente em estilos de produção de conhecimento e de uma escrita antropológica. Para concluir o episódio, analisamos que se trata de uma questão  epistemológica: qual deve ser o papel da antropologia para cada um deles e, consequentemente, em que isso nos ajuda a pensar a antropologia hoje.Essas diferenças sintetizam aquilo que foi chamado aqui de três modos de habitar a diferença (e a própria antropologia).  Encerrando nossa expedição pela Antropologia Britânica, o episódio é um convite a navegar por esses mares e pensar: qual é, afinal, a nossa forma de habitar essa ciência chamada antropologia?Agradecimento espeical à minha querida amiga Andréa Abrahão Costa, narradora do texto introdutório do episódio. Siga-nos no Instagram: @antropocast
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    1:02:32
  • 51. Observar, Conviver, Traduzir: três modos de habitar a diferença na Antropologia Britânica (Parte 1)
    Este episódio é a primeira parte de um balanço crítico sobre três grandes da antropologia britânica que trabalhamos até aqui, em episódios anteriores: Radcliffe-Brown, Malinowski e Evans-Pritchard. Mais do que nomes fundadores, eles representam três modos de conhecer o outro e construir o fazer antropológico: observar, conviver e traduzir. A partir dessa tríade conceitual, percorremos três eixos fundamentais: quem é esse "outro" estudado pelo(a) antropólogo (a); quem é esse(a) antropólogo(a)? o que é o conhecimento produzido e como o(a) antropólogo(a) deve agir para tornar esta produção possível? Esse dois episódios são, portanto, mais que uma comparação: é um convite à reflexão crítica sobre as heranças, limites e possibilidades de pensar a antropologia não como uma ciência positiva, mas como ciência da presença, da convivência, da tradução e da interpretação.Vem navegar com a gente!Siga-nos no Instagram: @antropocast
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    51:37
  • 50. Estrutural Funcionalismo: Evans-Pritchard
    Edward Evan Evans-Pritchard (1902-1973) é uma das figuras mais notáveis da antropologia britânica do século XX, e sua trajetória intelectual reflete uma transformação profunda no modo como a disciplina concebe seus objetos, métodos e fundamentos epistemológicos. Inicialmente influenciado pelo estrutural-funcionalismo de Radcliffe-Brown, com quem manteve relações acadêmicas próximas, Evans-Pritchard começou sua carreira preocupado com a organização social e os sistemas de parentesco, realizando extensos trabalhos de campo entre os Azande e os Nuer no Sudão. Suas etnografias, como Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande e The Nuer, são consideradas clássicos por sua profundidade analítica e por seu compromisso com o método empírico. No entanto, já nesses trabalhos, é possível notar um deslocamento em relação à tradição funcionalista: ao invés de apenas buscar a função social das práticas, ele começa a valorizar a lógica interna das culturas estudadas, reconhecendo que o pensamento nativo possui uma racionalidade própria.Esse deslocamento teórico se consolida nos anos 1950, quando Evans-Pritchard passa a defender uma concepção da antropologia não mais como ciência natural, mas como ciência do espírito, próxima da história e da filosofia. Inspirado por R.G. Collingwood e Wilhelm Dilthey, ele propõe que a tarefa do antropólogo é a reconstrução interpretativa dos sistemas simbólicos, e não a explicação causal de fenômenos sociais. Essa perspectiva hermenêutica é fortemente visível em Nuer Religion, obra em que a religião é tratada como expressão existencial e simbólica, e não como mero reflexo de estruturas sociais. Suas reflexões sobre tradução cultural, o papel da fé, os limites do racionalismo e as tensões entre ciência e crença revelam um autor que busca incessantemente conciliar sua formação acadêmica com uma profunda sensibilidade ao humano.Evans-Pritchard também exerceu influência institucional duradoura, consolidando Oxford como centro de excelência em antropologia e formando gerações de pesquisadores. Embora tenha sido criticado por não problematizar suficientemente o colonialismo, sua obra representa uma inflexão decisiva rumo a uma antropologia mais ética, reflexiva e comprometida com a escuta e a alteridade.Siga-nos no Instagram: @antropocast
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    1:02:00

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Sobre Antropocast: navegando pela Antropologia

Bem vindes a bordo. Embora conhecida como a ciência do ser humano, a Antropologia continua misteriosa pra maioria das pessoas. Concebendo a aventura antropológica como uma viagem marítima, convidamos os que gostam de navegar pelo conhecimento, a explorar esta fascinante área do saber. Este é um projeto de popularização da ciência e de educação com produção de material didático (mini aulas introdutórias de antropologia) em formato de podcast. Prontos pra iniciar essa viagem? Vamos nessa, pessoal! Siga-nos no Instagram: @antropocast Produção: Fred Lucio Website: https://fredlucio.net
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