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  • A tal masculinidade, hoje.
    O atual crescimento de discursos e atuações ultraextremistas, marcados, entre outros, por pautas anti-mulheres e anti-LGBTQIA+, destaca uma urgência: precisamos compreender os impactos psíquicos na construção da masculinidade atual.  O recente debate global desencadeado pela sérieAdolescência, da Netflix, evidenciou o bombardeio da ciberviolência nos caminhos da subjetivação de crianças e adolescentes. Fóruns como o dos Incels, uma rede de partilha de homens frustrados em seu “direito ao sexo” que pregam aculpabilização das mulheres por seu fracasso sexual, definido-as como oportunistas, interesseiras e superficiais, ganham proporções assustadoras, resultando, em algumas situações, em assassinatos, comumente feminicídios, tal como visto na série.  Nesse sentido, a “Machosfera” constitui-se como um universomasculino radicalizado na internet que migra para o plano da ação. Seus integrantes tanto defendem a violência contra mulheres, quanto propagam a inveja de homens que têm relacionamentos bem-sucedidos. No campo da pesquisa acerca desses fenômenos atuais,conceitos como "masculinidade tóxica", “masculinidade frágil” e“masculinidade Queer” nos fornecem elementos para pensarmos a masculinidade em uma perspectiva atual. Quais os principais desafios de “tornar-se homem”? O que a psicanálise pode oferecer? O que os psicanalistas têm a dizer sobre esse tema?  No programa de hoje recebemos Gary Barker, Doutor emPsicologia do desenvolvimento infanto-juvenil, e Dora Tognolli, psicanalista.
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    1:14:01
  • Violência contra as mulheres
    Em Psicologia das massas e análise do eu, Freud afirma “primeiro cedemos nas palavras, e depois, pouco a pouco, também na coisa.” Começamos a pensar neste episódio de hoje a partir dessa afirmação. Desejávamos, sem eufemismos, falar da violência contra a mulher e incluir no nosso espectro de pensamento as mulheres mais diversas: de todas as classes sociais, brancas, negras, indígenas, refugiadas, estrangeiras, velhas e jovens, lésbicas, bissexuais, homossexuais, transexuais e com seus corpos magros, gordos, marcados por alegrias e tristezas, rugas, tatuagens e cicatrizes. Mas nesse ponto já nos deparamos com um paradoxo: tentar algum tipo de homogeneização sobre a palavra mulher, é um primeiro marcador de violência. Quando colocamos tudo no mesmo saco, desconsideramos a construção subjetiva - o “tornar-se mulher”.A Psicanálise - disciplina nascida através do útero das ditas histéricas - mulheres que diante da violência sofrida não tinham outro remédio senão desenvolver sintomas – ainda não se apropriou de forma definitiva do tema, e muitas vezes psicanalistas desavisados podem utilizar fórmulas e padrões prontos para pensar sobre gênero.Diante desta limitação, uma conversa em um podcast pode ter potência ao legitimar a violência como restrição ao acesso aos bens concretos, mas também gostaríamos de oferecer bens simbólicos como conceitos e ideias que contribuam na construção de um teto de palavras, que por não fazerem concessões, podem funcionar como mais teias nesse grande teto feminista que abriga as mulheres.“Violência contra a mulher” é tema deste programa que faz parte da temporada o Sexual na Polis. E para conversar conosco convidamos a feminista criminalista Carmen de Campos e a psicanalista Susana Muszkat.
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    1:19:10
  • Corpos sem corpo: o mundo virtual hoje
    O tema do uso dos aparelhos celulares nas escolas têm sido um ponto de debate atual no Brasil. Há um projeto de lei em trâmite que visa regulamentar e limitar o uso de celulares nas escolas brasileiras.  Esse projeto conta com um posicionamento favorável do Ministério da Educação.   De fato, na contemporaneidade, as telas têm sido onipresentes nas vidas de crianças e adultos. Atentos às consequências dessa hiper exposição na população mais jovem, alguns países já possuem legislação que limita ou até proíbe totalmente o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas, como é o caso da França, Holanda e China. A Austrália proibiu acesso às redes sociais por menores de 16 anos.   Nesse contexto, acompanhamos casos de sofrimento psíquico devido ao uso abusivo dos celulares ou pela abstinência do uso desses aparelhos. O vício de crianças e jovens em celulares e a ansiedade gerada pela falta de uso do celular já tem um nome: a nomofobia.   Quais as consequências a longo prazo para as novas gerações, nascidas no caldo cultural da onipresença das telas? O que a psicanálise tem a ofertar em perspectivas para esse debate?   Para conversar conosco sobre “Corpos sem corpo” convidamos o filósofo Thiago Gruner e a psicanalista Cris Vasconcelos.  
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    1:13:52
  • Corpos nas cidades
    Em 1923, Freud afirmou que o ego é sobretudo corporal. Com isso, ele demarcou que no corpo se inscrevem significados por onde o Eu poderá se constituir. A partir desse corpo, o sujeito inicia uma troca permanente e única com o mundo. A relação do corpo com a cidade é paradoxal. Os corpos, que ocupam a cidade, podem se invisibilizar ao se converterem em extensões de, por exemplo, automóveis-próteses, ou ao se tornarem padronizados, controlados e disciplinados. Por outro lado, conseguem se ampliar, se exibir, se visibilizar, ao caminhar de maneira singular e criativa a pé pelas ruas. Cada caminhar imprime uma gestualidade, performa uma cidade única, e é mobilizado de forma singular pela cidade. Por meio dos corpos dos indivíduos que a habitam, a cidade se faz. A cidade, assim, se confunde com os corpos, é um espaço público de produção de subjetividades. A depender dos afetos que circulam ela pode construir e ao mesmo tempo destruir subjetividades. Ela regula encontros, oferece palco a existências de alguns e cria muros para outros tantos excluídos. Como viver a cidade? Como experimentá-la? Como pensar os corpos na cidade? Para conversar conosco sobre “Corpos na Cidade” convidamos o bailarino René Sato e a psicanalista Marina Miranda.
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    1:06:15
  • Envelhecer nas cidades
    Embora o aumento da população idosa seja uma realidade perceptível em todo o mundo, com um aumento expressivo na expectativa de vida, há uma contradição: ao mesmo tempo em que a população envelhece, há um culto para que se mantenha jovem a qualquer custo. Neste contexto, a passagem do tempo pode ser vivida de forma dramática, pois fica atrelada às inúmeras perdas inerentes ao envelhecer. Lutos são feitos no decorrer do envelhecimento, tanto físicos quanto psíquicos, que demandam aos ditos “velhos”, reelaborar a própria história. Pensar a velhice, portanto, requer falar de corpo, temporalidade e finitude. Em “A nova ciência da longevidade”, a gerontóloga Rose Anne Kenny, por meio de suas pesquisas, preconiza variáveis que favorecem uma longevidade sadia. São elas: a amizade, o alívio do estresse, o riso, garantir a qualidade do sono, boa alimentação, atividade física, ter um propósito de vida e uma atitude positiva diante dela. Quanto mais cedo abordarmos esses fatores de risco que influenciam o processo de envelhecimento mais reservas poderemos acumular quanto à capacidade do corpo e do cérebro, e maior a probabilidade de retardar os efeitos deletérios desse processo, conforme a especialista. Sabemos, no entanto, que no Brasil nem todas as pessoas consideradas idosas tem essa possibilidade, e isso passa por fatores econômicos, sociais, políticos e culturais que podem tolher as possibilidades para os idosos. Se as pessoas envelhecem, também envelhecem as cidades, e este desafio é travado em conjunto no espaço urbano. Ambos constroem histórias, deixam registros sobre a passagem do tempo e deixam legados. Um dos grandes desafios é manter a sociabilidade, e para isso são necessárias condições que viabilizem a presença e a inclusão de idosos no espaço urbano. No entanto, sabemos que essas possibilidades de circulação e ocupação dos espaços acabam sendo limitadas em boa parte das cidades brasileiras. O que desejam as pessoas mais velhas que buscam análise pela primeira vez, depois de se aposentarem ou mesmo após terem realizado grande parte dos projetos que movem um ser humano na vida? O que buscam os analistas que se dedicam a esse contingente de pacientes idosos? E o que buscam para si analistas que nunca se aposentam? As cidades de hoje ofereceriam essas possibilidades de vida saudável para todos? As cidades oferecem redes de sociabilidade para aquelas pessoas que não tem família, vivem só? A psicanalista Beth Mori da FEBRAPSI conversa sobre o tema “Envelhecer nas cidades” com a escritora Rosiska Darcy de Oliveira e a psicanalista Cibele Brandão
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    1:16:13

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Sobre Mirante

Este é o MIRANTE, um podcast para ouvir psicanalistas e pensadores de outros campos debatendo temas relevantes no nosso cotidiano contemporâneo. O MIRANTE é do Observatório Psicanalítico e pertence à Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi). Venha conosco nessa viagem de olhar o mundo a partir do mirante da psicanálise!
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