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  • Casais: Felizes para sempre?
    Casais que vivem juntos. Casais que vivem separados. Casaisque convivem somente aos fins de semana. Mulheres e homens que não querem mais casar. Jovens que transitam entre gênero, lugar e vínculo com uma naturalidade que desafia os modelos tradicionais. O par romântico, que por séculos organizouo desejo, a economia doméstica e até a cidadania, hoje já não sustenta as mesmas certezas. Se antes o casamento era destino, hoje ele é escolha. Seantes a fidelidade era dever, hoje é contrato. E, no entanto, algo da dor, do ciúme, da solidão, da busca pelo outro permanece. O casal de hoje — seja ele qual for — continua tentando oimpossível: fazer do encontro com o outro algo habitável. O que sustenta, então, um laço? O que o desfaz? E o queresta do amor quando caem as promessas do “felizes para sempre”? Para pensar essas questões, eu tenho a alegria de receberduas psicanalistas que admiro profundamente, que escrevem com coragem e delicadeza sobre gênero, corpo, violência e desejo: Tania Rivera e Helena Cunha Di Ciero.
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    1:34:38
  • Paternidades
    O pai proposto por Freud não é apenas aquele que educa,sustenta ou dá o nome. Ele é também ausência, interdição, memória e mito. Como vimos no episódio anterior do Mirante, em Totem e Tabu, Freud inventa uma cena inaugural da cultura: um pai assassinado, devorado pelos filhos, que retorna como lei e como culpa. Esse pai arcaico funda a civilização ao ser eliminado. É a partir da perda que o pai se torna simbólico, aquele que marca um limite entre o desejo e o mundo. Na história do sujeito, o pai, ao entrar como um terceiro,atravessa a relação com a mãe — não para ocupar seu lugar, mas para separar a dupla mãe-bebê. Essa separação é o que possibilita o sujeito desejar. O pai — ou a função que chamamos paterna — civiliza, introduz a lei, dá nome às coisas,oferece um lugar no mundo. Mas esse lugar nunca está garantido de antemão. Há sempre um resto, uma angústia, um enigma sobre o que é, afinal, ser pai ou ter um pai. Hoje, em tempos de paternidades plurais — homoafetivas,trans, compartilhadas, presentes, ausentes —, seguimos tentando reinventar o que significa cuidar, limitar, nomear, amar. Jorge Lyra e Maria Lucia Ferreira Alvarenga são nossosconvidados neste episódio sobre Paternidades. Jorge Lyra é um dos coordenadores do Instituto Papai e Maria Lucia Ferreira Alvarenga é psicóloga e psicanalista da Sociedade de Psicanálise de Brasília. Eles nos ajudarão a pensar o assuntoem tempos em que a cultura comemora essa função com o “dia dos pais”, e tem  se interrogado sobre o que é, afinal, ser pai — ou ocupar esse lugar — num mundo em transformação.
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    1:20:03
  • Totens e tabus: tudo é culpa da cultura?
    Este episódio se inscreve na temporada “O sexual na polis”,onde nos perguntamos como o desejo, o amor, o gozo, o conflito e a diferença atravessam a vida coletiva. E hoje, partimos de uma provocação que também dá nome ao episódio: “Totens e tabus: tudo é culpa da cultura?”Há mais de um século, Freud escrevia Totem e Tabu, buscandoentender como a cultura se constitui a partir de pactos, interditos e renúncias. No centro dessa hipótese, está um acontecimento traumático — um crime fundador, um gesto de transgressão que funda não apenas a lei, mas também o mal-estar que acompanha a própria experiência de viver em sociedade.A cultura nasce, portanto, de uma ferida. Uma ferida quejamais cicatriza completamente, porque no coração dos laços sociais pulsa algo que não se domestica: o desejo, a violência, o sexual, a ambivalência entre amor e ódio, entre pertencimento e exclusão.Mas será que os totens e tabus de ontem ainda operam hoje?De que modo os interditos, os pactos, as normas e os fantasmas que sustentam a vida coletiva estão se reorganizando na contemporaneidade? O que hoje não se pode desejar, dizer, viver? E, sobretudo, que novos tabus estão sendo produzidos em nome de ideias de progresso, de liberdade ou de pertencimento?Para nos ajudar a atravessar essas questões, recebemosMichel Alcoforado, antropólogo, comunicador, colunista e apresentador do podcast Tudo é culpa da cultura, e a colega Marina Massi, psicóloga, psicanalista da SBPSP que, assim como nós, investiga as ressonâncias do mal-estar na cultura, os efeitos da norma sobre o desejo e os modos como o sujeito se engendra nesse campo tensionado entre lei, gozo e laço social.
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    1:27:24
  • Maternidades, literatura e psicanálise
    Mães que são filhas, mães de filhas que são mães, mulheresque não querem ser mães, mães solo, mães em situação de vulnerabilidade, mães que perderam seus filhos, mães de muitos filhos,mães de um único filho, mães que sempre quiseram ser mães, mães pressionadas pela idealização damaternidade, mães que odeiam a maternidade… Na época de Freud, a maternidade era vista como um sinal dematuridade sexual e emocional da mulher, afinal o único destino cultural previsto para as mulheres era o casamento. A capacidade de ter filhos e cuidar deles era uma expressão da feminilidade alcançada. Assim, nos escritos de Freud, a maternidade é concebida como uma dimensão central da feminilidade, articulando sexualidade, identificações e cuidado.  Quais são as maternidades possíveis hoje? Como a clínica escuta as mães e seus dilemas? Como a cultura, o feminismo e os arranjos familiares contemporâneos colocam em questão a visão clássica da maternidade? E ainda: como a literatura — com sua capacidade de nomear o indizível, de atravessarafetos e criar mundos — pode trazer alguma luz para as sombras dessa experiência? Para conversar sobre as maternidades não como destino, mascomo experiências vivas, singulares, marcadas por desafios, ambivalências e invenções, convidamos as escritoras Rhaina Ellery e Rafaela Degani.
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    1:06:05
  • A tal masculinidade, hoje.
    O atual crescimento de discursos e atuações ultraextremistas, marcados, entre outros, por pautas anti-mulheres e anti-LGBTQIA+, destaca uma urgência: precisamos compreender os impactos psíquicos na construção da masculinidade atual.  O recente debate global desencadeado pela sérieAdolescência, da Netflix, evidenciou o bombardeio da ciberviolência nos caminhos da subjetivação de crianças e adolescentes. Fóruns como o dos Incels, uma rede de partilha de homens frustrados em seu “direito ao sexo” que pregam aculpabilização das mulheres por seu fracasso sexual, definido-as como oportunistas, interesseiras e superficiais, ganham proporções assustadoras, resultando, em algumas situações, em assassinatos, comumente feminicídios, tal como visto na série.  Nesse sentido, a “Machosfera” constitui-se como um universomasculino radicalizado na internet que migra para o plano da ação. Seus integrantes tanto defendem a violência contra mulheres, quanto propagam a inveja de homens que têm relacionamentos bem-sucedidos. No campo da pesquisa acerca desses fenômenos atuais,conceitos como "masculinidade tóxica", “masculinidade frágil” e“masculinidade Queer” nos fornecem elementos para pensarmos a masculinidade em uma perspectiva atual. Quais os principais desafios de “tornar-se homem”? O que a psicanálise pode oferecer? O que os psicanalistas têm a dizer sobre esse tema?  No programa de hoje recebemos Gary Barker, Doutor emPsicologia do desenvolvimento infanto-juvenil, e Dora Tognolli, psicanalista.
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    1:14:01

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Sobre Mirante

Este é o MIRANTE, um podcast para ouvir psicanalistas e pensadores de outros campos debatendo temas relevantes no nosso cotidiano contemporâneo. O MIRANTE é do Observatório Psicanalítico e pertence à Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi). Venha conosco nessa viagem de olhar o mundo a partir do mirante da psicanálise!
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