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  • Giselle Beiguelman discute: arte com IA é arte? ‘Censura algorítmica’ e obsolescência desprogramada
    Em entrevista a Deu Tilt, a artista visual, professora universitária e pesquisadora Giselle Beiguelman desmonta a ideia de que existe “arte criada pela máquina”. Para ela, o que chamamos de arte com IA é sempre arte com tecnologia, feita com a máquina, e não por ela. A grande novidade, inédita na história da arte, é que a tecnologia agora toma decisões durante o processo criativo. Nenhum artista controla 100% seus instrumentos, mas a IA interfere nos rumos da criação. Quando alguém pergunta se arte com IA “é arte”, Giselle responde olhando para o processo. O prompt não é só descrição; é uma experiência que tensiona os meios de produção. A IA muda o campo artístico ao mesmo tempo em que amplia e ameaça. Copiar ficou fácil, criar continua difícil. No lugar do desvio de padrão, que sempre foi motor da arte, o risco é ficarmos presos numa jaula cibernética onde tudo é retroalimentado pelos mesmos arquivos hegemônicos. Arquivos inexistentes podem ser apontados, mas referências que fogem do padrão podem desaparecer. O repertório coletivo corre o risco de se diluir. Para Giselle, o debate gira em torno da democratização do acesso à arte, mas também em torno de quem controla os meios para criar –afinal, os melhores recursos já são pagos. A cultura do padrão reforça repertórios hegemônicos, e os maiores problemas da IA continuam sendo humanos: a reprodução de nossos vieses e modelos culturais.
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    52:29
  • Veo 3 x Sora 2; IA derruba a produtividade; Grokipedia, a Wikipédia do Musk; As startups da fé
    Veo 3 ou Sora 2? Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, colocou frente a frente as duas ferramentas que estão puxando a nova onda de vídeos hiper-realistas feitos por IA. Aposta do Google, o Veo 3 funciona integrado ao Gemini: você escreve um prompt e recebe um vídeo de até 8 segundos. Já o Sora 2, da OpenAI, parece um rival da Meta: cria vídeos de 10 segundos em uma rede social disponível só nos Estados Unidos e para convidados. O desafio é simples: submeter pedidos diretos, do jeito que as pessoas fariam, sem engenharia de prompt ou detalhes técnicos e ver qual plataforma vai melhor. Além do embate, há uma discussão sobre os riscos dos vídeos realistas. O uso indevido da imagem de figuras públicas em situações vexatórias, ofensivas ou completamente contrárias à sua história já provocou saias justas. O Sora 2 foi usado para criar vídeos racistas de Martin Luther King, removidos só depois de pedidos formais da família. O mesmo ocorreu com o ator Bryan Cranston, o Walter White de “Breaking Bad”. Tudo isso levanta uma pergunta que ninguém na indústria parece disposto a responder: por que a plataforma não pede autorização prévia para usar a imagem dessas pessoas? A IA prometeu tudo em relação ao aumento da produtividade no trabalho, mas a entrega ainda está longe das expectativas. Na corrida para não ficar para trás, muita empresa adota IA movida por FOMO (medo de ficar por fora, na sigla em inglês), não por estratégia. O resultado aparece nos números: 95% dos projetos que adotaram a IA com o objetivo de aumentar a produtividade não trazem o retorno esperado. Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz contam como a IA tem matado a produtividade do trabalho, diferente do que se esperava. Um estudo do Stanford Media Lab mostra que o problema tem nome: “work slop”. Sabe quando a pessoa delega para a IA algo que ela mesma deveria fazer, mas a IA entrega um trabalho incompleto, cheio de erros e que precisa ser revisado por outra pessoa? Pois é: “work slop”. Isso derruba a produtividade de equipes inteiras, do gerentes aos subordinados. E os efeitos financeiros são claros: funcionários gastam, em média, duas horas para refazer tarefas mal feitas pela IA. Os custos invisíveis podem chegar a US$ 9 milhões por ano, segundo estimativas de pesquisadores. E aí está o desafio central: como extrair o melhor da IA e dos humanos, sem que um atrapalhe o outro? A birra de Elon Musk com a Wikipedia, apelidada por ele de ‘wokepedia’, levou o magnata a criar sua própria enciclopédia: a Grokipedia. Deu Tilt conta qual a diferença entre as duas: do número de artigos (Wikipédia tem mais de 7 milhões, a Grokipedia tem cerca de 800 mil verbetes, todos produzidos pela própria IA) à produção (na Wikipedia, os textos são escritos e revisados de forma colaborativa por uma comunidade enorme de voluntários, e na Grokipedia não há transparência sobre as fontes). Se Musk queria evitar viés e politização, o resultado foi outro: no verbete sobre o “Black Lives Matter”, por exemplo, o Grok acusa o movimento de defender o fim da família nuclear, o que elevaria a criminalidade nas comunidades negras. A própria organização, em seu site, diz defender diferentes modelos de família, não o fim da estrutura familiar. Há outros problemas na Grokipedia, como fontes majoritariamente dos Estados Unidos,verbetes com vieses racistas, transfóbicos e com teorias conspiratórias. Diante disso, ficam as perguntas: o que pensaria Diderot, um dos criadores da enciclopédia moderna, ao se deparar com a Grokipedia? E mais: por que Musk resolveu investir numa enciclopédia? E outra: se hoje a Wikipedia é fonte crucial para IAs, o que acontece se esses modelos passarem a ser alimentados pelo Grok no futuro?
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    51:42
  • Novo podcast "Estrelas da Capa: As Histórias da Playboy" | Teaser
    A Playboy brasileira esteve no centro de debates sobre fama, desejo, moral, mercado editorial e transformação social. Em “Estrelas da Capa: As Histórias da Playboy”, os jornalistas Adriana Negreiros e Juca Kfouri resgatam memórias dos cinquenta anos desde que a revista foi lançada para entender o que ela dizia – e ainda diz – sobre o Brasil. A série mergulha nos bastidores da redação, nas negociações com as modelos de capa, no jornalismo ousado e nos códigos culturais que moldaram a publicação. Com depoimentos inéditos de editores e produtores, fotógrafos renomados como J.R. Duran e Bob Wolfenson, e entrevistas com as próprias estrelas — como Adriane Galisteu, Maitê Proença e Claudia Raia —, a série reconstrói a trajetória da revista e dá a resposta à questão acerca de como a Playboy, mesmo tendo sido encerrada em 2017, continua a moldar o imaginário brasileiro no que diz respeito à fama, desejo, poder e mídia. Estreia dia 24 de novembro no Spotify e em todas as plataformas do UOL.
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    2:25
  • Atlas x Comet; Uber faz motorista treinar IA; O segredo de Veo3 e Sora2; Pegadinhas de IA
    Atlas ou Comet? Quem vence a batalha dos novos navegadores de IA? O Atlas, da OpenAI, é basicamente um navegador turbinado com recursos de inteligência artificial, uma estratégia da dona do ChatGPT para bater de frente com o Google Chrome, que domina mais de 70% do mercado. Já o Comet é uma aposta menor, mas ousada da Perplexity –a companhia chegou a fazer proposta de compra pelo Chrome. Para descobrir qual dos dois browsers se saem melhor, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz colocaram um contra o outro nessa batalha pelo futuro da internet no novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas. A Uber criou uma nova modalidade de trabalho: e, se em vez de apenas dirigir, os motoristas também treinassem inteligências artificiais? Enquanto estão parados, eles fariam microtarefas, pequenos trabalhos para ensinar robôs sobre o nosso mundo. Ainda é um teste e só funciona em alguns países. Mas o argumento é sedutor: oferecer renda extra. Na prática, o objetivo é para lá de estratégico: a Uber está de olho no promissor mercado de rotulagem de dados para treinar modelos de IA. O negócio já existe, tanto que a plataforma mais popular é o Mechanical Turk, da Amazon e o termo “microtarefa” é de 2008. Hoje, porém, diversas pessoas dependem exclusivamente dessas plataformas. As tarefas variam: rotular mensagens, tirar fotos de situações específicas, descrever imagens, gravar algumas palavras. Como o pagamento é baixo, os trabalhadores passam horas diante da tela, da mesma forma que os profissionais da Uber passam horas dirigindo. Em que momento, os motoristas encontrarão tempo para as microtarefas? O que não nos contam sobre Veo3, do Google, e Sora2, da OpenAI, as mais avançadas IAs de vídeo? Ficamos hipnotizados pela qualidade do resultado dos vídeos gerados por essas ferramentas, mas não sabemos que a IA está, na verdade, aprendendo sobre o nosso mundo. Vamos do começo: a IA possui uma grande grande limitação. Veja os chatbots: seus modelos de linguagem aprenderam a conversar a partir de textos, mas nunca experimentaram nada no mundo do que é descrito apenas em palavras. Para criar vídeos, essa falha ficaria evidente. Mas os desenvolvedores criaram uma alternativa: uma espécie de visão de máquina, permitindo que a IA “leia” o mundo. Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz conversam sobre como estamos ensinando, sem querer, Veo3 e Sora2 a aprender como nosso mundo funciona: leis da física, comportamento das coisas, propriedades dos materiais. O que vai surgir da junção entre modelos de linguagem e IAs que experimentam o mundo ainda é imprevisível. Talvez robôs que agem sozinhos? Encanadores bombadões, faxineiras gatas ou mendigos aparecem em casa. O susto de quem deixou uma criança sozinha ou de um marido ou esposa ciumentos é imediato. A inteligência artificial elevou o nível das pegadinhas na internet, com vídeos hiperrealistas que deixariam o saudoso Ivo Holanda no chinelo. Era para ser só uma trolagem envolvendo traição ou invasão de domicílio. Mas têm provocado impacto concreto à medida que a polícia tem sido acionada para resolver chamados. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes explicam como as pegadinhas com IA miraram nas gracinhas de casal, mas acertaram na discussão sobre a morte do “ver para crer”. Talvez antes mesmo de qualquer futuro distópico em que máquinas dominam seres humanos, vamos encarar outro colapso: e se a IA nos impedir de compreender o que é a realidade?
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    54:34
  • Gov.br: os bastidores do app que deixa NFL e WhatsApp para trás
    O gov.br já é o maior balcão digital do país e um dos maiores do mundo. São cerca de 5 mil serviços públicos disponíveis sem sair de casa: dá pra pedir aposentadoria, consultar o histórico de vacinação, assinar documentos e até fazer prova de vida com validade legal. É o que conta Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, em entrevista ao Deu Tilt, podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas. Tudo isso num sistema que hoje reúne 170 milhões de brasileiros cadastrados. Os picos de acesso impressionam ainda mais: 130 milhões de pessoas conectadas ao mesmo tempo para o Enem, a declaração de imposto de renda e a renegociação de dívidas. É mais do que a audiência do Super Bowl, o evento na TV mais assistido do planeta. O gov.br já é a ferramenta que conecta os principais serviços federais, mas uma das prioridades é a integração com estados e municípios, diz Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, a Deu Tilt. Essa, porém, é a conexão na esfera pública. Levar o ⁠gov.br⁠ para o mundo dos bancos e outras instituições privadas não está descartada. Mascarenhas destacou também o Balcão gov.br, parceria com prefeituras e empresas públicas como os Correios para ajudar pessoas sem familiaridade digital a usar a plataforma. A ideia é fazer o governo digital chegar a todos. A integração fica ainda mais poderosa com a nova carteira de identidade, o “Novo RG”, conectada ao ⁠gov.br⁠ para permitir personalização e identificação mais precisa, além de abrir caminho para recursos como confirmação etária, um dos pilares do ECA Digital. Outro avanço vem da parceria com CPQD, MCTI e Finep, que vai usar inteligência artificial para melhorar os chatbots e o suporte aos cidadãos, inclusive com fala regionalizada.  Muita gente pergunta: ‘se a Amazon cair, o gov.br cai junto?’ A resposta é ‘não’, diz o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas, em entrevista a Deu Tilt. Apesar de usar infraestrutura das big techs, o sistema é desenhado para ter diversidade de provedores e camadas de segurança. Isso garante que o serviço continue no ar mesmo em casos de falha. Essa estrutura é parte da ideia de soberania digital: manter as decisões e os dados sob controle do Estado, sem depender de uma única empresa. Os ciberataques são inevitáveis, diz Mascarenhas, sobretudo à medida que o país se digitaliza. Mas o investimento pesado em segurança da informação garante protocolos de resposta rápida. Outra dúvida é se o gov.br armazena dados sensíveis, como os da saúde ou da previdência. A resposta também é “não". Cada conjunto de informações fica nas bases de seus próprios órgãos e só são integradas ao portal para uso específico. O secretário não esconde que o portal é alvo de fraudes, mas ele alerta que elas têm origem em práticas que todo usuário pode mudar. O secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, contou no Deu Tilt que a integração do ⁠gov.br⁠ com o setor privado deve acontecer aos poucos, de forma segura e com base nas regras da Lei Geral de Proteção de Dados. Ele explicou que o uso de informações públicas por empresas vai depender de financiamento, já que o Estado não vai custear serviços privados com dados dos cidadãos. Isso significa que, à medida que o gov.br abre novos canais para o mundo corporativo, novas estruturas de segurança e controle terão de ser criadas. E nada será feito sem o consentimento explícito do usuário, conforme determina a LGPD. Mascarenhas reforçou que a digitalização não é só sobre conveniência, mas também sobre eficiência. O impacto já pode ser visto na redução das filas de atendimento do INSS: hoje, 90% dos serviços estão disponíveis online, via o Meu INSS integrado ao ⁠gov.br⁠. A meta é levar essa agilidade também para outras áreas, como saúde, onde a digitalização pode ajudar a diminuir as filas do SUS.
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    54:35

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