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Histórias de ter.a.pia

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Histórias de ter.a.pia
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  • Fiquei dias sem tratamento médico após as chuvas destruírem meu bairro
    Alice mora no bairro do Ibura, na periferia do Recife. Quando as chuvas fortes atingiram a comunidade em 2022, barreiras deslizaram e casas inteiras foram soterradas. Amigos e vizinhos de Alice morreram, e ela, que é cadeirante e depende de acessibilidade para se locomover, ficou sem acesso ao seu tratamento fisioterapêutico.Mas foi justamente no meio do caos que Alice decidiu reagir. Junto a outros jovens da comunidade, começou a organizar doações, preparar refeições e visitar famílias que tinham perdido tudo. O que começou como uma ação emergencial se transformou em movimento. Da união nasceu o Coletivo Arte na Favela, um grupo criado por ela para mobilizar e educar os jovens do Ibura sobre as mudanças climáticas através da arte.Com o tempo, o coletivo virou espaço de escuta, aprendizado e reconstrução. Através da pintura, da música e do teatro, Alice e seus colegas passaram a falar sobre o impacto das mudanças climáticas, a importância do cuidado com o território e o direito de viver com dignidade, mesmo nas áreas esquecidas da cidade.Para ela, o que aconteceu no Ibura não foi apenas uma tragédia ambiental, mas um retrato de como as mudanças climáticas atingem, primeiro e com mais força, quem vive nas margens.Hoje, integrante do Conselho Jovem do UNICEF, Alice leva sua voz para além da comunidade, lembrando que cada enchente, cada deslizamento e cada vida perdida tem uma história por trás.Para ela, “quando a natureza sofre, a gente sofre junto” porque cuidar da terra é cuidar da gente também. A história da Alice faz parte da parceria entre o UNICEF e o Histórias de ter.a.pia para alertar sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida de crianças e adolescentes no Brasil. As pessoas retratadas não necessariamente são beneficiárias de programas implementados pelo UNICEF ou por parceiros.
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    7:01
  • Não cuidei da saúde e infartei durante minhas férias
    Vanderlei e a esposa tinham planejado alguns dias de descanso em Fortaleza, mas, no meio de um passeio na praia, ele começou a se sentir muito mal. A vista escureceu, a respiração faltou e a dor no peito se tornou insuportável. A cada passo, ele sentia como se o pulmão fosse esmagado.A esposa correu em busca de ajuda, mas ouviu que ali só havia um pequeno posto de saúde. O hospital mais próximo ficava a quase três horas de distância de onde os dois estavam. No caminho, o braço esquerdo de Vanderlei começou a doer como se estivesse sendo atravessado por um ferro em brasa. O medo maior, no entanto, não era da morte. Era da esposa voltar para casa com ele em um caixão.No hospital, veio a confirmação: Vanderlei tinha sofrido um infarto. As artérias estavam quase totalmente obstruídas. Ele precisou passar por uma cirurgia de cateterismo às pressas. Foram mais de vinte dias internado, entre fisioterapias dolorosas, crises de choro e a sensação constante de que poderia não resistir. Tudo isso longe de casa, já que os dois estavam em Fortaleza, mas moram em São Paulo.O que o manteve de pé foi a presença da esposa. Ele não deixava que ela saísse nem por alguns minutos. Era a mão dela segurando a sua que lhe dava força para enfrentar cada procedimento, cada medo, cada madrugada gelada na UTI de hospital.Sete anos depois, Vanderlei ainda se emociona ao lembrar do que viveu. O infarto deixou cicatrizes físicas e emocionais, mas também mudou como ele enxerga a vida. Hoje, agradece por estar vivo e por ter sua esposa ao lado quando tudo parecia terminar. Ao olhar para trás, Vanderlei vê o quanto negligenciou sua saúde, sem ter uma rotina com alimentação saudável, exercícios e acompanhamento médico, e faz um alerta: saúde em primeiro lugar sempre!A história do Vanderlei é uma parceria do Histórias de ter.a.pia com a Novartis para a campanha #OVilãoDoSeuCoração para conscientização dos perigos do colesterol ruim.Saiba mais sobre o Vilão do Coração em saude.novartis.com.br/vilaodocoracao/#OVilaoDoSeuCoracao #SaúdeCardiovascular #Prevenção #ControleDoColesterol #CuideDoSeuCoração #PubliNovartis BR-36281
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    7:46
  • A cama da minha filha fica em cima de tijolos pra fugir das enchentes
    Toda vez que começa a chover, Ágata fica em alerta. Ela tem só 6 anos, mas já sabe o que precisa fazer: guardar os brinquedos, levantar os cadernos e separar suas roupas. A água entra rápido na casa onde mora com o pai, Rafael, e eles aprenderam a reagir depressa para tentar salvar o que podem.Rafael mora na Baixada da Sobral, bairro periférico e o mais populoso de Rio Branco, no Acre, em uma área que alaga quase sempre. Atrás da casa dele passa um córrego estreito, que recebe água da chuva e também a água suja liberada pela empresa de abastecimento. O resultado é sempre o mesmo: o córrego transborda, as ruas desaparecem e muitas famílias ficam ilhadas.Ele e a filha já perderam fogão, cama, armário. Hoje, vivem com tijolos empilhados em casa para levantar os móveis quando a água sobe. Mesmo assim, muitas vezes passam horas presos dentro de casa, sem luz, sem internet e sem como sair. Quando a escola de Ágata alaga, ela perde aula. Cansado de ver a situação se repetir, ele começou a usar o humor como forma de protesto e transformar isso em ferramenta de denúncia. Gravou o primeiro vídeo satirizando as enchentes do bairro, o conteúdo viralizou e o tornou uma voz entre os vizinhos.Rafael também organizou manifestações pacíficas para cobrar ações do poder público. Em uma delas, acabou sendo agredido e detido por um policial. No mesmo dia, à noite, o bairro voltou a alagar. Mesmo assim, ele não parou de cobrar.Hoje, Rafael usa as redes sociais para mostrar a realidade das mais de 100 mil pessoas que vivem em seu bairro. Fala sobre os impactos ambientais, o descaso das autoridades e a falta de saneamento. E, no meio de tudo isso, tenta ensinar à filha que vale a pena continuar tentando.A história completa do Rafael e da Ágata você assiste no site historiasdeterapia.com.A história dos dois faz parte da parceria entre o UNICEF e o Histórias de ter.a.pia para alertar sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida de crianças e adolescentes no Brasil. As pessoas retratadas não necessariamente são beneficiárias de programas implementados pelo UNICEF ou por parceiros.
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    7:51
  • Eu vi meu bairro pegar fogo por conta das mudanças climáticas
    João já nasceu lutando pela vida. No seu parto, os médicos diziam que só poderiam salvar uma vida, a dele ou da mãe. Os dois sobreviveram e João veio ao mundo muito cheio de uma força que só cresceria com o tempo.Sua mãe era uma mulher trabalhadora da periferia de Belém, no Pará, e enfrentava o sol escaldante diariamente indo para o trabalho, que a fez desenvolver um câncer de pele.Quando João tinha 2 anos, sua mãe partiu por conta da doença que avançou rápido demais.Crescer sabendo dessa história fez João entender o que muitos adultos ainda custam a perceber: as mudanças climáticas e as desigualdades sociais matam pessoas reais como a sua mãe.Na Ilha de Caratateua, onde vive com os avós, João sente esses impactos todos os dias: o calor intenso na escola, os incêndios que cercam as casas e as chuvas que alagam as ruas. João cresceu em meio à fé protestante e à consciência de que a Terra também precisa de cuidado. João entendeu, aos 13 anos, o quanto a mudança nasce quando as pessoas se unem.A primeira vez que mobilizou a vizinhança foi por causa do lixo que tomava a sua rua. Ali ele reuniu alguns vizinhos, puxou o lixo pro meio da via, fechou as avenidas e chamou atenção das autoridades.Depois disso, sua voz foi ficando mais alta. Quando foi convidado para ser Conselheiro Jovem do UNICEF Brasil, João entendeu que sua luta, antes local, agora ecoava em todo o país.Representando a juventude amazônica, ele se tornou uma das vozes mais potentes na defesa do meio ambiente e na busca por justiça climática.Hoje, aos 16 anos, ele é conhecido como João do Clima, um jovem que luta por sua comunidade, pelos rios, pelas florestas e pelas pessoas que, assim como sua mãe, sofrem as consequências da desigualdade e da crise ambiental.A história de João faz parte da parceria entre o UNICEF e o Histórias de ter.a.pia para alertar sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida de crianças e adolescentes no Brasil. As pessoas retratadas não necessariamente são beneficiárias de programas implementados pelo UNICEF ou por parceiros.
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    9:50
  • De vítima à policial: minha história ajuda outras mulheres vítimas de violência
    A vida inteira da Rosany foi marcada por recomeços. Ela sobreviveu ao acidente que levou o pai, a avó e a irmãzinha quando tinha apenas dez anos. Passou um mês em coma, fez nove cirurgias no rosto e cresceu vendo a mãe tentar lidar com a dor tomando calmantes.Aos quinze, engravidou e se casou. Trabalhou sem parar para sustentar as filhas enquanto o marido se perdia no alcoolismo. Até que um dia, depois de mais uma agressão, ela reagiu. Pegou a tábua de passar e quebrou o nariz dele. Era o eco do que o pai dizia: “criei vocês pra não apanhar de homem.”Separada aos 23, Rosany voltou a estudar e decidiu prestar concurso para a Polícia Civil. Passou, enfrentando o preconceito por ser mulher, separada e policial. Na Delegacia da Mulher, encontrou histórias parecidas com a sua e fez delas um propósito. Criou uma brinquedoteca, trouxe psicólogas voluntárias e usava a própria história para encorajar outras mulheres a romper o ciclo da violência.Mas a vida ainda a colocaria à prova. O segundo marido foi assassinado, e ela precisou reerguer as filhas sozinha mais uma vez. Depois veio a pandemia e a Covid, que quase a levou. Entubada por 30 dias, prometeu que, se saísse viva, faria algo com o tempo que lhe restava.Com 60 anos, matriculou-se de novo na faculdade de Direito, o mesmo curso que havia abandonado décadas antes. Rodeada de colegas que poderiam ser seus netos, ela se sentiu acolhida e viva.Rosany diz que todo conhecimento que a gente adquire aqui é pra eternidade. Que a vida pode até nos derrubar, mas nunca é tarde para recomeçar. Se ela conseguiu, você também consegue.
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    6:38

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