Obra caríssima e gigantesca, a usina hidrelétrica de Belo Monte trouxe uma série de consequências para a região de Altamira, no Pará. O ciclo do rio foi alterado, afetando flora e fauna e impactando diretamente a vida de povos indígenas e ribeirinhos. Quase dez anos depois de as águas começarem a ser desviadas para a geração de energia elétrica, eles ainda sofrem esses impactos e temem pelo futuro de suas famílias. Tudo isso para quê? O Brasil precisava de Belo Monte? E hoje a hidrelétrica faz sentido?São perguntas fundamentais no momento em que o Ibama está analisando se vai conceder a renovação da licença de operação da hidrelétrica, há anos vencida. No centro dessa análise, estão as duas questões tratadas nesta série: a quantidade de água para a Volta Grande do Xingu e o direito de retorno dos ribeirinhos para as margens do rio. O futuro de ambas também não está garantido. Ouça o episódio completo e dê sua opinião nos comentários.
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Xingu em Disputa EP03: a luta para voltar para casa
Neste episódio, viajamos para o outro lado da barragem, onde o rio Xingu foi transformado em um reservatório da hidrelétrica de Belo Monte, o que expulsou centenas de famílias ribeirinhas de suas casas em um processo traumático e repleto de violência. Se na Volta Grande a água falta, nessa região o excesso de água arrancou à força de suas terras nas ilhas e nas margens do Xingu os beiradeiros, que agora lutam para voltar para perto do seu rio - de onde preferiam nunca ter saído.A repórter Isabel Seta nos conduz por esta história de reação e conta como os beiradeiros se organizaram para reivindicar o direito de retornar para o rio e, mais do que isso: definir como esse retorno deveria acontecer. Mas, quase sete anos depois de terem conquistado esse direito, dezenas de famílias ainda não foram reassentadas nas margens do Xingu. Vamos conhecer os beiradeiros envolvidos nesse processo e através deles entender por que voltar para o rio continua urgente. Ouça o episódio completo e compartilhe sua opinião nos comentários.
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Xingu em Disputa EP01: um rio escravizado
Ao longo de milênios, as águas cristalinas do Xingu moldaram uma paisagem especial, com biodiversidade única e lar de centenas de pessoas, no coração do estado do Pará. Ali, todos dependiam dos ciclos de cheia e seca desse grande rio amazônico. O Xingu era o pulso. Até que o estado brasileiro decidiu usar esse pulso para mover uma usina hidrelétrica. Barrou as águas do rio. E mudou absolutamente tudo. Neste episódio, mergulhamos na transformação forçada do Xingu, que de rio fonte de vida virou reservatório, fonte de energia, pela voz de quem ainda vive as consequências. A pescadora Sara Rodrigues Lima, nascida e criada na beira do Xingu, conta como era o rio que ela conhece tão intimamente desde criança. E descreve como foi assistir à construção da “maior hidrelétrica 100% brasileira”. Com a repórter Isabel Seta, ela resgata o passado dessa obra gigantesca, idealizada ainda na ditadura e levada a cabo pelos governos Lula e Dilma. Uma história que ainda não acabou e, por isso mesmo, precisa ser contada. Ouça o episódio completo e conte para a gente o que achou nos comentários.
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Xingu em Disputa EP02: o sacrifício da Volta Grande
O que acontece com um rio quando ele deixa de ter água suficiente para se manter? Desde que o Xingu teve suas águas barradas pela usina hidrelétrica de Belo Monte, indígenas e ribeirinhos sentem na pele a resposta dessa pergunta. Na Volta Grande do Xingu, trecho do rio de cerca de 130 quilômetros de extensão, eles foram os primeiros a sentir o impacto do controle das águas, imposto pela usina. Se antes o rio enchia e secava conforme as estações, num ciclo natural criado ao longo de milênios, agora as águas respondem à operação da hidrelétrica. A usina e o governo federal sempre minimizaram os impactos dessa transformação, denunciados pelos povos locais. Por isso, os moradores resolveram que eles mesmos iam levantar provas dos problemas. E nenhuma evidência se mostraria mais visível do que episódios de morte em massa de ovas de peixes. Neste episódio, a repórter Isabel Seta nos leva para viajar pela Volta Grande com beiradeiros e indígenas que fazem parte dessa iniciativa inédita de monitoramento e descobrir o que eles vêm registrando. Ouça o episódio completo e deixe sua opinião nos comentários.
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VEM AÍ XINGU EM DISPUTA
Série em 4 episódios mergulha na transformação forçada do rio Xingu após Belo Monte“Monstro devorador”. É assim que a pescadora Sara Rodrigues Lima, nascida e criada na beira do rio Xingu, define a maior hidrelétrica “100% brasileira”, construída em um dos maiores rios da Amazônia brasileira. Faz quase dez anos que a usina de Belo Monte barrou o Xingu e passou a “devorar” as águas que, antes, sustentavam a biodiversidade e a riqueza cultural de um lugar único. As consequências desse barramento continuam até hoje, impactando diretamente a vida da Sara e de centenas de outros beiradeiros e indígenas. São eles que nos conduzem neste podcast narrativo, que mergulha na transformação forçada do Xingu, que de rio fonte de vida se tornou reservatório, fonte de energia elétrica. São eles também que protagonizam duas iniciativas inéditas no país para recuperar seu rio e seus modos de vida. No momento em que o Ibama está analisando se renova, ou não, a licença de operação da hidrelétrica e no ano em que o Pará sedia a mais importante Conferência do Clima da ONU, a repórter Isabel Seta mostra a importância do trabalho dos povos tradicionais nessa história que começou faz tempo, mas ainda está longe de acabar. Disponível em todos os tocadores a partir da próxima quarta,27 de agosto.
Uma série que investiga quem dá as cartas e quem sofre as consequências dos conflitos que pairam sobre a Amazônia hoje || Vem aí Xingu em disputa, série em quatro episódios que mergulha na transformação forçada do rio Xingu após a construção da hidrelétrica de Belo Monte. A partir da próxima quarta, 27 de agosto, a repórter Isabel Seta mostra como o rio, antes fonte de vida, se tornou reservatório e fonte de energia, alterando a natureza e o cotidiano dos povos que vivem em seu entorno. A série acompanha a luta de beiradeiros e indígenas, que hoje protagonizam iniciativas inéditas para recuperar o Xingu e seus modos de vida. Uma história que começou há quase dez anos, mas que ainda está longe de terminar.As demais temporados do Amazônia sem Lei e do especial Morte e Vida Javari também seguem disponíveis. Não deixe de ouvir e compartilhar o que acha do temas nos comentários.