BOMBA POPULACIONAL: O PESADELO DE MALTHUS - HISTÓRIA DO DINHEIRO EP. 8
No fim do século XVIII, Thomas Malthus lançou a ideia mais incômoda da economia: populações crescem em ritmo mais rápido do que a produção de alimentos — e, sem freios, a miséria volta sempre. Neste vídeo, partimos do “Scrooge” de Dickens para entender por que Malthus virou o “estraga-prazeres” da era vitoriana, como sua aritmética (população x alimentos) dialogou com a “lei de ferro dos salários” de Ricardo e por que utopistas como Owen, Fourier e Saint-Simon rejeitaram esse pessimismo. Depois, mostramos o que a história fez com essa tese: medicina, saneamento, produtividade agrícola, energia a vapor e a Revolução Industrial desmontaram os velhos limites; a renda disparou, a mortalidade caiu e a própria fertilidade encolheu — invertendo a profecia malthusiana.No final, você sai com um mapa simples: o que Malthus acertou, o que errou e o que ainda importa para entender crescimento, pobreza e demografia hoje. Comente: qual parte da tese malthusiana você acha que ainda se aplica — e onde ela falha de vez?
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COMO PUTIN PODE DESTRUIR A OTAN?
A Rússia está atolada na Ucrânia — mas isso significa que ela não pode ameaçar a OTAN? Neste vídeo, explico por que essas duas coisas não se anulam. Mostro como Moscou poderia buscar uma vitória política, e não territorial, por meio de uma campanha curta e de alta intensidade desenhada para fraturar a aliança: incursão limitada em ponto vulnerável (como o Suwalki Gap entre Polônia e Lituânia), “santuarização agressiva” com ameaça nuclear tática, ataques convencionais contra infraestrutura europeia e operações híbridas (sabotagem, desinformação, pressão migratória). Detalho o que a Rússia precisaria reunir para isso — forças de ruptura apoiadas por drones de elite, blindados e artilharia; estoques crescentes de mísseis e UAVs de longo alcance; e uma postura nuclear capaz de coerção — e por que esse pacote pode ficar disponível assim que a guerra na Ucrânia desacelerar. Também discuto como a OTAN deve responder: defesa avançada nas fronteiras, reposicionamento de tropas e indústria de defesa em escala, integração de defesa antiaérea/míssil, capacidade crível de contra-ataque e mensagem clara de que chantagem nuclear não funcionará. Sem panfletos e sem catastrofismo: um guia direto para entender o risco real, o cronograma provável e o que Europa e aliados precisam fazer agora para manter o conflito frio e impedir que uma provocação localizada se transforme no colapso da dissuasão coletiva.
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QUEM MANDA NO MUNDO?
A competição entre grandes potências voltou a ordenar o mundo — mas, por trás das manchetes, há um choque mais antigo e decisivo: terra vs. mar. Neste vídeo, eu explico por que as fontes de poder de um “mundo continental” (fronteiras, exércitos massivos, esferas de influência e guerras de soma zero) colidem com a lógica do “mundo marítimo” (comércio, rotas oceânicas, cabos submarinos, cooperação e crescimento composto). A partir de casos concretos — do manual britânico contra Napoleão ao pós-1945, passando pela sobrecarga da Alemanha e do Japão, o colapso soviético, e os dilemas atuais de Rússia, Irã, Coreia do Norte e China — mostramos como prosperidade e segurança emergem quando rotas estão abertas e instituições funcionam, e por que estratégias continentais tendem a empobrecer até vencedores aparentes. Discutimos também quando sanções funcionam, por que alianças são “aditivas”, como evitar atoleiros sem acesso marítimo e o que acontece se os EUA trocarem o paradigma marítimo por um isolacionismo de tarifas e muros. No fim, você terá um mapa mental claro para ler a “segunda Guerra Fria”: manter o conflito frio, proteger os bens comuns do mar, fortalecer parceiros e usar a superioridade de geração de riqueza para conter revisionismos — sem panfletos, sem maniqueísmo. Se curte história estratégica, geopolítica e economia política internacional, este episódio é para você. Comente o que mais te surpreendeu e qual caso histórico melhor explica o presente.
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REFÉNS VOLTAM DE GAZA PARA ISRAEL: COMO O HAMAS ACEITOU O ACORDO?
Depois de 2 anos de guerra, finalmente os reféns foram libertados em Gaza. Mas qual a razão disso ter acontecido nesse momento? Como Donald Trump conseguiu pressionar de modo eficiente tanto Israel quanto seus parceiros árabes para colocar de pé o acordo?Vou tentar responder essas e outras perguntas nesse vídeo.
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O PESADELO DA HUMANIDADE: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E BOMBAS NUCLEARES
No vídeo de hoje, juntamos dois temas que podem redefinir a segurança global: inteligência artificial e dissuasão nuclear. A IA promete acelerar decisões militares, integrar satélites, drones e sensores para rastrear lançadores móveis e submarinos, cegar redes de comando e controle com ciberataques e, em tese, até fortalecer defesas antimísseis. Mas será que isso derruba a lógica do “segundo golpe” e coloca a destruição mútua assegurada em xeque? Mostramos por que o “primeiro golpe perfeito” continua improvável diante de limites físicos, ruído nos sensores, contramedidas de engano e redundâncias construídas há décadas (de bunkers profundos a constelações de satélites). Ainda assim, a simples percepção de superioridade por IA pode empurrar países a produzir mais ogivas, dispersar arsenais, delegar autoridade de lançamento e encurtar cadeias de comando — aumentando o risco de erro e escalada, especialmente em rivalidades sensíveis como Índia e Paquistão. No curto prazo, a IA não garante dominância total; no longo, pode agravar a volatilidade.
Heni Ozi Cukier (HOC) é cientista político, professor e palestrante. Formou-se em Filosofia e Ciências Políticas nos Estados Unidos. É mestre em Resolução de Conflitos e Paz Internacional pela American University, em Washington DC.
Nos Estados Unidos, trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, na Organização dos Estados Americanos (OEA), no Woodrow Wilson Center e em outras organizações americanas.
HOC também é professor de Relações Internacionais e tem popularizado o conhecimento sobre geopolítica por meio de seu canal PROFESSOR HOC no YouTube, que é o maior canal de geopolítica do Brasil.