Flávio Bolsonaro: pré-candidatura como moeda de troca
Convidado: Octavio Guedes, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Anunciada pelo próprio filho mais velho de Jair Bolsonaro, a escolha de Flávio para disputar a Presidência em 2026 mexeu com o tabuleiro eleitoral. Na sexta-feira (5), o senador pelo Rio de Janeiro surpreendeu aliados e opositores ao tornar público que recebera a missão diretamente de seu pai, o ex-presidente que está preso por tentativa de golpe de Estado. A decisão de Jair se deu ao fim de uma semana agitada no clã Bolsonaro. Dias antes, a ex-primeira-dama Michelle implodiu publicamente a tentativa de amarrar uma aliança do PL com Ciro Gomes no Ceará. Flávio e Carlos Bolsonaro a criticaram em público; pouco depois, Flávio se desculpou. A pré-candidatura de Flávio, no entanto, nasceu sob desconfiança dos líderes dos partidos do Centrão, com preferência por governadores que se colocam como opção para a disputa. Caso dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD). No fim de semana, o próprio Flávio ponderou a possibilidade de não ir até o fim ao dizer que sua pré-candidatura “tem um preço” e poderia ser retirada caso uma contrapartida fosse oferecida em troca. Para analisar e explicar o cenário no qual Jair Bolsonaro ungiu seu filho mais velho para disputar a Presidência, Natuza Nery conversa com Octavio Guedes, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Na conversa, Octavio Guedes comenta as movimentações do centro, da direita e do bolsonarismo, além de projetar a viabilidade política e eleitoral de Flávio nas urnas em 2026.
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A corrida pelas riquezas do fundo do mar
Convidados: Letícia Carvalho, Secretária-Geral da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês); e Luigi Jovane, professor do departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica do Instituto Oceanográfico da USP. O solo do oceano é um imenso depósito de elementos químicos. Entre eles, cobre, ferro e zinco, essenciais para a produção de chips, baterias de carros elétricos e painéis solares. Eles são encontrados a cerca de 5 km de profundidade, onde somente máquinas conseguem suportar a pressão da água e as baixíssimas temperaturas. E o potencial econômico do fundo do mar gera uma corrida internacional por sua exploração comercial. O presidente dos EUA, Donald Trump quer impulsionar a atividade até em águas internacionais, que representam 66% de toda a área do oceano. Mas a quem pertencem essas riquezas? Eleita secretária-geral da Autoridade Internacionais dos Fundos Marinhos, a oceanógrafa brasileira Letícia Carvalho é entrevistada de Victor Boyadjian neste episódio. Letícia explica a necessidade de haver um marco legal para a exploração de águas profundas e em que pé estão as discussões sobre isso. Letícia responde quais são os instrumentos internacionais necessários para garantir que as regras de exploração comercial sejam cumpridas. Antes, a conversa é com Luigi Jovane, geofísico e professor do Instituto Oceanográfico da USP. É ele quem detalha quais são os minerais encontrados no fundo do oceano e qual a importância deles para a economia mundial. O professor fala quais são as tecnologias envolvidas neste tipo de exploração e quais são os riscos envolvidos para o meio ambiente.
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29:06
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A economia agora e as perspectivas para 2026
Convidado: Samuel Pessôa, pesquisador do FGV IBRE e do BTG Pactual e doutor em economia pela USP. O resultado do PIB do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (4), mostrou uma desaceleração da economia brasileira. A perda de fôlego – avanço de apenas 0,1% no período – já era esperada e aponta para um crescimento acima de 2% no ano. Enquanto isso, a inflação recua para 4,4%, taxa dentro do limite da meta para os últimos 12 meses – na contramão do que previa o mercado, que estimou elevação de preços na ordem de 6% para 2025. Para explicar o que esses números dizem sobre o momento da economia brasileira e o que esperar para 2026, Victor Boyadjian conversa com Samuel Pessôa. Doutor em economia pela USP e pesquisador do FGV Ibre e do BTG Pactual, Pessôa analisa os dados macroeconômicos do país e diz por que o resultado de 2025 foi superior àquilo que previa o mercado – e dá alertas sobre possíveis armadilhas, sobretudo no aspecto fiscal. Pessôa comenta também por que, mesmo com o mercado de trabalho aquecido, a inflação parou de acelerar – e como isso se relaciona à expectativa na taxa de juros em 2026. Ele ainda analisa os motivos que levam a bolsa de valores a registrar recordes nas últimas semanas e aponta perspectivas para a economia brasileira sob o impacto de influências externas e internas.
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A disputa de força entre os Poderes
Convidado: Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV de São Paulo. Horas depois de o ministro do STF Gilmar Mendes decidir que apenas a Procuradoria-Geral da República pode pedir o impeachment de integrantes da Corte, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez um pronunciamento defendendo a prerrogativa da Casa de abrir processos deste tipo. A decisão de Gilmar ainda precisa ser referendada pelo Plenário do Supremo. Antes, a lei permitia que essa fosse uma prerrogativa de “todo cidadão”. A rusga é mais um elemento no recente atrito entre o Congresso e os outros dois Poderes. O Senado e o Executivo vivem uma crise desde que o presidente Lula indicou Jorge Messias para uma vaga no STF. Messias precisa ser aprovado pelos senadores – mas enfrenta resistência, já que alguns parlamentares tinham preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco para a vaga aberta na Corte. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe o cientista político Cláudio Couto para explicar que outros elementos estão no pano de fundo desta disputa. Professor da FGV de São Paulo, Cláudio analisa as respostas e ações do Congresso após decisões do Executivo e do Judiciário. E conclui como os recentes atritos geram prejuízos ambientais, fiscais e, sobretudo, para a população do país.
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Venezuela: Trump e Maduro no fio da navalha
Convidado: Maurício Santoro, doutor em Ciência Polícia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, o Iuperj. O governo americano tem um plano de ação pronto para a Venezuela caso Nicolás Maduro deixe o poder, segundo divulgou nesta terça-feira (2) o Pentágono. O departamento de Defesa dos EUA fez a declaração dias depois de o ultimato dado por Donald Trump ao presidente venezuelano vencer: de acordo com a agência de notícias Reuters, o americano deu até o dia 28 de novembro para Maduro deixar a Venezuela. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, o Iuperj. Santoro aponta como Trump se colocou em uma “armadilha” política ao escalar a pressão contra o regime de Maduro. E analisa as pressões internas nos EUA em relação aos ataques feitos pelo governo Trump a barcos no Caribe. Colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, Santoro explica como a postura dos EUA em relação a Maduro representa uma mudança de posicionamento do governo americano na América Latina. E esclarece como fica a situação do Brasil diante de uma possível invasão dos EUA no país vizinho e de conflito em solo Venezuelano.
Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk