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Coluna Atílio Bari

Atilio Bari
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  • A banalidade do mal e os tempos de paz
    Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta o espetáculo de Bosco Brasil, “Novas Diretrizes em Tempo de Paz”, em cartaz até fevereiro no Teatro Estúdio. A peça se passa em meados da década de 1940, quando terminaram, quase ao mesmo tempo, a Segunda Guerra Mundial e a ditadura de Getúlio Vargas. O personagem principal, Clausewitz, interpretado por Eric Lenate, é um judeu polonês que trabalhava como ator em seu país. Da Polônia ele escapa para Manchester, na Inglaterra, e lá consegue um visto para entrar no Brasil.No Rio de Janeiro, Clausewitz começa a trabalhar em uma repartição pública, onde é submetido a um longo interrogatório por Segismundo, um colega de trabalho ranzinza, vivido por Fernando Billi. O polonês acaba lhe revelando os terríveis acontecimentos presenciados com a família e amigos, além de admitir a mentira que contou para ser aceito em solo brasileiro. Segismundo, autor de inúmeras atrocidades no passado de torturador a serviço da ditadura de Vargas, não se comove.Nas palavras de Atílio: “Escancara-se a banalidade do mal, na figura daquele funcionário que se coloca como um mero cumpridor de ordens, sejam elas quais forem, a serviço de um estado autoritário e repressor”. Segismundo propõe, então, um desafio: se Clausewitz se sair bem, o ex-torturador permitirá que fique no Brasil. Caso contrário denunciará a mentira do ex-ator, que voltará imediatamente para a Polônia destroçada, no navio que já está apitando ali no porto.Por fim, o colunista define a obra como “um convite à reflexão sobre a violência praticada pelos governos, os horrores das guerras e as desumanidades que as pessoas cometem, umas contra as outras”.Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
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    5:20
  • Gerald Thomas e as catástrofes nossas de cada dia
    Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta a peça “Sabius, Os Moleques”, em cartaz no Sesc 14 Bis até o fim de dezembro. Escrita e dirigida por Gerald Thomas, a trama é sobre um planeta Terra que sucumbiu à humanidade, cometeu suicídio e caiu de sua órbita em uma cratera de outro mundo. Segundo Atílio, o espetáculo reafirma Thomas como um artista radical e que nunca deixa de surpreender. “Em Sabius, os Moleques, temos uma fábula inquietante, uma narrativa em que se misturam filosofia, crítica social e um questionamento corrosivo sobre os rumos da humanidade. É um teatro que não se destina a um mero entretenimento”.Para o colunista, “a intensidade das imagens provoca o espectador, e acentua o inconformismo que o autor e diretor destila através do seu sarcasmo e da sua ironia, e do seu desencanto com os rumos da nossa civilização. Tudo era melhor no passado? E no passado do passado? Por acaso um pretérito mais que perfeito? E o futuro do futuro, o que será?”Atílio Bari ainda cita a fase de grande efervescência criativa do diretor, que teve seu experimentalismo forjado no histórico teatro La MaMa, em Nova York, além de mergulhos na dramaturgia de Samuel Beckett e diversas montagens com a Companhia Ópera Seca. Outra peça dirigida por Thomas, “Choque – Procurando Sinais de Vida Inteligente”, estreou no Rio de Janeiro e, em breve estará num palco em São Paulo.Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
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    3:59
  • O indecifrável poder do teatro para transformar
    No episódio desta quarta-feira, Atílio Bari compartilha um momento íntimo que, em suas palavras, “reafirma o poder do teatro na vida das pessoas”. Espectador de apresentações de fim de semestre de um curso de teatro, o colunista relata o impacto que a quinta arte causou nos estudantes que sobem ao palco. Para além das técnicas de interpretação, “eles se tornaram, visivelmente, pessoas mais completas. Foram percebendo que estudar teatro não é simplesmente aprender a decorar falas ou subir num palco. É mergulhar em um universo de descobertas pessoais e coletivas. É olhar para dentro de si e perceber que cada emoção, cada gesto, cada palavra pode se tornar uma ponte para se conectar com o outro”, afirma Atílio.Ele também explica o que o teatro exige de seus profissionais: disciplina, dedicação, coragem para os improvisos e perseverança para superar “o famoso frio na barriga, que, aliás, sempre existirá”.O colunista conclui citando suas próprias memórias, em uma reflexão sobre a relevância do teatro para a humanidade como um todo. “Penso que as coisas seriam muito melhores se todo mundo tivesse a oportunidade de colocar o teatro na sua vida”, ele diz, sobre o teatro rigoroso, generoso, sensível e humano.Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
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    6:22
  • As vítimas da repressão em “Um Dia Muito Especial”
    Na coluna desta quarta-feira (19), Atílio Bari comenta o espetáculo “Um Dia Muito Especial”, em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso. No palco, Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall interpretam os protagonistas originalmente vividos por Marcello Mastroianni e Sophia Loren no filme de Ettore Scola, lançado em 1977. A peça se passa em Roma, no dia 6 de maio de 1938, data em que Benito Mussolini e Adolf Hitler, que haviam firmado uma aliança política dois anos antes, desfilaram pelas ruas da cidade, acompanhados pelas massas. “Dentre todos os moradores de um modesto conjunto residencial de classe média, talvez média baixa, apenas duas pessoas não foram ver o desfile. Uma delas era uma dona de casa, ocupada em tirar da cama os seus seis filhos, cuidar da comida, lavar as roupas e colocar uma certa ordem no lar, doce lar. A outra pessoa era um radialista que havia sido recentemente demitido do seu emprego.”Os vizinhos tornam-se amigos e, a partir de suas conversas, “ao som do rádio da zeladora do prédio, que transmite as marchas e os aplausos do povo na parada militar, ambos se descobrem vítimas de uma sociedade repressora: ele por ser homossexual, e ela por perceber a sua condição de massacrada pelo machismo vigente, e relegada ao papel de mera reprodutora, cuidadora dos filhos e da casa, sem qualquer perspectiva para a sua vida senão a de se submeter aos caprichos do marido, chefe absoluto do lar”.Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
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    4:21
  • A república e a tal soberania brasileira
    Na coluna desta quarta-feira (12), Atílio Bari analisa as movimentações que culminaram na Proclamação da República no Brasil, em 15 de novembro de 1889. Na noite anterior o povo brasileiro havia ido dormir submetido às ordens de um rei, e amanheceu conhecendo um novo regime de governo: a república. A mudança, apesar de parecer súbita, vinha se estruturando desde o começo do século XVIII, defendida por figuras como Bernardo Vieira de Mello, principal incitador da Guerra dos Mascates. Foi ele quem subiu ao parlatório da Câmara de Vereadores de Olinda e deu o primeiro grito de “República do Brasil”. Quase 180 anos mais tarde, o Marechal Deodoro da Fonseca levantou-se no meio da noite, “colocou a farda cheia de medalhas, sem a espada, porque ela lhe apertava a barriga, montou em seu cavalo baio e foi até o Ministério da Guerra, onde pronunciou um meio discurso para a meia dúzia de militares que ali estava” e assinou, finalmente, a Proclamação. Os brasileiros, então, “acordariam todos num país soberano, sem ter a menor ideia do que isso mudaria nas suas vidas”.Atílio finaliza com uma crítica: “Hoje os tempos são outros, a voz das ruas tem mais peso, a população é mais atenta. Mas verdade seja dita: a tal soberania ainda não chegou à mãe do menino pobre da periferia, nem ao pai de família que não sossega enquanto a filha não chega em casa à noite depois do trabalho ou da escola, e muito menos àquela população que vive ameaçada nos poucos povoados que ainda restam lá na floresta, os povos originários”. Para muitos, o conceito ainda é um sonho distante.Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
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