
Ep6 - Redes de afeto, militância e adoção | José e Rinaldo
12/12/2025 | 16min
No último episódio desta temporada, vamos ouvir a história de um casal que, de certa forma, sintetiza muitos dos temas que a gente veio trabalhando até aqui: envelhecimento, afeto, redes de cuidado e formas não tradicionais de família dentro da nossa comunidade. Eu converso com José Maria de Moraes, de 65 anos, e Rinaldo Vince, de 61, que estão juntos há 41 anos e que, ao longo desse tempo, foram encontrando formas de cuidar e se conectar com outras gerações.A partir da experiência do José como padrinho afetivo e do envolvimento dos dois com crianças e adolescentes em acolhimento institucional, a gente entra num universo em que adoção, apadrinhamento e ativismo se misturam. Eles contam como foi acompanhar diferentes histórias até a adoção do seu filho.

Ep5 - Memórias: a epidemia HIV/AIDS | Jeff Celophane e Gilberto Gawronski
12/12/2025 | 14min
No episódio de hoje, eu falo sobre um tema urgente e ainda pouco discutido: Como o envelhecimento dentro da comunidade LGBT+ é fortemente marcado pela epidemia de HIV/AIDS durante as décadas de 80 e 90. Ao longo da minha pesquisa, eu percebi uma coisa que talvez você também já tenha sentido, mesmo sem nomear: a gente quase não vê pessoas LGBT+ mais velhas dividindo os mesmos espaços, referências e narrativas que os mais jovens. E isso não é coincidência. Uma parte enorme dessa geração foi perdida para a HIV/AIDS. Existe um buraco na nossa linha do tempo, um gap geracional, que ainda hoje impacta como a gente enxerga o envelhecer sendo LGBT+.Por isso, eu quis dedicar este episódio a esse tema e ouvir dessa vez duas histórias, de pessoas que viveram aquele período de perto.Entre medo e desejo; perda e resistência, essas duas trajetórias ajudam a entender o impacto daquele período e o que significa chegar à velhice carregando essas cicatrizes.A primeira história que você vai ouvir é a do designer e cenógrafo Jeff Celofane, de 60 anos. Jeff vive com HIV há mais de 30 anos. Diagnosticado ainda no começo da epidemia, ele conta como foi receber essa notícia tão jovem, perder amigos, enfrentar o estigma e, ao mesmo tempo, se engajar no ativismo e na luta por informação, cuidado e direitos. Na sequência, você ouve o relato do ator e diretor de teatro Gilberto Gawronski, de 63 anos, cuja vida foi atravessada pela HIV/AIDS ao perder seu namorado e seu grupo de amigos próximos. Gilberto encenou por muitos anos o texto de Caio Fernando Abreu, “A Dama da Noite”. Performance apresentada dentro de boates para quem estava vivendo aquela realidade e querendo se anestesiar.

Ep4 - Amor, luto e liberdade | Dora
04/12/2025 | 15min
Neste episódio, ouvimos Dora, presidente do Eternamente Sou, uma organização dedicada ao bem-estar da comunidade LGBT+ idosa. Aos 72 anos, Dora compartilha a história de seu grande amor e a dor de perde-lo de forma rápida e dolorosa. Ela fala sobre o conflito entre a saudade e a liberdade, a força encontrada para viver na solitude, e como o luto se transformou em uma afirmação de autenticidade e felicidade. Uma narrativa emocionante de resiliência, amor e descoberta de si mesma na maturidade.

Ep3 - Gente é pra brilhar | Márcio Januário
04/12/2025 | 15min
No terceiro episódio, conversamos com Márcio Januário, de 60 anos, artista multimídia e performer que viveu a efervescência cultural dos anos 80 no Rio de Janeiro. Sua trajetória nos leva pelas noites vibrantes da cena LGBTQIAPN+ dos anos 80. Márcio relembra como a dança e a vida noturna abriram portas e também expuseram as contradições do racismo e das transformações ao longo das décadas. Atualmente, ele apresenta "Canções de Amor de uma Bixa Velha", uma peça de autobiografia e memória que reafirma sua voz artística no presente.

Ep1 - O Primeiro Casamento Festivo de Alagoas | Carmen Dantas
28/11/2025 | 14min
Neste episódio, conhecemos Carmen Dantas, uma mulher de 80 anos que, aos 68 anos, realizou um marco importante na história de Alagoas: o primeiro casamento festivo entre mulheres. Carmen conta como, depois de uma vida de descobertas e desafios, ela viveu seu amor com coragem e autenticidade, desprendendo-se das expectativas tradicionais. Sua história é uma celebração de resistência, amor e a força de envelhecer vivendo verdadeiramente quem é.



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