Karl Marx (1818-1883) não se identificava como sociólogo, mas foi reclamado pela sociologia como um dos seus clássicos, sobretudo na medida em que buscou fornecer uma visão científica das sociedades humanas e de suas trajetóriashistóricas, assim como um diagnóstico da moderna sociedade capitalista. Neste episódio do Resenhemus, Gabriel Peters, Diogo Corrêa e o convidado Artur Perrusi (UFPE) discutem a relação dialética, ao mesmo tempo tensa e fecunda, entre Marx e o pensamento sociológico. Aedição é de Mariana Max e a vinheta musical de Pedro Freitas.
--------
2:15:56
--------
2:15:56
Resenhemus T2 E5: Michel Foucault (1926-1984)
Depois de um longo intervalo, as conversas entre Diogo Corrêa e Gabriel Peters estão de volta ao Resenhemus, agora com um episódio dedicado à obra de Michel Foucault (1926-1984): o inovador pensador francês que, ao combinar interrogação filosófica e pesquisa histórica, produziu um impacto duradouro nas mais diversas áreas das ciências humanas. Buscando uma visão de conjunto da obra desse autor, que nunca temeu mudar o rumo de suas investigações, Gabriel e Diogo procuram elucidar e, ao mesmo tempo, ir além da clássica distinção entre “arqueologia do saber”, "genealogia do poder” e “hermenêutica do sujeito” como as três fases principais do pensamento móvel de Foucault. A edição de áudio é de Mariana Max e a vinheta musical de Pedro Freitas.
--------
1:14:57
--------
1:14:57
Capitalismo, sono e gnosticismo tecnológico segundo Jonathan Crary (RECOMENDEMUS - Episódio 1)
O Labemus lançou uma nova série de vídeos: Recomendemus! Nessa série de nome ridículo e conteúdo sério (por vezes até sinistro), membros do Laboratório farão indicações bibliográficas. No vídeo de hoje, Gabriel Peters recomenda e comenta a obra “24/7: capitalismo tardio e os fins do sono”, do crítico cultural estadunidense Jonathan Crary. A edição e a direção são de Mariana Max. O sistema capitalista instrumentalizou os mais diversos momentos da existência humana, extraindo continuamente valor do indivíduo seja como trabalhador, seja como consumidor. Nesse contexto, entretanto, o sono permanece uma “exceção colossal”, diz Jonathan Crary, à funcionalização capitalista da vida. Como interlúdio no qual somos inúteis(i.e., inexploráveis), essa condição de máxima passividade emerge, de modo paradoxal, como última das fortalezas de resistência a um capitalismo que pretende colonizar toda a subjetividade. Construído à imagem e semelhança de umambiente maquínico de atividade ininterrupta, o capitalismo 24/7 também lança aos seres humanos um ideal de funcionamento do qual eles só podem se aproximarse se transformarem, tanto quanto possível, em máquinas. Na medida em que é possível aproximar-se de tal ideal, mas não alcançá-lo plenamente na prática, as características humanas que obstam a identificação completa com ofuncionamento maquínico são crescentemente vividas como indesejadas e vergonhosas.Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xb0mjl6DZRA&t=33sLink para o texto “Quero ser máquina: notas livres sobre Jonathan Crary e o inconveniente do sono” no Blog do Labemus: https://blogdolabemus.com/2022/10/11/quero-ser-maquina/
--------
15:00
--------
15:00
A fenomenologia social de Alfred Schutz (Sociologia Clássica em Pílulas #5)
Nesta vídeo-aula, Gabriel Peters oferece uma introdução ao pensamento de Alfred Schütz, um dos principais responsáveis pela introdução da abordagem fenomenológica nas ciências sociais. Ao realizar uma criativa síntese entre o programa filosófico da fenomenologia elaborado por Edmund Husserl, de um lado, e a sociologia compreensiva de Max Weber, de outro, Schütz legou uma série de ideias centrais à teoria social. Tais ideias incluem uma visão processual da ordem societária, tomada como um resultado contínuo das condutas cotidianas de agentes hábeis, bem como um programa de investigação dos estoques tácitos de conhecimento por meio dos quais os agentes dão sentido ao mundo e orientam suas ações. Aula disponível também no YouTube:https://www.youtube.com/watch?v=rkFiGGO4FNo&t=139sLink para o texto de base no Blog do Labemus:https://blogdolabemus.com/2020/08/20/teoria-social-em-pilulas-a-fenomenologia-de-alfred-schutz-por-gabriel-peters/
--------
14:47
--------
14:47
Talcott Parsons e a teoria da ação (Sociologia Clássica em Pílulas #4)
Nesta vídeo-aula, Gabriel Peters situa a teoria da ação de Talcott Parsons em relação à sociologia clássica, deum lado, e à teoria social da segunda metade do século XX, de outro. Desde o início, Parsons articula sua teoria da ação ao “problema da ordem”: por que, na vida social, a combinação de múltiplas ações individuais não descamba mais facilmente para o caos puro e simples ou para uma hobbesiana “guerra de todos contra todos”? O teórico estadunidense oferece uma solução “normativista” ou“freudodurkheimiana” (Freud + Durkheim): valores culturais e expectativas normativas não existem apenas fora dos indivíduos, institucionalizados na sociedade, mas também “dentro” deles, conforme passam a ser internalizados emsua personalidade via socialização. Aula disponível também no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=qoj0iUVGYnc&t=150sLink para o texto de base no Blog do Labemus: https://blogdolabemus.com/2020/07/06/teoria-social-em-pilulas-talcott-parsons-e-a-teoria-da-acao-por-gabriel-peters/