
T2 E8 Resenhemus: Norbert Elias (1897-1990)
29/12/2025 | 1h 40min
No último episódio do ano, Diogo Corrêa e Gabriel Peters discutem o pensamento do sociólogo alemão Norbert Elias (1907-1990). Assim como os clássicos da sociologia, Elias oferece tanto uma abordagem geral à vida social, conhecidacomo “sociologia figuracional”, quanto um diagnóstico da modernidade, centrado no que ele chamou de “processo civilizador”. Elias mostrou que transformações em estruturas sociais são inseparáveis de transformações nas estruturas de personalidade dos indivíduos imersos naquelas coletividades em mudança. Ao fazê-lo, ele não só pintou um retrato da sociedade moderna articulando criticamente a psicanálise de Freud à sociologia clássica, mas também repensou, de modo crítico e criativo, questões variadas das ciências sociais e da filosofia: do papel dos espetáculos esportivos na modernidade até os temas existenciais do tempo, da morte e das “vidas que poderiam ter sido e não foram”. A edição é de Mariana Max e a vinheta musical é de Pedro Freitas.

T2 E7 Resenhemus: Karl Mannheim (1893-1947)
15/12/2025 | 1h 43min
O episódio da vez no Resenhemus discute o legado intelectual de Karl Mannheim (1893-1947), pensador cujo projeto de uma “sociologia do conhecimento” aponta não apenas para uma “subárea” de pesquisa, mas para uma meta mais ambiciosa: uma redefinição do papel da disciplina sociológica como consciência reflexiva (e mediadora dialógica) da pluralidade de perspectivas que definem a sociedade moderna. Nesse sentido, Diogo e Gabriel não só propõem uma reinterpretação de “Ideologia e utopia”, obra mais famosa de Mannheim, mas também tratam da contribuição mais ampla do autor para além desse livro e de sua associação estrita com a subdisciplina “sociologia do conhecimento”. Dos desafios que os condicionantes sociais do saber geram para a própria epistemologia das ciências sociais até a ideia de que personalidades individuais também são realidades históricas, passando pelas fontes cognitivas existenciais do (neo)fascismo, os temas e ideias de Mannheim permanecem atualíssimos. A edição é de Mariana Max e a vinheta musical de Pedro Freitas.

Resenhemus T2 E6: Karl Marx (1818-1883)
03/12/2025 | 2h 15min
Karl Marx (1818-1883) não se identificava como sociólogo, mas foi reclamado pela sociologia como um dos seus clássicos, sobretudo na medida em que buscou fornecer uma visão científica das sociedades humanas e de suas trajetóriashistóricas, assim como um diagnóstico da moderna sociedade capitalista. Neste episódio do Resenhemus, Gabriel Peters, Diogo Corrêa e o convidado Artur Perrusi (UFPE) discutem a relação dialética, ao mesmo tempo tensa e fecunda, entre Marx e o pensamento sociológico. Aedição é de Mariana Max e a vinheta musical de Pedro Freitas.

Resenhemus T2 E5: Michel Foucault (1926-1984)
26/11/2025 | 1h 14min
Depois de um longo intervalo, as conversas entre Diogo Corrêa e Gabriel Peters estão de volta ao Resenhemus, agora com um episódio dedicado à obra de Michel Foucault (1926-1984): o inovador pensador francês que, ao combinar interrogação filosófica e pesquisa histórica, produziu um impacto duradouro nas mais diversas áreas das ciências humanas. Buscando uma visão de conjunto da obra desse autor, que nunca temeu mudar o rumo de suas investigações, Gabriel e Diogo procuram elucidar e, ao mesmo tempo, ir além da clássica distinção entre “arqueologia do saber”, "genealogia do poder” e “hermenêutica do sujeito” como as três fases principais do pensamento móvel de Foucault. A edição de áudio é de Mariana Max e a vinheta musical de Pedro Freitas.

Capitalismo, sono e gnosticismo tecnológico segundo Jonathan Crary (RECOMENDEMUS - Episódio 1)
15/8/2025 | 15min
O Labemus lançou uma nova série de vídeos: Recomendemus! Nessa série de nome ridículo e conteúdo sério (por vezes até sinistro), membros do Laboratório farão indicações bibliográficas. No vídeo de hoje, Gabriel Peters recomenda e comenta a obra “24/7: capitalismo tardio e os fins do sono”, do crítico cultural estadunidense Jonathan Crary. A edição e a direção são de Mariana Max. O sistema capitalista instrumentalizou os mais diversos momentos da existência humana, extraindo continuamente valor do indivíduo seja como trabalhador, seja como consumidor. Nesse contexto, entretanto, o sono permanece uma “exceção colossal”, diz Jonathan Crary, à funcionalização capitalista da vida. Como interlúdio no qual somos inúteis(i.e., inexploráveis), essa condição de máxima passividade emerge, de modo paradoxal, como última das fortalezas de resistência a um capitalismo que pretende colonizar toda a subjetividade. Construído à imagem e semelhança de umambiente maquínico de atividade ininterrupta, o capitalismo 24/7 também lança aos seres humanos um ideal de funcionamento do qual eles só podem se aproximarse se transformarem, tanto quanto possível, em máquinas. Na medida em que é possível aproximar-se de tal ideal, mas não alcançá-lo plenamente na prática, as características humanas que obstam a identificação completa com ofuncionamento maquínico são crescentemente vividas como indesejadas e vergonhosas.Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xb0mjl6DZRA&t=33sLink para o texto “Quero ser máquina: notas livres sobre Jonathan Crary e o inconveniente do sono” no Blog do Labemus: https://blogdolabemus.com/2022/10/11/quero-ser-maquina/



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