Capitalismo, sono e gnosticismo tecnológico segundo Jonathan Crary (RECOMENDEMUS - Episódio 1)
O Labemus lançou uma nova série de vídeos: Recomendemus! Nessa série de nome ridículo e conteúdo sério (por vezes até sinistro), membros do Laboratório farão indicações bibliográficas. No vídeo de hoje, Gabriel Peters recomenda e comenta a obra “24/7: capitalismo tardio e os fins do sono”, do crítico cultural estadunidense Jonathan Crary. A edição e a direção são de Mariana Max. O sistema capitalista instrumentalizou os mais diversos momentos da existência humana, extraindo continuamente valor do indivíduo seja como trabalhador, seja como consumidor. Nesse contexto, entretanto, o sono permanece uma “exceção colossal”, diz Jonathan Crary, à funcionalização capitalista da vida. Como interlúdio no qual somos inúteis(i.e., inexploráveis), essa condição de máxima passividade emerge, de modo paradoxal, como última das fortalezas de resistência a um capitalismo que pretende colonizar toda a subjetividade. Construído à imagem e semelhança de umambiente maquínico de atividade ininterrupta, o capitalismo 24/7 também lança aos seres humanos um ideal de funcionamento do qual eles só podem se aproximarse se transformarem, tanto quanto possível, em máquinas. Na medida em que é possível aproximar-se de tal ideal, mas não alcançá-lo plenamente na prática, as características humanas que obstam a identificação completa com ofuncionamento maquínico são crescentemente vividas como indesejadas e vergonhosas.Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xb0mjl6DZRA&t=33sLink para o texto “Quero ser máquina: notas livres sobre Jonathan Crary e o inconveniente do sono” no Blog do Labemus: https://blogdolabemus.com/2022/10/11/quero-ser-maquina/
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A fenomenologia social de Alfred Schutz (Sociologia Clássica em Pílulas #5)
Nesta vídeo-aula, Gabriel Peters oferece uma introdução ao pensamento de Alfred Schütz, um dos principais responsáveis pela introdução da abordagem fenomenológica nas ciências sociais. Ao realizar uma criativa síntese entre o programa filosófico da fenomenologia elaborado por Edmund Husserl, de um lado, e a sociologia compreensiva de Max Weber, de outro, Schütz legou uma série de ideias centrais à teoria social. Tais ideias incluem uma visão processual da ordem societária, tomada como um resultado contínuo das condutas cotidianas de agentes hábeis, bem como um programa de investigação dos estoques tácitos de conhecimento por meio dos quais os agentes dão sentido ao mundo e orientam suas ações. Aula disponível também no YouTube:https://www.youtube.com/watch?v=rkFiGGO4FNo&t=139sLink para o texto de base no Blog do Labemus:https://blogdolabemus.com/2020/08/20/teoria-social-em-pilulas-a-fenomenologia-de-alfred-schutz-por-gabriel-peters/
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Talcott Parsons e a teoria da ação (Sociologia Clássica em Pílulas #4)
Nesta vídeo-aula, Gabriel Peters situa a teoria da ação de Talcott Parsons em relação à sociologia clássica, deum lado, e à teoria social da segunda metade do século XX, de outro. Desde o início, Parsons articula sua teoria da ação ao “problema da ordem”: por que, na vida social, a combinação de múltiplas ações individuais não descamba mais facilmente para o caos puro e simples ou para uma hobbesiana “guerra de todos contra todos”? O teórico estadunidense oferece uma solução “normativista” ou“freudodurkheimiana” (Freud + Durkheim): valores culturais e expectativas normativas não existem apenas fora dos indivíduos, institucionalizados na sociedade, mas também “dentro” deles, conforme passam a ser internalizados emsua personalidade via socialização. Aula disponível também no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=qoj0iUVGYnc&t=150sLink para o texto de base no Blog do Labemus: https://blogdolabemus.com/2020/07/06/teoria-social-em-pilulas-talcott-parsons-e-a-teoria-da-acao-por-gabriel-peters/
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Émile Durkheim e o conceito de fato social (Sociologia Clássica em pílulas #3)
Nesta vídeo-aula do Labemus, Gabriel Peters retoma um dos assuntos mais frequentes no estudo da sociologia clássica: o conceito de fato social elaborado por Émile Durkheim. Os atributos da exterioridade, da coercitividade e da generalidade elencados por Durkheim são bem conhecidos nas definições escolares dos fatos sociais como objeto dasociologia. Entretanto, Peters busca ir além de tais definições costumeiras, ao explorar a gama complexa de ideias que o sociólogo francês embutiu em cada um daqueles atributos, como a precedência histórica do social sobre o indivíduo,as “propriedades emergentes” das sociedades humanas e a existência de coerções sociais exteriores que, a exemplo do anseio por casar-se ou do uso de uma língua nativa, não são vivenciadas como pelos indivíduos nem como “coerções”nem como “exteriores”.Aula disponível também no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=d93LYwOQp8U&t=202s
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O Materialismo Histórico de Marx e Engels (Sociologia Clássica em Pílulas #2 )
Em mais uma vídeo-aula do Labemus, o professor Gabriel Peters (UFPE) oferece uma introdução às teses e conceitos fundamentais do chamado “materialismo histórico”, a abordagem desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels ao estudo das sociedades humanas e das suas trajetórias históricas. Acompanhando o nascimento da abordagemmarxiana no diálogo crítico com o “idealismo histórico” de Hegel e o “materialismo a-histórico” de Feuerbach, diálogo ao qual se juntam o socialismo utópico francês e a economia política britânica, a aula também destrincha o famoso esquema base/superestrutura como principal modelo explicativo das formações sociais humanas e do seu desenvolvimento histórico.Aula disponível também no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=Wl5_CgyBpY0&t=651s