No podcast Cirandeiras, exercitamos a escuta de mulheres brasileiras ousadas que modificam vidas, padrões e territórios. Convidamos você para entrar nessa manif...
Para começar 2025 em alto astral, nosso primeiro episódio do ano será especial sobre o Carnaval, a partir da contribuição e inspiração da filósofa e antropóloga Lélia Gonzalez (1935-1994). Nossa ciranda vem reafirmar a presença negra e indígena na formação histórica dos festejos carnavalescos.Neste episódio especial, vamos cirandar numa espécie de um bloco de carnaval, sem uma cirandeira narrando sua trajetória, mas com vocês, nossos ouvintes, percorrendo a mistura de ritmos de várias partes do país que contribuíram para “estilhaçar”, como escreveu Lélia, uma dinâmica cultural colonizadora europeia.Então, bora pegar a caixinha de som porque esse episódio merece ser ouvido em alto volume, já preparando corpo, alma, consciência e purpurina para sair pelas ruas carnavalizando.Produção e roteiro: Raquel BasterNarração: Joana Suarez e Raquel BasterEdição de som: Iago VernekCrédito da foto de Lélia no card: Januário GarciaEpisódios citados:Temporada Ritmos Latinos: https://open.spotify.com/episode/5SCcYOlj8N373H2YPG2Ib5Temporada Ritmos brasileiros: https://open.spotify.com/episode/4epJsn2wU09dkUoya79WJjReferênciasLivro Festas Populares no Brasil de Lélia Gonzalez (Editora Boitempo-2024)Perfil do Pensamento Brasileiro: Lélia GonzalezRaquel Barreto: Lélia Gonzalez captou resistência de negros em festas popularesOrigem do Bate Bolas do canal Outro lado da história: Origem do Bate-bola (ou Clóvis) no CarnavalMarchinhas de carnaval: https://www.youtube.com/watch?v=sOrlA7R71XAClube vassourinhas: https://www.instagram.com/luizgonzagaorei/reel/DGAg3rcgVIgBoi mamão de Santa Catarina: https://www.youtube.com/watch?v=JjxNDD3CuOg
--------
20:25
EP#44 Episódio especial - O sairé com Augusta Pontes
Estamos de volta com o podcast Cirandeiras diretamente do Pará. Na foto que ilustra nosso novo episódio está a dona Augusta Pontes, de 93 anos, segurando um dos símbolos mais emblemáticos do Sairé. Ela é nossa cirandeira da vez que veio nos contar sobre uma das festas mais antigas da Amazônia.
O Sairé tem mais de 300 anos e começa como ritual indígena do povo Borari, população que vive às margens dos rios Tapajós e Maró-Arapiuns, no oeste do Pará, mas especificamente na vila de Alter do Chão, em Santarém. Com o passar dos anos, foi se transformando principalmente com a chegada dos jesuítas através do processo imposto de evangelização no período da colonização.
No episódio #44 do Cirandeiras vamos fazer escuta de uma das matriarcas do Sairé, dona Augusta conta sobre as mudanças ocorridas no festejo e reclama também da perda de algumas tradições. Em outubro de 2024, a festa do Sairé (também grafada como Çairé) é reconhecida como manifestação cultural brasileira pela Lei 14.997/24.
Esse episódio especial foi produzido em conjunto com os bolsistas da rádio comunitária AlterNativa, de Santarém, no Pará, com o apoio do Fundo Casa Socioambiental.
Entrevistas: equipe Rádio AlterNativa
Produção: Raquel Baster e equipe da Rádio AlterNativa
Roteiro: Raquel Baster
Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster
Edição de som: Iago Vernek
Divulgação: Cirandeiras e Latinocêntricas
Referências
https://santarem.pa.gov.br/categorias/caire-2024
https://www.instagram.com/cairealter/
https://www.tapajosdefato.com.br/noticia/1044/venda-do-espaco-da-escola-da-floresta-populacao-nao-aceita-prefeitura-nao-se-manifesta-e-governo-do-estado-intervem-no-caso
--------
23:44
EP#43 Ritmos Latinos - O candombe com Chabela Ramírez
Em mais uma ciranda da temporada Ritmos, desembarcamos no Uruguai para conhecer o Candombe e finalizar nossa temporada Ritmos Latinos. Uma manifestação de resistência celebrada pelas famílias negras que, por meio da oralidade, preservaram sua cultura nas ruas do centro de Montevidéu, mesmo com todo o racismo que até hoje atravessa o país.
Chabela Ramírez, cantora e ativista afrouruguaya, nos conduz nesta roda sonora através dos tambores - instrumentos principais do candombe. Com três toques base e uma diversidade de personagens, o ritmo é também dança que honram seus ancestrais.
O candombe é uma manifestação cultural de luta por justiça racial e bem viver. Chabela criou na década de 90 o Afrogama - grupo que trabalha gênero e etnia em canto e dança antirracista. E, há 12 anos, ela fundou a Casa Afrouruguaya, referência da cultura afrodescente e espaço de denúncia contra o racismo na capital uruguaia.
Produção e roteiro: Raquel Baster
Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster
Edição de som: Iago Vernek
Divulgação: Ana Clara Pecis
Trilha sonora: músicas de Chabela Ramírez do álbum de “Tambores y de Amores”
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=pLZ_yU04tsw
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12024/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Marcela%20Monteiro%20Rabelo.pdf
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/196009/000402948.pdf?sequence=1
https://www.brasildefato.com.br/2021/12/03/tambores-que-falam-antirracismo-e-feminismo-no-candombe-afrouruguaio
https://montevideo.gub.uy/noticias/servicios-sociales/barrio-ansina-lugar-de-memoria
https://revistamovimiento.com/historia/joaquin-lenzina-ansina-lealtad-al-protector-de-los-pueblos-libres-y-a-la-causa-por-la-emancipacion/
http://www.candombe.com/html_port/terms.html
https://www.gub.uy/ministerio-educacion-cultura/patrimonio-uruguay/candombe-patrimonio-humanidad
https://casaafrouruguaya.org/quem-somos/
--------
35:19
EP#42 Ritmos Latinos - O tango com Shirlene Oliveira
O Tango se achega em sua versão feminista neste segundo episódio da temporada Ritmos Latinos. Conversamos com Shirlene Oliveira, uma brasileira que canta tango desde 2012 em Buenos Aires, Argentina, e afirma que o ritmo é marginal, negro e periférico.
Apesar de tentarem negar, o tango é uma composição musical, que também é dança, resultado de uma confluência entre o candombe, de negros escravizados e da habanera. Esse último, um ritmo trazido pelos marinheiros cubanos que chegaram pela região do Rio de La Plata.
Nossa ciranda busca compreender os contextos migratórios, históricos e das muitas reinvenções do tango ao longo dos séculos. Para que possamos refletir sobre a tentativa de invisibilizar a cultura negra em um dos países considerados mais europeus da América Latina.
Produção e roteiro: Raquel Baster
Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster
Edição de som: Iago Vernek
Divulgação: Ana Clara Pecis
--------
33:47
EP#41 Ritmos Latinos - A cueca chilena com Calila Lila
No primeiro episódio da temporada Ritmos Latinos apresentamos a cueca - uma manifestação cultural chilena - que foi fundamental para a resistência e denúncia durante períodos políticos autoritários no Chile. A cueca provocava a importância da ocupação dos espaços públicos pela música, alegria e defesa da vida.
Nossa ciranda é conduzida pelo coletivo Calila Lila, uma forte expoente feminista da cueca chilena, cantada por seis mulheres que se revezam nos instrumentos, canto e performances. Elas apresentam personagens que espelham o cotidiano de mulheres, muitas das vezes invisibilizadas. Em 2024, completam 10 anos de grupo representando a nova geração de cantoras da cultura popular.
Calila Lila já lançou três álbuns, o mais recente “Prende La Velita, canto poder curativo”, que apresenta cuecas clássicas na perspectiva da diversidade étnico racial de mulheres. O coletivo busca encontrar sons e ritmos que transmitam suas inquietações dentro do ambiente cuequero - nem sempre aberto a todas as vozes, apesar de essa ser sua essência.
Produção e roteiro: Raquel Baster
Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster
Edição de som: Iago Vernek
Divulgação: Ana Clara Pecis
Referências
https://www.instagram.com/calilalilacolectivo/reels/
https://www.youtube.com/channel/UCVpdZIbhlaKuymwZsvpmFlQ
https://www.youtube.com/watch?v=-o6j0waVBJQ
https://www.memoriachilena.gob.cl/602/w3-article-8645.html
https://www.amazon.com.br/Pego-grito-cualquier-parte-Christian-ebook/dp/B08X8JGTBK
https://www.libreriadelgam.cl/libro/cancionero-de-la-cueca-chilena_78932
https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=224886
https://cantorasdelnorteneuquino.neuquen.gob.ar/wp-content/uploads/2020/07/la-cueca-alegria.pdf
GARRIDO, Pablo. Biografía de la cueca. Santiago de Chile: Editorial Nascimento, 1976.
MATAVELI, Danilo . Da zamacueca à cueca sola: sujeitos políticos na cultura popular latino-americana. Revista Entrecaminos , v. 4, p. 190-202, 2020.
No podcast Cirandeiras, exercitamos a escuta de mulheres brasileiras ousadas que modificam vidas, padrões e territórios. Convidamos você para entrar nessa manifestação coletiva e forte que é a ciranda. E nossa missão começa com um tema que não tem como fugir nas próximas semanas: o novo coronavírus.
Produzido e apresentado por Joana Suarez e Raquel Baster. Instagram @cirandeiraspodcast
Email [email protected]