Conhecendo o Criador - João 1.9-10
A verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. (Jo 1.9-10)Embora cada um dos Evangelhos adote uma abordagem diferente para detalhar a vida de Jesus, seu propósito é o mesmo: como João coloca, “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31). Essas palavras chegam perto do fim de seu Evangelho e tinham a intenção de lembrar até mesmo seus primeiros leitores de que Deus graciosamente tomou a iniciativa de ir atrás do seu povo para que pudéssemos conhecê-lo e amá-lo.Embora Jesus fosse o Criador do mundo no qual entrou, o mundo não o reconheceu. Ele desceu do céu na forma de um homem, percorrendo as ruas da cidade e movendo-se entre nós para que pudéssemos viver com ele na luz, em vez de termos de viver nas trevas por toda a eternidade. No entanto, hoje, não muito diferente de dois mil anos atrás, muitos não entendem a imensidão do dom da vida neste mundo que Cristo nos deu e, portanto, perdem o dom da vida eterna que Cristo nasceu para nos oferecer, porque não o conhecem.Em seu grande tratado no livro de Romanos, Paulo escreveu que os “os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”. Em outras palavras, como resultado da graça comum de Deus, a Criação exibe evidências suficientes para pelo menos nos levar ao ponto de nos tornarmos teístas. Por causa disso, homens e mulheres “são indesculpáveis” (Rm 1.20).Mesmo com esse contexto, no entanto, Paulo prossegue dizendo que, embora homens e mulheres “[tivessem] conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). Eles sabiam da existência de Deus, mas, suprimindo esse conhecimento, recusaram-se a conhecê-lo como Senhor e Salvador.Esta é uma advertência humilhante para nós. Se negligenciarmos dar a Deus a honra e o louvor que lhe são devidos, corremos o risco de esquecer as maneiras gloriosas pelas quais ele continua a ir atrás de nós, ainda hoje.A palavra, a verdade e a história de Jesus foram disponibilizadas no mundo ocidental por centenas de anos — porém, ainda assim, muitas vezes homens e mulheres passam suas semanas sem qualquer reconhecimento de quem Jesus realmente é. Os crentes não estão imunes a viver vidas que, separadas das manhãs de domingo ou das devoções matinais, não têm evidência de conhecimento e relacionamento com Jesus como Senhor e Salvador. Imagine a diferença que faria se vivêssemos cada momento trazendo à mente as verdades de que ele é a luz e a nova vida dentro de nós, que ele torna possível viver com Deus por toda a eternidade, que ele é nosso grande Senhor e gentil Salvador, e que certamente vale a pena conhecê-lo.