"A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração."Os Espíritos jamais prescreveram fórmulas absolutas de preces. Quando oferecem alguma, é apenas para fixar ideias, chamar atenção sobre princípios da doutrina espírita e auxiliar aqueles que sentem dificuldade em expressar seus pensamentos.A coletânea representa uma escolha entre muitas preces ditadas pelos Espíritos em diversas circunstâncias. Não deve ser considerada um formulário absoluto e único, mas sim uma variedade no conjunto de instruções espirituais. Constitui uma aplicação dos princípios da moral evangélica, complementando os deveres para com Deus e o próximo.O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos quando ditas de coração, não apenas de lábios. Não impõe nem reprova nenhuma forma específica. Deus é sumamente grande para rejeitar súplicas ou louvores baseando-se no modo como são feitos. Quem lança anátema às preces que não estejam em seu formulário demonstra desconhecer a grandeza divina. Crer que Deus se atenha a uma fórmula é emprestar-lhe a pequenez e as paixões humanas.A prece deve ser inteligível para falar ao espírito. Não basta ser dita em língua compreensível — há preces em língua vulgar que não dizem ao pensamento mais do que se fossem em língua estrangeira, pois as ideias ficam abafadas pela superabundância de palavras e pelo misticismo da linguagem.A prece deve ser:Clara, simples e concisaSem fraseologia inútil ou luxo de epítetos (meros adornos de lentejoulas)Significativa: cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da almaReflexiva: deve fazer refletirSomente sob essas condições a prece alcança seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído. Na maioria dos casos, as preces são ditas com ar distraído e volubilidade — veem-se lábios moverem-se, mas há apenas um ato maquinal, puramente exterior, ao qual a alma permanece indiferente.
--------
27:14
--------
27:14
#261 - Maneira de orar
A prece é o dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve marcar o início de cada dia. Mas quantos de nós realmente sabemos orar?Oração Mecânica ou Oração do Coração?Muitas vezes, transformamos a oração em um hábito mecânico, articulando frases automaticamente, cumprindo um dever que nos pesa. Mas que importância têm essas palavras vazias diante do Senhor?A verdadeira prece deve nascer do coração. Ao despertar, quando o Espírito retoma o jugo da carne, devemos elevar nossos pensamentos aos pés da Majestade Divina com humildade e profundidade, em reconhecimento por todos os benefícios recebidos.O Que Devemos Pedir?É comum vermos pessoas que dizem: "Não vale a pena orar, pois Deus não me atende". Mas o que pedimos a Deus? Frequentemente, rogamos pelo sucesso em empreendimentos terrenos, por riquezas, pela diminuição de nossas provas.Deveríamos, em vez disso, pedir os bens mais preciosos: paciência, resignação e fé. Deveríamos suplicar por nossa melhoria moral. Quando descemos ao fundo de nossa consciência, quase sempre encontramos em nós mesmos o ponto de partida dos males de que nos queixamos.A Prece ContínuaA oração não precisa se limitar aos momentos em que nos recolhemos ao oratório ou nos ajoelhamos. A prece do dia é o cumprimento de nossos deveres, sem exceção.Assistir um irmão em necessidade não é um ato de amor a Deus? Elevar o pensamento ao Criador quando uma felicidade nos advém não é reconhecimento? Humilhar-se diante do supremo Juiz quando sentimos que falhamos não é contrição?A prece pode estar presente em todos os instantes, sem interromper nossos trabalhos. Ao contrário, ela os santifica.A Força do Pensamento SinceroUm único pensamento que parta do coração é mais ouvido pelo Pai celestial do que longas orações ditas por hábito, repetidas maquinalmente apenas porque chegou a hora convencional.Que possamos compreender que a verdadeira oração não está nas palavras decoradas, mas na sinceridade do coração, no desejo genuíno de melhoria e no reconhecimento constante da presença divina em cada momento de nossa vida.Oremos com o coração, vivamos em prece.
--------
30:20
--------
30:20
#260 - Por que não lembramos de nossas vidas passadas?
Uma das questões que mais intrigam aqueles que se aproximam da Doutrina Espírita é: se reencarnamos, por que não nos lembramos de nossas vidas anteriores? Esta aparente lacuna em nossa memória, longe de ser uma falha, revela-se como uma das mais sábias providências divinas para nosso progresso espiritual.
--------
35:32
--------
35:32
#259 - Prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores
As preces dirigidas aos Espíritos sofredores têm o poder de aliviar suas dores, despertando neles sentimentos de arrependimento e desejo de reparação. Ao perceberem que não estão esquecidos, sentem-se menos abandonados e encontram forças para se afastar do mal, tornando o sofrimento mais suportável e até abreviado. Negar a oração aos que padecem seria recusar um gesto de caridade e amor, mesmo que não houvesse esperança de libertação imediata. Assim como se consola um condenado ou um enfermo incurável, a prece é uma forma de oferecer alívio e esperança, em sintonia com o mandamento cristão de amar ao próximo. A lei divina estabelece que toda falta gera consequências, mas a duração da pena depende da vontade de regeneração. O sofrimento persiste enquanto houver obstinação no erro e cessa com o arrependimento sincero e a reparação. Nesse processo, a oração não altera a justiça de Deus, mas atua como instrumento da lei de amor e caridade, inspirando coragem e auxiliando na transformação moral.
--------
30:53
--------
30:53
#258 - Pai nosso, que estás no céu
Você já parou para pensar no significado profundo de cada frase dessa prece? O que realmente significa "venha o teu reino"? Por que pedimos o "pão de cada dia"? E aquela parte sobre "não nos deixar cair em tentação" — o que ela verdadeiramente quer dizer?
Estamos entrando em seu lar com o Podcast "Espiritismo em Seu Lar" onde procuraremos dar a nossa interpretação da Doutrina Espírita do Evangelho Segundo o Espiritismo e demais obras correlatas da codificação Espírita.