
#76 Mariana Sampaio: As Mulheres que se Muravam - A quinta narrativa
16/12/2025 | 46min
“Ela comprou uma tenda para viver na rua — para sair de casa”. Uma tenda no Intendente: seria essa a liberdade possível? "Mulheres que se Muravam – A quinta narrativa" é uma peça sonora que conecta histórias contadas na primeira pessoa, revelando perspetivas sobre o “muramento”, um conceito que emergiu durante o processo criativo desta criação. Esse conceito surge da interseção de sentimentos e visões de mulheres marginalizadas que enfrentam múltiplas formas de violência, enquanto lutam pela sobrevivência quotidiana. O “muramento” é, aqui, explorado como uma ideia paradoxal que contrapõe o “autoemparedamento” das mulheres na Idade Média (que escolhiam viver em clausura para o resto da vida como alternativa às convenções sociais opressivas) às estratégias contemporâneas de isolamento como forma de proteção e refúgio. A peça revela expressões de marginalização social e formas não convencionais de resistência e busca por liberdade, que emergem em diferentes contextos de rutura com cenários de violência. As narrativas apresentadas derivam do projeto artístico Mulheres que se Muravam, um projeto artístico na área da redução de danos, junto de mulheres acompanhadas pelo GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, no bairro do Intendente, em Lisboa. Esta obra dá continuidade à metodologia iniciada por Mariana Sampaio no desenvolvimento da performance "Ela amou para caralho", propondo-se a investigar, a partir de uma abordagem performativa, a prática da escuta ativa na sua relação com a improvisação e o storytelling, reivindicando, assim, o lugar criativo para pessoas socialmente divergentes. * Recomenda-se o uso de auscultadores para uma melhor experiência sonora. Criação e Direção artística Mariana Sampaio Narrativas e voz Anabela de Nascimento, Anastácia Roda, Cristina Tomaz, Fátima Matos, Grace, Helena Carvalho, Isabel Engrácio, Joana Duarte, Manas, Mariana Sampaio, Rita Pyrrait, Rosario Costa, Solange, Tania Canelas, Zaya Consultoria Márcio Laranjeira Apoio técnico Frederico Vieira Apoio à produção Sirigaita, Monstro Colectivo, Manas Imagem Edna Vidigal Apoio: GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, República Portuguesa/Direção-Geral das Artes Colaboração criativa e agradecimentos Aiden, David Baltazar, Equipa do GAT In-Mouraia, Frederico Vieira, Júlio Esteves, Laetitia, Largo Residências, Maria Luisa Salazar, Miguel Ferro, MTS, Nuno Ribeiro, Panteras Rosa, Sara Silva, Silvia Biaia, Teresa Casto, Vera Soares, Gabriel Fervenza, Lena Silva, Tiago Rochinha Edição sonora Dito e Feito Joana Linda Produção Dito e Feito Teatro do Bairro Alto

#75 Zona Lê Dramaturgia: Gisela Casimiro e Teresa Coutinho
11/11/2025 | 1h 43min
#75 Zona Lê Dramaturgia: Gisela Casimiro e Teresa Coutinho by Teatro do Bairro Alto

#74 Reframing Blackness – Radical Imagination: Alayo Akinkugbe com moderação de Paulo Pascoal
28/10/2025 | 37min
Ao longo do ano de 2025, a programação de discurso é atravessada pela temática da Imaginação Radical. Nesta conferência intitulada Reframing Blackness – Radical Imagination que aconteceu no dia 7 de outubro, Alayo Akinkugbe, criadora da plataforma online @ablackhistoryofart apresentou o seu livro lançado recentemente Reframing Blackness: What’s Black About the History of Art?. Através de pinturas, desenhos, textos críticos e da sua própria experiência, Alayo conduziu-nos pela História da Arte ocidental, percorrendo os códigos e as convenções excludentes e racistas, para num segundo momento transpor o white gaze, a perspetiva branca da História e reenquadrar a História da Arte ocidental a partir de um outro lugar, abrindo espaço para um Black Gaze, um outro olhar sobre a História da Arte. Após a sua apresentação Alayo esteve à conversa com Paulo Pascoal, ator, autor e curador, que também fez a mediação entre o público e a autora convidada. Conversa com Alayo Akinkugbe e Paulo Pascoal Edição: Joana Linda Produção: Teatro do Bairro Alto

# 73 Zona Lê Dramaturgia: Anna Zêpa e Lara Mesquita
01/7/2025 | 1h 36min
Na segunda sessão de ZONA LÊ DRAMATURGIA, Maria Giulia Pinheiro é acompanhada por Anna Zêpa e Lara Mesquita — artistas-criadoras que transitam entre linguagens e plataformas, tendo a autobiografia como impulso para uma escrita que tensiona o real. A partir da leitura da obra de cada, surgem questões em torno de medos e fragilidades da perceção de quem está de fora, do olhar atento de críticos e público. Como descrever o trabalho e a vida? As criações de Anna Zêpa e Lara Mesquita expressam a sua intimidade como mulheres, dramaturgas, companheiras, numa pluralidade dos sentidos e das expressões no teatro e fora dele. Cada obra abre frestas para existências que escapam às classificações fáceis e desafiam os contornos impostos pelas narrativas hegemónicas. A dramaturgia aparece aqui como um gesto de escuta de si, de reelaboração da memória, de invenção de um presente possível — além de uma alternativa para a existência de si no “mercado” das artes. Nesta sessão, abre-se um espaço para refletir e criar oportunidades, fugir de predefinições e expectativas do lugar de uma mulher na sociedade, no teatro e na criação contemporânea. O encontro propõe uma escuta cuidadosa da criação como movimento de deslocamento e afirmação: para além de rótulos, papéis ou enquadramentos, a escrita dramatúrgica surge como gesto vital de dizer-se no mundo. Ficha Artística Conversa com: Anna Zêpa, Maria Giulia Pinheiro e Lara Mesquita Introdução: Melissa Rodrigues Gravação: Teatro do Bairro Alto Edição e mixagem: Joana Linda Foto promocional: Luana Santos Produção: Teatro do Bairro Alto

#72 Zona Lê Dramaturgia: Raquel Lima e Sara Barros Leitão
11/6/2025 | 1h 46min
Apresentado e criado por Maria Giulia Pinheiro, Zona Lê Dramaturgia propõe, nesta edição enquadrada no programa de Discursos do TBA, um encontro através da leitura das obras de duas autoras fundamentais. Começamos por desenrolar o percurso, ideias e inspirações que Sara Barros Leitão e Raquel Lima abordam nas suas criações. O que é dramaturgia contemporânea, no olhar de uma mulher, mãe, filha e amiga, criativa e investigadora? As memórias e experiências definem a voz que retrata não apenas a sua geração e contexto, mas assuntos globais como o feminismo, a descolonização, o capitalismo, a política e o futuro dos seus, filhos e projetos, que nascem neste contexto de criação emergente. O TBA acolhe este projeto, que celebra a dramaturgia contemporânea para lá de barreiras e oceanos, de São Paulo até o agora em Lisboa, demarcando a necessidade de continuar a falar, ouvir e perceber o papel de uma dramaturga. Diferentes percursos e histórias, as mesmas metas e responsabilidades. Ler dramaturgia, ser dramaturgia, repensar dramaturgia. Maria Giulia Pinheiro é poeta. Sendo poeta, também escreve dramaturgia, encena, cria, pesquisa, dá aulas e promove encontros. Criou e coordena o Núcleo de Dramaturgia Feminista no Pequeno Ato desde 2016, onde ministrou aulas de dramaturgia por 3 anos. Em 2021, lançou o álbum de spokenword "RãCô", junto com Marcus Groza, premiado pelo Fundo Municipal de Cultura de São José dos Campos. Trabalha na criação de comunidades de escuta e ternura radical através da poesia falada e da dramaturgia, criando, conduzindo e produzindo vários eventos. Raquel Lima é poeta, artista transdisciplinar e investigadora de Estudos Pós-Coloniais com particular interesse na oratura, na memória intergeracional e nos movimentos afrodiaspóricos. Tem apresentado o seu trabalho artístico e académico em eventos e conferências internacionais. Publicou o livro Ingenuidade Inocência Ignorância e cofundou a UNA – União Negra das Artes. No TBA, participou no projeto Essenciais em 2020 e estreia Úlulu em abril deste ano. Sara Barros Leitão nasceu no Porto, em 1990. Formou‐se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo, iniciou a licenciatura de Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e iniciou o Mestrado em Estudos sobre as Mulheres – Género, Cidadania e Desenvolvimento, na Universidade Aberta. Não concluiu nenhum. É atriz, encenadora e dramaturga e trabalha regularmente em televisão, cinema e teatro. Ficha Artística Conversa com: Maria Giulia Pinheiro, Raquel Lima e Sara Barros Leitão Introdução: Melissa Rodrigues Gravação: Teatro do Bairro Alto Edição e mixagem: Joana Linda Foto promocional: Luana Santos Produção: Teatro do Bairro Alto



Dito e Feito