
Como ficam as penas de Bolsonaro e aliados com o PL da Dosimetria? Ouça análise de especialista
19/12/2025 | 10min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem, durante café da manhã com jornalistas, que vetará a proposta que reduz as penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. O chamado Projeto de Lei da Dosimetria foi aprovado na véspera pelo Senado e seguiu para sanção presidencial. O presidente negou que tenha havido um acerto entre o governo e a oposição para a aprovação do texto. O Congresso ainda pode derrubar o veto, mas a nova lei deve ser questionada em ação no Supremo Tribunal Federal. Basicamente, o texto permite que o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito seja absorvido pelo de golpe de Estado, o que reduziria, por exemplo, a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. O projeto também estabelece que os condenados por envolvimento com os ataques golpístas terão direito a progredir ao regime semiaberto após o cumprimento de 16% da pena no regime fechado. A legislação atual prevê que esses criminosos precisam cumprir ao menos 25% para pleitear uma progressão. Em entrevista à Rádio Eldorado, o advogado criminalista Pierpaolo Bottini, professor de Direito Penal da USP, disse que a palavra final caberá ao STF, seja para validar ou não a lei ou ainda para fazer os cálculos das penas, caso a nova legislação seja mantida. Para ele, é possível apontar que o texto é inconstitucional “alegando que viola o princípio da igualdade” em relação aos condenados que cometeram outros tipos de crimes. Bottini também discorda da absorção de um crime tido como menos grave por outro considerado mais grave. “Você teve dois momentos nesse crime, um antes da posse do presidente Lula e outro depois. A tentativa de tirar o presidente é outro crime”, avaliou.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#05 'Conectados Demais?': Cuidando da infância
19/12/2025 | 8min
No quinto e último episódio da série “Conectados Demais?” entramos nas escolas para entender um movimento que está mudando a rotina de milhões de estudantes: a restrição ao uso do celular dentro dos estabelecimentos de ensino. Uma medida que começou no Rio de Janeiro e, pouco tempo depois, se transformou em política nacional. A implementação dessa regra provocou resistência entre os alunos, mas trouxe alívio para muitos pais — e resultados que já aparecem nas salas de aula: com melhora na atenção, mais interação no recreio e até avanço no desempenho em disciplinas como matemática. Neste episódio, vamos entender como escolas, famílias, educadores e especialistas estão enxergando essa transformação, e por que o país começa a rever a presença dos dispositivos digitais na vida das crianças. Também vamos conhecer o ECA Digital, nova legislação que amplia a responsabilidade das plataformas e promete marcar um novo capítulo na proteção da infância no ambiente online. Essa série recebeu o apoio da Fundação Maria Cecília Souto e Vidigal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

SP monitora Gripe K e espera antecipação de vacinação em 2026, diz secretário da Saúde
18/12/2025 | 9min
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da chamada “gripe K” no Brasil. Segundo boletim da pasta, essa versão da influenza A (H3N2) foi registrada no Pará, poucos dias após o encerramento da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30). A circulação da variante teve início na Europa e, posteriormente, na Ásia e na África. Na América do Norte, Estados Unidos e Canadá também registram um aumento dos casos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, disse que o caso é isolado, mas requer atenção. Ele espera que o Ministério da Saúde antecipe a vacinação contra a gripe para o final de março de 2026. Na entrevista, Paiva também falou sobre a disponibilidade da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para grávidas e a expectativa para a utilização da nova vacina contra a dengue, de dose única, desenvolvida pelo Instituto Butantan.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#04 'Conectados Demais?': Infância sem telas é possível
18/12/2025 | 7min
No quarto episódio de “Conectados Demais?”, acompanhamos uma família que decidiu seguir por um caminho cada vez mais raro: criar uma criança sem acesso às telas. Uma escolha planejada ainda na gravidez e sustentada por informação, intenção e muito esforço cotidiano. A rotina dessa infância sem dispositivos revela tanto as dificuldades quanto as recompensas de um dia a dia baseado em presença real, brincadeiras simples e participação ativa dos pais. Gestos simples, como guardar o celular ao chegar em casa e oferecer alternativas concretas — livros, massinha, faz de conta — para os pequenos fazem toda a diferença. Este episódio investiga não só como essa decisão é vivida dentro de uma casa, mas também como movimentos coletivos começam a surgir para apoiar famílias que querem adiar a chegada do primeiro smartphone e repensar a cultura digital que envolve as crianças. Essa série recebeu o apoio da Fundação Maria Cecília Souto e Vidigal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Proteção a agricultores europeus pode afetar acordo com o Mercosul? Ouça análise de Rubens Barbosa
17/12/2025 | 7min
O Parlamento Europeu aprovou ontem uma série de medidas de proteção aos agricultores da União Europeia (UE) para limitar o impacto do acordo de livre-comércio com os países do Mercosul. As salvaguardas, que foram aprovadas por 431 votos a favor e 161 contra, visam criar um mecanismo para supervisionar o impacto do acordo em produtos sensíveis como carne bovina, aves e açúcar. Os eurodeputados querem que a Comissão Europeia intervenha se o preço de um produto do Mercosul for pelo menos 5% inferior ao do mesmo produto na UE e se o volume das importações isentas de direitos aduaneiros aumentar mais de 5%. O governo brasileiro espera que o acordo seja assinado no próximo sábado, mas isso ainda não é uma certeza, na avaliação do ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos Rubens Barbosa, que preside o Instituto de Relações Internacional e Comércio Exterior (Irice). Em entrevista à Rádio Eldorado, ele criticou a decisão do Parlamento Europeu. “São medidas claramente protecionistas que ficaram como condição para a aprovação do acordo”, afirmou. Barbosa ressaltou, no entanto, que o próprio acordo prevê um mecanismo de solução de controvérsias entre as partes.See omnystudio.com/listener for privacy information.



Entrevistas Jornal Eldorado