"Brasil perde muito de sua força de negociação com EUA"
O presidente dos Estados Unidos,Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira, 20, retirando a tarifa adicional de 40% imposta a diversos produtos brasileiros, em meio aos avanços nas negociações entre os dois países. Na prática, a decisão retira a sobretaxa de itens importantes para o setor exportador do País. "Foi uma decisão que o norte-americano tomou por causa da pressão doméstica - ele tinha que dar uma resposta à inflação. Então também foi algo bom para ele. O Brasil perde muito de sua força de negociação, porque nosso forte são exatamente os produtos que causam inflação nos EUA. Então como fica o tarifaço no setor industrial? Somos um grande exportador nessa área e, agora, sem outro trunfo de negociação, vamos ter de pagar mais caro no uso de terras raras e vai encarecer a negociação do etanol", analisa Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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"Mais da metade de todo FGC está comprometido com liquidação do Master"
Enquanto mais de 1 milhão de investidores que compraram títulos do Banco Master serão ressarcidos por recursos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), os aportes feitos por entidades de Previdência de Estados e municípios estão expostos à liquidação do banco e correm risco de perdas. Segundo dados do Ministério da Previdência, 17 fundos de pensão de servidores públicos fizeram investimentos que somam quase R$ 2 bilhões em papéis do banco. "A proporção do caso é gigantesca e este já é considerado um dos maiores escândalos financeiros da história do Brasil. Mais da metade de todo fundo de ressarcimento está comprometido com uma única liquidação extrajudicial, que é do Master. E tem grandes conexões. Como o presidente Daniel Vorcaro, um cidadão que saiu do nada e, aos 42 anos, é milionário? É um enriquecimento estratosférico em pouco tempo. Isso envolve corrupção, leniência de quem deveria estar cuidando das movimentações e há suspeita da PF de investimentos ligados ao PCC no banco. Deixa as vísceras do sistema expostas", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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"Diplomacia brasileira crê que repercussão contra fala de Merz seja maior na Alemanha que no Brasil"
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), responderam nesta segunda-feira, 17, ao chanceler alemão Friederich Merz, que disse que jornalistas alemães que o acompanharam na Cúpula dos Líderes, que antecedeu a COP-30, ficaram felizes por ir embora da cidade. "Merz, que os próprios jornalistas alemães dizem que é 'chegado' em gafes, foi de uma profunda deselegância com o Brasil. Mas não só; a Alemanha é uma das financiadoras do Fundo da Amazônia, uma das incentivadoras para a preservação da maior floresta tropical do mundo, então imagina-se que o país tenha compromissos ambientais. Mas o chanceler disse que não farão 'política climática' contra a Economia. O que quis dizer com isso? A diplomacia brasileira está quieta pois é sua expectativa que a repercussão contra a fala de Merz seja maior na Alemanha que no Brasil, pois lá há muita militância ambiental", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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19:43
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"O jogo contra crime será endurecido e governo disputará créditos com governadores"
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou ao Estadão/Broadcast que os partidos têm de “sair da disputa por holofote e dividendos eleitorais” e debater o tema da segurança pública com a “seriedade que ele merece”. A declaração ocorre em meio ao impasse sobre o “PL Antifacção”, projeto originalmente elaborado pelo governo Lula, mas que sofreu mudanças sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP). "O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disparou dez pontos em popularidade nas pesquisas depois da matança de 121 pessoas. A população, exausta da violência e da inação do estado, aplaudiu essa operação. Todos esses candidatos mais à direita precisam de votos do centro e, neste espectro, muitos eleitores são contra matança e esse tipo de ação, então tem que 'calibrar' bem. Eu acho que não haverá mais nenhuma operação com estes números, mas que o jogo contra o crime será endurecido, não há dúvidas. E o governo disputará com os governadores de quem são os louros", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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18:15
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"Se COP seguir assim, oposição tem discurso de campanha para o ano que vem"
No programa desta sexta-feira, 14, os enviados do Estadão a Belém repercutem o quarto dia de COP-30, marcado pelo envio de uma carta da ONU ao governo brasileiro com críticas sobre a segurança e a infraestrutura da Zona Azul da Cúpula. Na terça-feira, 11, manifestantes tentaram invadir o local, mas foram contidos por seguranças. O evento precisou ser esvaziado e o retorno ao espaço só foi liberado na manhã de quarta-feira. "A carta é duríssima e cai em cheio na cabeça do presidente Lula. As delegações reclamam; essas coisas não podem acontecer, fica ruim. Lula trouxe a COP para um estado na Amazônia e está jogando todas suas energias para fazer uma boa imagem para o mundo e, de quebra, campanha para 2026. Mas, se for assim, quem tem discurso para o ano que vem e para o exterior, é a oposição", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça os comentários diários da colunista do Estadão para o Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado (SP). Eliane ainda responde a perguntas dos ouvintes. Quer mandar a sua? Escreva para o número de WhatsApp: (11) 99481-1777.