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Histórias de ter.a.pia

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  • CONTEÚDO SENSÍVEL: Fui abusada dentro de casa por ser lésbica
    ATENÇÃO. CONTEÚDO SENSÍVEL. Aos 12 anos, Thaysa viveu seu primeiro selinho com uma colega da escola. O que poderia ter sido uma lembrança bonita de descoberta se transformou em um pesadelo. Um homem da família testemunhou a cena e, pouco depois, disse que ela precisava “aprender a ser mulher de verdade”. A partir daí, vieram três anos de abuso e uma vida marcada pelo silêncio cúmplice de quem deveria protegê-la.Quando buscou ajuda dentro da família, Thaysa encontrou apenas desconfiança e julgamentos. “Será que não provocou?”, “será que não gostou?”.A falta de acolhimento doeu mais do que os próprios atos. Além do do abuso físico, Thaysa suportou anos de violência emocional, vivendo sob o mesmo teto de quem a destruía por dentro.Aos 15 anos, ela reuniu coragem para enfrentá-lo. Aos 20, o expulsou de casa. Mas as marcas já estavam profundas. Vieram bloqueios de memória, autoagressões, o refúgio na comida e o ódio de si mesma por ser uma mulher lésbica. Durante muito tempo, a Thaysa acreditou que sua orientação era a causa do seu trauma, carregando uma culpa que não era dela.Foi somente com o encontro de Andreia, que se tornaria sua esposa, que o mundo começou a recuperar as cores. Aos poucos, Andreia ajudou a Thaysa a enxergar que não precisava viver aprisionada na dor. Dessa força nasceu a decisão de transformar sua própria história em acolhimento.Thaysa entrou na faculdade, se formou em psicologia e se especializou em traumas. Hoje, no consultório, recebe pessoas que chegam carregadas de vergonha e culpa, assim como ela. Para Thaysa, quem deve carregar o peso da vergonha não é a vítima, mas quem escolheu praticar o mal. E é por isso que repete, com firmeza e cuidado, a quem atende: ninguém precisa passar por isso sozinho.🚨 Se você souber de situações de violência contra crianças e adolescentes, denuncie! Ligue para o Disque 100. A denúncia é anônima e pode salvar vidas.
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    7:09
  • Aos 91 anos realizei meu sonho de ser cantora
    Aos 91 anos, Dona Margarida realizou um sonho que parecia ter ficado no passado: lançou seu primeiro disco, assinado com o nome artístico que um dia sonhou carregar, Maria Piedade. O que foi interrompido pelas imposições de uma época, renasceu agora pelas mãos de seus filhos e netos, que transformaram sua história em música e memória.Desde pequena, Margarida cantava na igreja e em programas de calouros das rádios do interior, chegando a dividir bastidores com Ângela Maria e Carlos Galhardo. Em São Paulo, foi eleita “estrela do quarto centenário” da Rádio Nacional entre centenas de candidatos. Parecia o início de uma carreira promissora. Mas o pai a alertou sobre os riscos do ambiente artístico, e um locutor lhe disse que, para vencer, seria preciso “ceder”. Margarida não aceitou esse destino, então decidiu deixar os palcos, voltar para Itapetininga, reatar o namoro com seu ex-companheiro e se dedicar à família.Virou professora de música, mas logo a maternidade ocupou seu tempo. Só que a música nunca saiu de sua vida porque ela a apresentou para os filhos e netos, que se tornariam músicos também. Inclusive, foi deles a ideia de resgatar as canções que ela entoava nas rádios e gravar um álbum em sua homenagem.Quando o disco chegou à rádio e à igreja de Avaré, cidade onde a família mora, Dona Margarida se emocionou ao ouvir pessoas comentarem: “Margarida, ouvi seu CD!”. Entre as faixas, está “Menino Grande”, música que dedicava ao marido. Inspirado, o filho Juca compôs também “Meu Menino Grande”, celebrando o amor dos pais.Hoje, aos 91 anos, Maria Piedade deixa para sua família e para o mundo um registro eterno. Um disco que carrega não só as músicas, mas a prova de que sonhos podem adormecer, mas nunca desaparecem.Compre o livro do ter.a.pia "A história do outro muda a gente" e se emocione com as histórias : https://amzn.to/3CGZkc5Tenha acesso a histórias e conteúdos exclusivos do canal, seja um apoiador http://apoia.se/historiasdeterapia
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    6:20
  • Seu filho vai ser um anão de circo: foi o que o médico disse para minha mãe depois do parto
    Desde o nascimento, a vida de Pedro Henrique foi atravessada por olhares e palavras que tentaram reduzir quem ele poderia ser. Sua primeira experiência com o capacitismo havia sido poucas horas depois dele nasceu, quando o médico disse à sua mãe, ainda na maternidade: “ele vai ser tipo um anão de circo”. A frase marcou o início de uma trajetória em que sobreviver significou enfrentar, diariamente, um mundo que insiste em não enxergar pessoas com deficiência como iguais.Prematuro de oito meses, Pedro foi direto para a UTI. Sua mãe o reencontrou cheio de tubos e, assustada com os diagnósticos duros, chegou a pensar que talvez fosse melhor o filho não sobreviver a tanto sofrimento. Mas o Pedro sobreviveu e logo descobriu que viver com deficiência seria enfrentar o capacitismo em cada espaço.Na infância, seu primeiro contato com a representação do nanismo foi com os anões da Branca de Neve, retratados como adultos infantilizados. Na escola, o preconceito foi ainda mais cruel quando ele muda de um colégio de bairro, onde todos o conheciam, e vai para uma escola muito maior.Na escola nova, que era religiosa, ele ouviu de professores e colegas que era um karma para os pais. Ao mesmo tempo, assistia à TV transformar pessoas como ele em piada, e nas ruas sofria agressões físicas e verbais. Lembra do “pedala Robinho” popularizado pelo Pânico na TV? A tudo isso se somava ainda a homofobia. Ainda criança, Pedro sabia que se interessava por meninos, mas estudava em uma escola religiosa que dizia que isso era pecado. Imagina uma pessoa com deficiência, que já é vista como uma provação para família, se assumir homossexual? Impossível.Foram quase trinta anos até ele conseguir se assumir como homem com deficiência e como homem gay. Só então começou a se reconhecer digno de existir, de se olhar no espelho e se sentir desejado.Mas no campo afetivo, as marcas do capacitismo persistiam: “fica, mas não assume”, “fica, mas não leva pra família”. Para o Pedro, a exclusão aparece nas relações, nas festas, nos trabalhos que nunca chegam.Hoje, ele é diretor, roteirista, ator, jornalista e influenciador. Vai com medo, mas vai. Porque acredita que pessoas com deficiência não só produzem arte como também transformam as narrativas de um país que insiste em não incluí-las.
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    7:02
  • Minha criança é uma menina e um menino ao mesmo tempo
    A Rosana descobriu que a vida de sua criança não seguiria os caminhos esperados quando um exame revelou uma síndrome rara: higienesia gonodal mista, que mostrou que a criança tinha cromossomos masculinos (XY) mas genitália feminina. A partir dali, a compreensão da Rosana sobre identidade e gênero mudou para sempre.Desde cedo, os sinais estavam presentes na criança. Durante muito tempo, a mãe acreditou que fosse apenas teimosia. Até que, em uma festa de Ano Novo, a criança passou a noite inteira parada, emburrada com o vestido que lhe vestiram. No fim, pediu para trocar de roupa: “essa roupa de menina é meu inimigo”. E com shorts e camiseta que lhe vestiram depois, correu e brincou como nunca. Ali ficou claro que não era birra, mas identidade.A rotina da mãe e da criança passou a incluir longas viagens para exames e acompanhamento. Por conta da sua síndrome, a criança não desenvolveu o crescimento e, por isso, toma diariamente hormônio do crescimento, enquanto médicos observam se seu corpo responde mais a estímulos masculinos ou femininos. Nesse momento, nem a mãe, nem a equipe médica se preocupam em definir se ela será menino ou menina, mas garantir saúde e um futuro.Nesse processo, Rosana que não tinha conhecimento nenhum sobre o que acontece com sua criança, entendeu que seu papel é ser seu alicerce. Hoje, ela entende que seu papel não é impor escolhas, mas apoiar. No mercado, quando alguém chama a criança de “menininho”, ela apenas observa o sorriso de alegria no rosto da criança. Em desenhos, a filha liga seu coração ao da mãe, reconhecendo nela o apoio para ser quem deseja ser.A história da Rosana e sua criança mostra que não se tem respostas para os mistérios da vida, seja ele identitário ou genético. E a partir disso, tudo que uma mãe ou um pai pode fazer é condicionar à sua criança amor, aceitação e respeito. Porque o mais importante é que essa criança cresça livre, feliz e sendo exatamente quem ela é.
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    8:03
  • Eu não sou meu prontuário. Eu preciso que antes você me olhe nos olhos
    Sandra descobriu o câncer de mama em um momento em que já não havia mais como esconder os sinais. Mas, diferente do que muitos poderiam imaginar, ela não deixou que o diagnóstico apagasse quem ela é. Tudo começou com um caroço que não deram muita importância e somente após algumas consultas, veio o diagnóstico: câncer de mama avançadoNo cuidado paliativo, Sandra encontrou qualidade de vida para fazer o que gosta, amar quem ama e ser quem é. Desde 2013, entre cirurgias, quimioterapias e renascimentos, ela encontrou um jeito de ajudar outras pacientes que cruzam seu caminho e de continuar vivendo. E vivendo com intensidade! Ela mesma diz “quando a morte chegar, vai me encontrar viva”.A história de Sandra não é sobre desistir, mas sobre continuar. Ela nos lembra que existe vida após o diagnóstico e que falar sobre o câncer de mama é essencial para ampliar o acesso à informação. Em muitos casos, o tratamento adequado no momento certo pode fazer toda a diferença e, até mesmo, a cura.Converse, informe-se e cuide de quem você ama. Conheça mais sobre essa causa da Campanha #AVidaEuTragoNoPeito: www.lilly.com/br/avidaeutragonopeito #WeAreLillyPP-AL-BR-1660 – JULHO 2025 – Material destinado ao público geral
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    7:39

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