Mil graus. O que pode acontecer nessa temperatura – real e metafórica? Qual o estado das coisas no calor extremo? Da resistência de um povo indígena no Maranhão...
Faz pouco mais de cinco décadas que os primeiros indígenas Yanomami entraram em contato com papel e caneta para se expressar por meio dos desenhos. Depois de conhecer a mítica fotógrafa Claudia Andujar, aquela geração de artistas inaugurou uma estética singular na tentativa de traduzir para o "homem branco" a riqueza da cosmologia e da tradição xamânica yanomami. Herdeiro dessa história e hoje um dos grandes expoentes da cena contemporânea brasileira, o artista Joseca Mokahesi Yanomami apresenta, no 38o Panorama da Arte Brasileira do MAM, seus traços que entrelaçam elementos da cultura Yanomami à luta pela existência de seu povo.
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5. A visão e a obra de Dona Romana de Natividade
No Tocantins, a mística Romana construiu um ambiente envolto em espiritualidade. E assim chamou a atenção do Brasil e do mundo. Em sua casa, estão espalhadas inúmeras esculturas que remetem a figuras humanas, pássaros gigantes, corpos celestes, torres e antenas entrelaçadas a fios. É esse entrelaçamento entre uma rica materialidade e a dimensão espiritual da obra de Romana que faz ela ser um dos destaques do 38º Panorama de Arte Brasileira do MAM.
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4. Autoficção e as reinvenções de si no abismo Brasil
Como viver, experimentar e criar em meio a abismos sociais e existenciais na maior metrópole do país? O grupo MEXA, surgido em São Paulo em um contexto de acolhida de pessoas LGBTQIA +, negras e com deficiência, tenta responder a isso misturando a auto-ficção e vida real, o absurdo e o mundano, o monumental e o que passa despercebido. Atuando no limite entre teatro e performance, o MEXA é um dos coletivos presentes no 38o Panorama da Arte Brasileira.
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3. Bate-bolas entre o funk e o carnaval
Esta é a história da Tropa do Gurilouko, um dos coletivos que participam do 38º Panorama da Arte Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Uma tropa que junta uma tradição de carnaval lá do começo do século XX, dos subúrbios cariocas, com a potência do funk e dos batidões contemporâneos. Uma mistura quente, explosiva, de alta voltagem.
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2. Encantaria e luta na Baixada maranhense
Conheça a história do povo e do território Akroá Gamella. Uma história de luta e tradição, que integra o 38º Panorama da Arte Brasileira, organizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. Uma história de resistência e energia de mil graus, como bem define uma das principais lideranças indígenas do território, localizado no Maranhão, o Kum’Tum. E que envolve o reconhecimento e o culto a seres encantados.
Mil graus. O que pode acontecer nessa temperatura – real e metafórica? Qual o estado das coisas no calor extremo? Da resistência de um povo indígena no Maranhão ao mundo místico de uma líder espiritual no Tocantins, passando pela mistura do funk com carnaval nos subúrbios cariocas, conheça algumas das histórias de quem faz o 38º Panorama da Arte Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, chegar a novos lugares-limite – sempre muitos quentes, vibrantes, transformadores.