Dezembro Laranja: câncer de pele nasce do sol da rotina, não do sol da piscina
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil registra anualmente mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma e 9 mil diagnósticos de melanoma. Mas você sabe a diferença entre um e outro?A primeira dúvida é clássica: basta usar somente o protetor? A resposta é dura, mas necessária: não. A propósito, usar o produto de forma inadequada é praticamente a mesma coisa que não usar - e a gente sabe como as pessoas erram feio nesse ponto. Tem quem ache que pele morena “não queima”, quem ignora pintas que mudam, quem normaliza aquela queimadura leve só porque não deu insolação. E é aí que o câncer de pele se instala: anos de pequenas negligências, dia após dia.O grande vilão não é aquele sol fortíssimo das férias na praia, mas o famoso sol da rotina, o mesmo que atinge quem trabalha dirigindo, quem passa o dia em lavouras, obras, feiras, ruas.E aí fica a pergunta: se o Brasil é um país ensolarado o ano inteiro, por que ainda tratamos proteção solar como algo sazonal? Hoje, conversamos com a Dra. Graziella Piló, médica oncologista, para entender como se proteger de verdade.
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Como diferenciar vício de hábito?
Quem nunca soltou (ou ouviu alguém dizer) um “sou viciado em Instagram”? Mas será que é vício mesmo ou... só costume? Um estudo publicado no Scientific Reports (Nature) mostra que nossa autopercepção anda bem distorcida: para cada pessoa realmente em risco de dependência, outras oito acreditam estar “viciadas” sem estarem.No levantamento, apenas 2% apresentaram sinais clínicos, enquanto 18% se declararam dependentes. Nesta quinta, quem ajuda nossas meninas a compreender melhor esse comportamento é o psiquiatra Bruno Brandão, que se junta à bancada para esclarecer o que é hábito, o que é compulsão e o que é só a gente se autodiagnosticando à toa.Chamar de vício aquilo que é apenas repetição pode bagunçar nossa relação com o próprio comportamento e ainda minimizar casos reais, que exigem cuidado. A dependência envolve perda de controle, sofrimento emocional, abstinência e prejuízo social. Já hábitos automáticos, como abrir o celular sem perceber, muitas vezes respondem ao tédio, ansiedade ou rotina… sem necessariamente virar um problema clínico.Então, como saber quando algo passa do ponto?
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Quem é você quando o relacionamento acaba?
Tem casais que viram quase uma entidade: não existem mais separados. Foto de perfil juntinha, vida social completamente compartilhada, amigos em comum - uma fusão total. Só que, quando a relação termina, surge uma questão ainda maior do que o rompimento: quem sou eu agora? E aí: quando essa relação deixa de existir, o que sobra?Muita gente se vê presa à própria imagem de “metade de um casal”. Algumas pessoas perdem relevância profissional, outras descobrem que não têm mais vida social independente, outras percebem que não sabem mais quem são sem a dinâmica a dois. Por outro lado, há quem reconstrua a própria história: pessoas que foram, por anos, “ex de alguém” e encontraram voz e propósito próprios depois do término.Como preservar a autonomia dentro da relação? Como não permitir que o casamento se transforme na sua principal identidade? E, quando o fim chega, como reencontrar a própria narrativa?
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A pressão por netos: até que ponto isso é aceitável?
A cena é comum e parece até doce: uma mãe dizendo que “sonha em ser avó”. Mas, quando esse sonho invade o espaço da filha, do filho... a conversa muda de tom. No episódio desta terça (09), nossa bancada destrincha esse tema que mexe com gerações inteiras. A frase recente da Xuxa, revelando o desejo de ter um neto, reacende o debate: existe o tempo de quem deseja… e o tempo de quem seria responsável por realizar esse desejo. Quantas mulheres não enfrentam o famoso “E aí, quando vem o bebê?”, como se maternidade fosse checklist obrigatório? Namorou, tem que noivar. Noivou, tem que casar. Casou, tem que ter filho. Filhou, tem que ter outro. Uma sequência automática que ignora desejos próprios, planos pessoais e até o simples fato de que nem toda mulher quer ou pode ser mãe.E quando a filha não quer ter filhos? Ou quando isso é íntimo demais para virar brincadeira de sobremesa no almoço de domingo? A pressão, por mais embrulhada em carinho que venha, pode machucar. Pode gerar culpa, conflito, ansiedade. Pode ultrapassar limites que deveriam ser sagrados.A pergunta que fica é: quando esse pedido é expressão de amor e quando vira egoísmo disfarçado? Como colocar limites sem romper laços importantes? E como quebrar essa tradição que empurra as mulheres para ciclos que deveriam acontecer apenas por vontade própria?
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A diferença entre o remédio e o veneno está na dose: os danos ao organismo dado consumo excessivo de suplementos e vitaminas
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2024 foram registradas 240 notificações de efeitos adversos causados por suplementos vitamínicos, sendo 28% deles graves. No mesmo período, mais de 62 mil anúncios irregulares foram removidos da internet - destes suplementos. A indústria movimenta mais de R$ 4 bilhões por ano no Brasil e muitos desses produtos são vendidos sem qualquer comprovação científica.Casos como o da empresária baiana, Perinalva Dias, que ficou 28 dias em coma após intoxicação por vitamina D, acendem o alerta sobre a banalização do uso dessas substâncias.Qual o procedimento para lidar com a intoxicação de vitaminas se cada uma se difere da outra dado seu grupo de nutrientes? Como saber que o excesso de uma específica está sendo a razão para o colapso na saúde de alguém? É só interromper o uso? É possível ter sequelas de uma ‘auto suplementação’? O que essa febre por “soros da imunidade” e megadoses de vitaminas revela sobre a nossa relação com o corpo e com a saúde? A gente prefere comprar polivitamínicos a comer bem? Até onde vai a responsabilidade das clínicas que vendem “soro milagroso” sem respaldo científico?
O debate feminino que discute de temas diversos, como relacionamentos, família, saúde, trabalho e lifestyle, de forma moderna, dinâmica e descontraída.