A isenção de IR até 5 mil e a cota de sacrifício dos militares, encrencados pela PF | FECHAMENTO CARTA
O governo anunciou nesta quarta-feira, 27 de novembro, um pacote econômico que, entre outras medidas econômicas, tem uma promessa eleitoral de Lula: o aumento para 5 mil reais da faixa de isenção do imposto de renda. Para compensar a perda de arrecadação, a equipe econômica quer cobrar mais imposto de gente rica, pessoas com ganhos mensais de 50 mil para cima. As duas propostas precisam de aprovação no Congresso para entrarem em vigor, debate que ficará para 2025.
O pacote começou a ser preparado há dois meses por causa de pressões do tal do “mercado” por corte de gastos. A turma da Faria Lima, que errou por muito suas previsões sobre o PIB brasileiro no primeiro biênio de Lula, diz que, sem corte de gastos, haverá inflação e, portanto, juro mais alto por parte do Banco Centra (BC). Essa turma não gostou do pacote por causa da tentativa de mexer no imposto de renda.
Outra proposta do pacote afeta os militares (para pior), mas estes não estão em condições de reclamar. Estão encrencados por causa das descobertas e conclusões da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe contra o resultado da eleição de 2022, uma conspiração para manter Jair Bolsonaro no poder. Alvos de uma reforma da Previdência generosa no governo do capitão, que lhes garantiu até aumento de salário, fardados terão idade mínima de 55 anos para darem baixa do quartel e entrarem na reserva, caso o pacote lulista passe no Congresso.
A semana viu ainda uma guerra do supermercado francês Carrefour contra a carne do Brasil. O avanço entre deputados de uma proposta que proíbe aborto em qualquer circunstância, inclusive nas situações permitidas atualmente. E o início de um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode botar as redes sociais ao alcance de punições pelo conteúdo postado por seus usuários.
Esses são os principais temas do Fechamento desta quinta-feira, 28 de novembro, a partir das 18h. Participam do programa os jornalistas André Barrocal e Mariana Serafini e, como convidado, o deputado Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro.