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Freud Que Eu Te Escuto

Alexandre Spinelli Ferreira
Freud Que Eu Te Escuto
Último episódio

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5 de 173
  • Por Que a Guerra? (Carta a Eisntein, 1932)
    Neste episódio, apresento a leitura de Por que a Guerra?, a famosa correspondência entre Sigmund Freud e Albert Einstein, escrita em 1932 a convite da Liga das Nações. Nela, dois dos maiores pensadores do século XX dialogam sobre uma das questões mais urgentes e dolorosas da humanidade: será possível livrar os homens da fatalidade da guerra?Einstein pergunta, com angústia racional: “Há alguma forma de libertar a humanidade da ameaça da guerra?” — e Freud responde com a serenidade de quem conhece o terreno obscuro da alma: “Direito e violência são, na verdade, a mesma coisa; o direito é apenas a violência de uma comunidade organizada.”Ao longo da carta, Freud percorre temas como a origem da agressividade, o instinto de morte, o papel da cultura e a difícil transformação da violência em laço social. “Tudo o que produz laços emocionais entre as pessoas tem efeito contrário à guerra”, escreve, antecipando o que hoje chamaríamos de educação emocional e ética coletiva.Com lucidez e desalento, Freud reconhece que o fim das guerras dependeria não de tratados, mas de um amadurecimento interno da humanidade: “A guerra contraria de forma gritante as atitudes psíquicas que o processo cultural nos impõe. Simplesmente não mais a suportamos.”Este é um dos textos mais comoventes e visionários de Freud — um apelo à razão e à empatia, escrito às vésperas da Segunda Guerra Mundial.📖 Texto publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai
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    30:00
  • O Prêmio Goether (1930)
    Neste episódio, apresento a leitura de O Prêmio Goethe (1930), composto pela Carta ao Dr. Alphonse Paquet e pelo Discurso na Casa de Goethe, em Frankfurt — textos em que Freud reflete sobre sua relação com Goethe, a psicanálise e o lugar do pensamento científico diante da arte e da genialidade.Em tom ao mesmo tempo comovido e lúcido, Freud confessa: “Como até agora não fui mimado por homenagens públicas, arranjei-me de modo a poder passar sem elas.” No entanto, deixa transparecer a alegria genuína de receber o prêmio que leva o nome do homem que mais admirava entre os escritores alemães.Em seu discurso, lê-se o tributo de um pensador ao outro: Freud aproxima Goethe de Leonardo da Vinci e reconhece em ambos o impulso de compreender as forças que movem a alma humana. “O trabalho de minha vida teve uma única meta: observar os distúrbios mais sutis das funções psíquicas de pessoas sãs e doentes.”Ele reconhece em Goethe um precursor das ideias psicanalíticas — alguém que, muito antes de Freud, intuía os vínculos inconscientes, a força dos afetos primordiais e o papel dos sonhos: “Aquilo que não sabido ou não pensado pelos homens no labirinto do peito vaga durante a noite.”Mais que uma homenagem, o texto é um diálogo entre dois gigantes — um poeta e um analista — sobre o enigma da criação, da culpa e da condição humana.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai
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    13:29
  • Textos Breves (1926-1929)
    Neste episódio, leio uma coletânea de escritos curtos de Freud, produzidos entre 1926 e 1929. São textos de ocasião, homenagens, discursos e reflexões rápidas que, embora menos conhecidos, revelam muito da sua voz pessoal, de suas amizades e da forma como articulava ciência, cultura e vida.Entre eles estão:Carl Abraham, 1877–1925 – homenagem emocionada ao amigo e colaborador, falecido precocemente.A Romain Rolland, no 60o aniversário – carta que combina admiração e reconhecimento pelo trabalho e pela humanidade de Rolland.Discurso na Sociedade Filhos da Aliança – em que Freud fala sobre sua relação com o judaísmo e sobre a importância de pertencimento.Apresentação de artigo de E. Pickworth Farrow – breve introdução que sublinha a relevância do texto de um colega.A Ernest Jones, no 50o aniversário – mensagem que relembra a trajetória e a contribuição de um dos maiores divulgadores da psicanálise.Carta sobre alguns sonhos de Descartes – reflexão curiosa sobre sonhos do filósofo, distinguindo o que se pode ler como expressão consciente e inconsciente.Textos curtos, mas que revelam um Freud humano, em diálogo constante com seus pares, ora íntimo e afetuoso, ora preciso e científico. Um mergulho em registros que nem sempre chegam ao grande público, mas que ajudam a compreender a dimensão viva de sua obra.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠https://amzn.to/4nRKhCf⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL⁠
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    13:46
  • Carta a Theodor Reik
    Neste episódio, apresento a leitura da Carta a Theodor Reik, escrita por Freud em 14 de abril de 1929. Trata-se de um documento curto, mas revelador, em que Freud deixa transparecer tanto sua relutância em escrever quanto suas percepções críticas a respeito da ética, da psicanálise e até mesmo de Dostoiévski.Ele reconhece a natureza provisória e até “descuidada” do texto, confessando: “Agora só escrevo com relutância. Certamente você notou essa característica.” Ainda assim, a carta oferece passagens valiosas sobre a luta contra a masturbação, o sentimento de culpa e o vínculo entre neurose e compulsão.Freud também faz observações pessoais e incisivas, como quando afirma: “Com toda a minha admiração pela intensidade e superioridade, eu não gosto de Dostoiévski. Minha paciência com naturezas patológicas se esgota na análise delas.”Além disso, dialoga com Reik sobre visões da ética — a objetiva e a subjetiva — e sobre sua postura diante do futuro da humanidade. Apesar de reconhecer o pessimismo de seu interlocutor, Freud mantém uma réstia de abertura: “Apenas a pesquisa científica deve ser isenta de pressupostos. Nos outros tipos de reflexão, não se pode evitar a escolha de ponto de vista.”Um texto breve, mas carregado de densidade, que mostra um Freud humano, crítico e, de certo modo, cansado.📖 Artigo publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠https://amzn.to/4nRKhCf⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL
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    4:17
  • Dostoiévski e o Parricídio (1928)
    Neste episódio do Freud Que Eu Te Escuto, lemos um dos textos mais instigantes do volume tardio de Freud: Dostoiévski e o Parricídio (1928). Nele, Freud mergulha na complexa personalidade de Dostoiévski, entre o escritor genial, o moralista contraditório, o pecador e o neurótico.Freud questiona: “Como devemos nos orientar nessa desconcertante complexidade?” e aponta que, se como escritor Dostoiévski alcançou alturas próximas a Shakespeare, como moralista acabou por se submeter às autoridades seculares e espirituais, desperdiçando a chance de se tornar libertador dos homens.Um dos pontos centrais do ensaio é a relação entre os ataques epilépticos do autor e a neurose, compreendida a partir do assassinato do pai e do sentimento de culpa que o acompanha. Freud afirma: “O parricídio é o crime principal e primordial, tanto da humanidade como do indivíduo. É, de todo modo, a fonte principal do sentimento de culpa.”No texto, vemos também a articulação entre o complexo de Édipo, a bissexualidade latente, a formação do supereu e a necessidade de punição. Para Freud, “Todo castigo é, no fundo, a castração, e, como tal, realização da velha atitude passiva para com o pai.”Dostoiévski aparece, assim, como alguém dilacerado entre genialidade literária e compulsões destrutivas, entre amor desmedido e culpa esmagadora, entre a busca de redenção e a submissão à autoridade.Prepare-se para uma leitura densa e fascinante, em que literatura, psicanálise e tragédia pessoal se entrelaçam.📖 Artigo publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: https://amzn.to/4nRKhCf📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL
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    39:54

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Sobre Freud Que Eu Te Escuto

Descubra a obra e a vida de Freud de forma acessível! No nosso podcast, você encontrará leituras cuidadosas de artigos, cartas e outros textos de Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise. Cada episódio é uma oportunidade para aprofundar seu conhecimento sobre psicanálise e explorar os pensamentos e teorias que revolucionaram a compreensão da mente humana. Utilizamos as traduções de Paulo César de Souza, da Cia das Letras. Se está gostando do podcast e quer nos ajudar a continuar, que tal se tornar um assinante? Clique aqui: https://creators.spotify.com/pod/profile/freudqueeuteescuto/subscribe
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