No final do século 19, o exército matou todos os habitantes do povoado de Canudos, na Bahia, inclusive o líder, Antônio Conselheiro. Em 1902, em "Os sertões", E...
O jovem engenheiro militar Euclides da Cunha era um entusiasta da República quando, em 1897, tornou-se correspondente de guerra do jornal O Estado de S. Paulo em Canudos. No povoado baiano, Antônio Conselheiro liderava um movimento cristão com ideias monarquistas. A região chegou a ter 25 mil habitantes. Poucos sobreviveram. Em 1902, em Os sertões, Euclides classificou a vitória do Exército como “um crime”.
O primeiro episódio da série Sertões: histórias de Canudos discute como o massacre transformou a visão do escritor sobre o Brasil. E como sua obra-prima ajudou a perpetuar Canudos no imaginário nacional.
Entrevistados do episódio:
Walnice Nogueira Galvão, crítica literária e professora da USP, autora de diversos livros sobre Euclides e organizadora da edição crítica de Os sertões (2016);
Francisco Foot Hardman, crítico literário e professor da Unicamp, organizador de Ensaios e inéditos (2019), com textos desconhecidos de Euclides.
Concepção, roteiro e apresentação: Guilherme Freitas
Edição: Luiza Silvestrini
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Mixagem e finalização: Cláudio Antônio
Gravação: Filipe Di Castro, Lilla Stipp, Rebeca Montanha e Érico Sanvicente
Locução: Fernando Alves Pinto
Trilha sonora: Fábio Paes
Vídeos: Maria Clara Villas
Identidade visual: Clarice Pamplona
Distribuição: Mario Tavares
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23:54
Episódio 2 – A história dos vencidos
Durante muito tempo, a história de Canudos foi contada do ponto de vista dos vencedores. Este episódio reconstitui a trajetória de Antônio Conselheiro e a vida no arraial antes do massacre, a partir de conversas com o pesquisador Pedro Lima Vasconcellos e o historiador Manoel Neto. Eles discutem as características do homem do sertão forjadas por Euclides da Cunha.
Entrevistados:
Pedro Lima Vasconcellos, historiador e professor da Universidade Federal de Alagoas, autor de Antônio Conselheiro por ele mesmo (2017), com textos e sermões do beato;
Manoel Neto, historiador, pesquisador do Centro de Estudos Euclides da Cunha, da Universidade Federal da Bahia.
Concepção, roteiro e apresentação: Guilherme Freitas
Edição: Luiza Silvestrini
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Mixagem e finalização: Cláudio Antônio
Gravação: Filipe Di Castro, Lilla Stipp, Rebeca Montanha e Érico Sanvicente
Locução: Fernando Alves Pinto
Trilha sonora: Fábio Paes
Vídeos: Maria Clara Villas
Identidade visual: Clarice Pamplona
Distribuição: Mario Tavares
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28:56
Episódio 3 – Visões do sertão
Desde Flávio de Barros, autor das únicas imagens conhecidas da guerra, Canudos fascina fotógrafos das mais diversas origens. Entre 1967 e 1972, Maureen Bisilliat, inglesa radicada no Brasil, percorreu o Nordeste. Voltou com uma obra hoje clássica, Sertão: luz & trevas. Nos anos 1990, o baiano Evandro Teixeira mergulhou na região para um livro sobre o centenário do conflito.
Entrevistados:
Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS;
Maureen Bisilliat, fotógrafa, autora de Sertões: luz & trevas (1982), inspirado na obra de Euclides;
Evandro Teixeira, fotógrafo e autor do livro Canudos: 100 anos (1997) e de outros trabalhos a partir de viagens à região.
Imagem do episódio: Cerca de 400 detidos pelo Exército. Todos foram mortos. Flávio de Barros
As 71 fotos de Flávio de Barros no acervo da Brasiliana Fotográfica.
Concepção, roteiro e apresentação: Guilherme Freitas
Edição: Luiza Silvestrini
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Mixagem e finalização: Cláudio Antônio
Gravação: Filipe Di Castro, Lilla Stipp, Rebeca Montanha e Érico Sanvicente
Locução: Fernando Alves Pinto
Trilha sonora: Fábio Paes
Vídeos: Maria Clara Villas
Identidade visual: Clarice Pamplona
Distribuição: Mario Tavares
Entrevista com Maureen Bisilliat:
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27:12
Episódio 4 – Ecos de Euclides
Euclides da Cunha é o autor homenageado em 2019 na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), 110 anos depois de sua morte. A escolha traduz o interesse que sua obra continua despertando. Dois artistas que têm especial relação com Os sertões, o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa e o escritor Milton Hatoum, avaliam o que o livro ainda pode nos dizer sobre o Brasil de hoje.
Entrevistados:
José Celso Martinez Corrêa, diretor teatral, encenou em 2002 uma adaptação de Os sertões com o Teatro Oficina;
Milton Hatoum, romancista, autor de ensaios sobre Euclides, um deles incluído na edição dos Cadernos de Literatura Brasileira (IMS) dedicada ao escritor.
Imagem do episódio: Foto do livro “Sertões: luz & trevas” (1982), de Maureen Bisilliat/Acervo IMS
Concepção, roteiro e apresentação: Guilherme Freitas
Edição: Luiza Silvestrini
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Mixagem e finalização: Cláudio Antônio
Gravação: Filipe Di Castro, Lilla Stipp, Rebeca Montanha e Érico Sanvicente
Locução: Fernando Alves Pinto
Trilha sonora: Fábio Paes
Vídeos: Maria Clara Villas
Identidade visual: Clarice Pamplona
Distribuição: Mario Tavares
Entrevista com José Celso Martinez Corrêa:
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34:47
Episódio 5 – Canudos é aqui
O último episódio da série entra na Canudos de hoje. A presença da guerra e do livro de Euclides da Cunha no imaginário e no cotidiano da região são os temas das conversas com o historiador João Batista e o músico Fábio Paes.
Entrevistados:
Fábio Paes, pesquisador, músico e professor da Universidade Católica de Salvador, autor do disco Canudos e cantos do sertão (1992);
João Batista, pesquisador e guia no Parque Estadual de Canudos.
Imagem do episódio: Ruínas de Canudos submersas no açude de Cocorobó, nos anos 1990. Foto de Evandro Teixeira
Concepção, roteiro e apresentação: Guilherme Freitas
Edição: Luiza Silvestrini
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Mixagem e finalização: Cláudio Antônio
Gravação: Filipe Di Castro, Lilla Stipp, Rebeca Montanha e Érico Sanvicente
Locução: Fernando Alves Pinto
Trilha sonora: Fábio Paes
Vídeos: Maria Clara Villas
Identidade visual: Clarice Pamplona
Distribuição: Mario Tavares
No final do século 19, o exército matou todos os habitantes do povoado de Canudos, na Bahia, inclusive o líder, Antônio Conselheiro. Em 1902, em "Os sertões", Euclides da Cunha chamou a ação de "crime". A obra se tornou uma das mais importantes da literatura brasileira. As histórias da guerra, do livro e do autor são contadas nesta série, que tem concepção, roteiro e apresentação do jornalista Guilherme Freitas. Ele entrevista estudiosos, artistas e um canudense, morador da região. Trechos de "Os sertões" são lidos pelo ator Fernando Alves Pinto.