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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • IBC-Br tem forte queda em maio
    O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que funciona como uma prévia do PIB, recuou 0,74% na comparação com abril. O resultado surpreendeu negativamente o mercado, vindo abaixo das estimativas mais pessimistas, de retração de 0,5%. A contração reforça a preocupação com o enfraquecimento do ritmo da economia no segundo trimestre em meio a uma política monetária restritiva para combater a inflação causada pela política fiscal expansionista. Na composição do índice, a queda foi espalhada entre os setores. A agropecuária, que havia sido motor de crescimento nos meses anteriores, caiu 4,25%. Excluindo o setor agro, a atividade também mostrou fraqueza com retração de 0,31% no agregado dos demais setores. A indústria caiu 0,52%, enquanto os serviços mostraram variação praticamente nula, de apenas 0,01%. Esse comportamento puxou para baixo o “carrego estatístico” do segundo trimestre, ou seja, a herança estatística deixada pelo mês de maio. Então, mesmo que junho traga algum alívio, o trimestre como um todo tende a registrar crescimento modesto. O dado de maio marca a primeira queda do IBC-Br no ano, tanto no índice cheio quanto ao se desconsiderar o setor agro. O resultado acendeu alertas no mercado, especialmente por ocorrer em um momento de dúvidas sobre os contínuos estímulos fiscais. A atividade econômica vem dando sinais de desaceleração, mesmo com tantos estímulos e cresce a preocupação com os impactos do aumento das tarifas dos EUA contra produtos brasileiros, que pode comprometer as exportações e o desempenho da economia ao longo do segundo semestre. Projeções de crescimento para 2025 já começaram a ser revistas. O impacto das tarifas americanas, caso integralmente implementadas, pode derrubar o PIB em até 0,9 ponto percentual no acumulado de 12 meses, com reflexos mais concentrados a partir de 2026. No curto prazo, a leitura é que parte do impacto pode começar a ser sentido já neste segundo semestre, afetando decisões de investimento e exportações. A forte queda do IBC-Br pode ser interpretado como um sinal de que a economia está perdendo ritmo, especialmente nos setores que mais sentem os efeitos dos juros altos. Esse enfraquecimento da atividade está dentro do que o Banco Central esperava. Ainda assim, a economia segue operando acima do que seria considerado um nível seguro para evitar pressão sobre os preços, ou seja, o hiato do produto continua pressionado. Por isso, mesmo com sinais de desaceleração, o BC ainda vê necessidade de manter os juros elevados por mais tempo.
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  • Semana Econômica - 14/07/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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  • Inflação supera teto da meta e obriga nova carta do BC
    O IPCA registrou alta de 0,24% em junho, ligeiramente abaixo da taxa de 0,26% observada em maio, mas, com esse resultado, o índice acumula avanço de 2,99% no ano e de 5,35% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação e exigindo uma nova carta explicativa do Banco Central ao Ministério da Fazenda, pois a inflação se manteve por mais de seis meses fora do intervalo de tolerância da meta, fixada em 3% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A autoridade monetária prevê o retorno da inflação ao intervalo da meta apenas no primeiro trimestre de 2026. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Alimentação e bebidas apresentou deflação no mês (-0,18%), interrompendo uma sequência de nove meses consecutivos de alta, puxada sobretudo pela queda nos preços de itens como ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). Já a alimentação fora do domicílio seguiu em alta (0,46%). Nos demais grupos, destacaram-se as variações em Habitação (0,99%), impulsionada pelo aumento da energia elétrica residencial (2,96%) em razão da bandeira tarifária vermelha, e em Vestuário (0,75%), com destaque para os aumentos em roupas masculinas (1,03%) e calçados (0,92%). A energia elétrica residencial foi o subitem de maior impacto no índice do mês, contribuindo com 0,12 p.p. para o IPCA de junho. No acumulado do ano, a alta já chega a 6,93%, a maior variação para o primeiro semestre desde 2018, quando havia atingido 8,02%. No grupo Transportes (0,27%), mesmo com o recuo nos combustíveis (-0,42%), o índice foi pressionado pela disparada nas corridas por aplicativo (13,77%) e nos serviços de conserto de automóveis (1,03%). Já o grupo Saúde e cuidados pessoais mostrou desaceleração (0,07%), e Educação permaneceu estável (0,00%). Regionalmente, a maior variação foi registrada em Rio Branco (0,64%), influenciada pelo aumento nos preços de cinema, teatro e concertos (77,22%), após o fim de promoções de meia-entrada, além do reajuste da energia elétrica. Já Campo Grande teve a menor variação (-0,08%), reflexo principalmente da queda nos preços de frutas e gasolina. Na média nacional, todas as regiões metropolitanas e capitais apresentaram alguma variação, com destaque também para Belo Horizonte (0,53%), Fortaleza (0,37%) e Recife (0,33%). A carta aberta enviada pelo Banco Central informa que a inflação acima do intervalo de tolerância é consequência de diversos fatores, como atividade econômica aquecida, expectativas de inflação desancoradas, inércia inflacionária e depreciação cambial. Ao se decompor a inflação, O BC informa que diversos fatores contribuíram para o desvio da meta. Os principais fatores que contribuíram para o desvio de 2,35 p.p. da inflação em relação à meta foram: a inércia dos doze meses anteriores (contribuição de 0,69 p.p.), as expectativas de inflação (0,58 p.p.), o hiato do produto (0,47 p.p.), a inflação importada (0,46 p.p.), a bandeira tarifária de energia elétrica (0,27 p.p.) e demais fatores (-0,12 p.p.). Para tentar trazer a inflação de volta à meta de 3%, o Banco Central já vem subindo os juros desde o fim de 2024. A autoridade monetária acredita que os efeitos desse aperto devem começar a aparecer de forma mais clara nos próximos trimestres, com expectativa de que a inflação volte para dentro dos limites da meta a partir do início de 2026. A carta também deixa claro que, se necessário, novas ações serão tomadas. O problema, segundo os dados apresentados, continua sendo oriundo da política fiscal expansionista, que procura equilíbrio fiscal somente através do aumento de arrecadação, com crescimento persistente das despesas.
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  • Nova tarifa dos EUA ameaça setores-chave da economia brasileira
    A tarifa de 50% sobre as importações americanas oriundas do Brasil, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto, caso não haja um acordo entre Brasil e Estados Unidos, de fato traz impactos para a economia brasileira. Para se ter uma ideia, os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, tanto nas exportações quanto nas importações. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o Brasil registrou um saldo negativo de 1,6 bilhão de dólares no comércio com os americanos. Vale lembrar que o Brasil ainda é uma economia bastante fechada, onde as exportações representam 18% do PIB, e 12% delas têm como destino os EUA. Embora o impacto seja considerado baixo em termos agregados, ele preocupa quando se olha para setores específicos e para o futuro da relação comercial entre os dois países. Setores como o agronegócio e a indústria, especialmente de alimentos processados, de aeronaves e de grandes empresas como Embraer, Vale, JBS, Suzano e BRF, devem ser impactados com essa medida, caso ela de fato entre em vigor. Produtos como suco de laranja, café e aeronaves brasileiras podem ter seus preços impactados, o que pode levar a uma desaceleração da atividade econômica nacional. O país precisará buscar novos parceiros comerciais, um processo que demanda tempo, negociações e reposicionamento dos produtos em outros mercados consumidores. Os EUA são uma potência econômica e um dos maiores consumidores globais, o que torna ainda mais urgente a busca por uma solução diplomática. É fundamental que haja diálogo para negociar alternativas, como a redução da tarifa ou a adoção de salvaguardas. Retaliar neste momento não é o melhor caminho, pois pode agravar ainda mais a relação internacional, que é historicamente próspera entre os dois países.
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  • Saldo da balança comercial brasileira no primeiro semestre é o pior desde 2020
    A balança comercial brasileira registrou um superávit acumulado de US$ 30,1 bilhões no primeiro semestre de 2025. O resultado representa o pior desempenho para o período desde 2020, quando o superávit havia sido de US$ 22,3 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2024, a queda foi de 27,6%, já que no primeiro semestre do ano passado o saldo positivo foi de US$ 41,6 bilhões. Esse recuo na balança comercial se explica por uma combinação de exportações em retração e importações em forte alta. As exportações somaram US$ 165,9 bilhões no acumulado de janeiro a junho, queda de 0,7% frente ao mesmo intervalo de 2024. Já as importações totalizaram US$ 135,8 bilhões, um avanço anual de 8,3%. O resultado tem mostrado uma contínua elevação das importações brasileiras de bens intermediários e de consumo final, o que não é um bom sinal. No mês de junho, o superávit comercial foi de US$ 5,9 bilhões, inferior ao registrado em junho do ano passado (US$ 6,3 bilhões), uma queda de 6,9%. O desempenho ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava um superávit em torno de US$ 6,5 bilhões. Trata-se, ainda, do pior resultado para o mês desde 2019, superando o resultado negativo da pandemia de 2020. A análise por setores da atividade econômica ajuda a entender esse resultado. No acumulado do semestre, a indústria de transformação liderou as exportações, com US$ 88,5 bilhões e crescimento de 4,7% em relação a 2024. A agropecuária teve leve queda de 0,6%, com US$ 39,1 bilhões exportados, enquanto a indústria extrativa apresentou um recuo mais acentuado, de 11,8%, com vendas externas de US$ 37,3 bilhões. Por tipo de produto, os bens intermediários lideraram as importações no semestre, com US$ 81,2 bilhões e crescimento de 10,7%. Os bens de capital também avançaram (US$ 21 bilhões, 27,3%), impulsionados por maior demanda externa por máquinas e equipamentos. Já os combustíveis apresentaram uma queda acentuada de 17,8%, somando US$ 12,6 bilhões no semestre. Os bens de consumo, por sua vez, cresceram modestamente (3,5%), totalizando US$ 20,9 bilhões. Considerando apenas o mês de junho, em relação às exportações, o destaque positivo foi novamente a indústria de transformação, com US$ 15,8 bilhões exportados e alta anual de 10,9%. Em contrapartida, a agropecuária recuou 10% (US$ 6,9 bilhões), e a indústria extrativa caiu 6,2% (US$ 6,2 bilhões), sinalizando uma queda mais significativa na exportação de commodities. Já em relação às importações, houve alta de 8,4% nos bens intermediários (US$ 13,7 bilhões) e de 11,6% nos bens de capital (US$ 3,4 bilhões), enquanto os combustíveis caíram 16% (US$ 2 bilhões) e os bens de consumo recuaram 3,8% (US$ 4,2 bilhões). Os dados detalhados de exportações em junho apresentaram queda em importantes produtos e destinos. Na agricultura, a soja recuou 12,5% em valor, com redução tanto na quantidade embarcada quanto nos preços. A indústria extrativa também teve desempenho negativo, com destaque para o minério de ferro (-8,6%) e o petróleo bruto (-2,1%). Já na indústria de transformação, apesar do avanço nas exportações de carne bovina, outros produtos como carne de aves e celulose registraram fortes quedas. Em termos de destinos, a Ásia manteve liderança, puxada pela China, enquanto a Europa teve retração de 11,2%. Por outro lado, a América do Sul cresceu 34,1%, com destaque para o Mercosul e a Argentina. Enquanto isso, as importações cresceram em diversos segmentos, com destaque para aeronaves (45,1%) e motores e máquinas não elétricos (37,5%), enquanto veículos de passageiros (-27,2%) e óleos combustíveis (-22,0%) apresentaram queda. A Ásia seguiu como principal origem das importações, especialmente a China, com alta de 4,5%. Houve também aumento nas compras da União Europeia e dos Estados Unidos, refletindo maior demanda por bens industriais. O fraco desempenho do saldo da balança comercial tem influência de dois fatores: a desaceleração das exportações de commodities combustíveis e agrícolas e o aumento considerável das importações. O resultado sofre influência externa de uma desaceleração contínua da economia chinesa e das tarifas de Trump, onde ambos reduziram o ritmo de crescimento da economia mundial. Por outro lado, o Brasil tem aumentado suas importações, o que reflete um cenário de menor relevância da indústria nacional no fornecimento desses produtos.
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