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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • O COPOM trouxe uma frustração nas expectativas do mercado, que aguardava um corte já em janeiro, e apresentou diversos argumentos de incertezas à frente da economia
    O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa de juros em 15% ao ano e reafirmou a necessidade de cautela diante das incertezas, da inflação de serviços e da desancoragem das expectativas. Essa decisão frustrou parte do mercado, principalmente o setor produtivo, que esperava o início da redução da taxa de juros já em janeiro. Agora, esse movimento só deve acontecer em março, caso não tenhamos nenhuma surpresa até lá. A análise trouxe um banho de água fria para quem estimava esse início de corte nos dias 27 e 28 de janeiro. No comunicado, o COPOM reforçou a necessidade de cuidado e cautela diante de um cenário de elevada incerteza. Os dirigentes do Banco Central mantiveram a estratégia de juros altos por um período prolongado, a fim de garantir a convergência da inflação para a meta. De acordo com o Comitê, ainda há riscos importantes para a inflação, como a desancoragem das expectativas, a resiliência da inflação de serviços e a combinação das políticas econômicas interna e externa. As previsões do mercado agora apontam para uma taxa de juros em 12% no final de 2026, com início dos cortes em março e reduções de 0,50 p.p. por reunião até alcançar os 12% em novembro. Essa é a maior aposta do mercado. Porém, esse cenário pode mudar caso 2026 registre um forte impulso fiscal, com gastos elevados por conta das eleições presidenciais e estaduais. Enquanto isso, nos Estados Unidos houve uma redução de 0,25 p.p., mas com um comunicado que também trouxe preocupações quanto ao horizonte da taxa de juros americana. O Fed sinalizou que pode haver uma pausa dessas reduções nas próximas reuniões para observar melhor o comportamento do mercado e da economia. Assim, o balanço da Superquarta foi marcado por redução de juros nos Estados Unidos e manutenção da taxa aqui no Brasil.
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  • Inflação abaixo do teto da meta pela primeira vez desde setembro do ano passado
    O IPCA registrou alta de 0,18% em novembro. O resultado do mês ficou 0,09 p.p. acima da taxa observada em outubro, mas 0,21 p.p. abaixo de novembro de 2024, acumulando alta de 3,92% no ano e de 4,46% nos últimos 12 meses. Esta foi a primeira leitura do acumulado de 12 meses, onde a inflação ficou levemente abaixo dos 4,5%, teto da meta de inflação, desde o ano passado, apontando uma trajetória de convergência para a meta, apesar de ainda distante. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram variação positiva no mês. Os maiores impactos vieram de Despesas pessoais, que subiu 0,77%, e Habitação, com alta de 0,52%, ambos contribuindo com 0,08 p.p. para o IPCA de novembro. No grupo Despesas pessoais, o principal destaque foi a alta da hospedagem, que avançou 4,09% e sozinha respondeu por 0,03 p.p. do índice do mês. Esse movimento foi fortemente influenciado pela significativa variação observada em Belém, onde os preços do subitem subiram 178,93% em função da COP 30 (Conferência do Clima da ONU). Após a queda de 0,30% em outubro, o grupo Habitação voltou a registrar alta em novembro, impulsionado principalmente pela energia elétrica residencial, que avançou 1,27% e teve impacto de 0,05 p.p. no IPCA. A variação refletiu a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Com isso, a energia elétrica acumula alta de 15,08% no ano e de 11,41% em 12 meses, sendo o item de maior impacto inflacionário nesses dois períodos. Em Transportes, a alta de 0,22% foi puxada sobretudo pelo aumento de 11,90% nas passagens aéreas. Em sentido oposto, os combustíveis registraram queda de 0,32%, com recuos no gás veicular, na gasolina e no óleo diesel, enquanto o etanol foi o único a apresentar alta. O grupo também considerou os efeitos de gratuidades concedidas no transporte público em algumas capitais, em razão de feriados e da realização do ENEM. Já o grupo Artigos de residência apresentou a maior queda entre todos, com recuo de 1,00%, influenciado principalmente pelas reduções nos preços de eletrodomésticos, equipamentos (-2,44%) e itens de TV, som e informática (-2,28%). Enquanto isso, Saúde e cuidados pessoais tiveram variação negativa de 0,04%, sobretudo, da queda de 1,07% nos preços dos artigos de higiene pessoal. Por fim, Alimentação e bebidas voltou ao campo negativo, com variação de -0,01%. A alimentação no domicílio caiu 0,20%, registrando a sexta retração consecutiva, com destaque para as quedas nos preços do tomate (-10,38%), do leite longa vida (-4,98%) e do arroz (-2,86%). Em contrapartida, houve altas no óleo de soja (2,95%) e nas carnes (1,05%). Já a alimentação fora do domicílio avançou 0,46%, embora com desaceleração tanto no lanche quanto na refeição. Regionalmente, a maior variação mensal do IPCA foi registrada em Goiânia (0,44%), influenciada principalmente pela alta da energia elétrica e das carnes. Em sentido oposto, Aracaju apresentou a menor taxa do país (-0,10%), refletindo as quedas no conserto de automóvel e na gasolina. No acumulado de 12 meses, os maiores índices foram observados em Vitória (5,31%) e São Paulo (5,04%), enquanto Campo Grande (3,42%) e Rio Branco (3,21%) ficaram entre os menores. A inflação continua sua trajetória de queda, com juros altos e desaquecimento da economia, mas a situação pode ser revertida no ano que vem, com aumentos de gastos, via impulso fiscal proporcionado pelas eleições presidenciais e dos estados, impactando o IPCA em 2026 e trazendo mais dificuldades para que o efeito da política monetária restritiva seja sentido.
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  • Superquarta deveria ajudar o câmbio, mas fator político está atrapalhando
    A Superquarta desta semana deve confirmar uma nova queda da taxa de juros nos Estados Unidos, passando dos atuais 4% para 3,75% ao ano, corroborada pelos dados recentes de inflação e emprego, que reforçam essa expectativa de redução. Aqui no Brasil, é praticamente certo que a taxa de juros será mantida nos atuais 15% ao ano, apesar de os dados mostrarem forte desaceleração do PIB nos últimos dois trimestres: crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre, após 0,4% no segundo trimestre. Os dados de inflação também mostram acomodação nos reajustes de preços. O problema segue sendo a questão fiscal, com diversas ações do governo para expansão de gastos, principalmente aqueles fora do arcabouço fiscal, que já somam mais de R$ 140 bilhões nos últimos anos e devem se intensificar no ano que vem, dificultando a redução dos juros. Ainda assim, há expectativa de queda da taxa já no início de 2026, com previsão de encerrar o próximo ano em 12%. Nos últimos dias, porém, um componente político tem complicado bastante a situação, especialmente no câmbio. O anúncio de que Flávio Bolsonaro será o candidato da direita à presidência fez com que, na sexta-feira e hoje, o dólar registrasse forte alta. Isso pode impactar a inflação brasileira, já que muitos insumos são importados, e pode levar a revisões da projeção de juros para o ano que vem. Mas, por enquanto, para esta Superquarta, devemos ter o cenário já mencionado.
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  • Semana Econômica - 08/12/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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