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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • Contas externas em setembro apresentam déficit recorde
    O balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 9,8 bilhões nas transações correntes, o maior para meses de setembro desde o início da série histórica e um crescimento de 32,4% em relação a 2024. O resultado negativo, superior ao déficit de US$ 7,4 bilhões registrado em setembro de 2024, foi totalmente coberto por um volume recorde de Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 10,7 bilhões no mesmo mês e foi recorde para o mês de setembro. O aumento do saldo negativo foi influenciado principalmente pela redução do superávit da balança comercial de bens e pela ampliação do déficit em renda primária, embora parcialmente compensados por um menor déficit em serviços e um leve aumento do superávit em renda secundária. No acumulado de 12 meses até setembro, o déficit em transações correntes alcançou US$ 78,9 bilhões, equivalente a 3,61% do PIB, ampliando em relação aos 3,53% registrados em agosto e 2,23% no mesmo período do ano anterior. A balança comercial apresentou superávit de US$ 2,3 bilhões, bem abaixo dos US$ 4,5 bilhões de um ano antes. As exportações de bens somaram US$ 30,7 bilhões, alta de 7%, enquanto as importações subiram expressivos 17,4%, totalizando US$ 28,4 bilhões, recorde da série histórica. O desempenho das importações foi influenciado por uma operação pontual de aquisição de plataforma de petróleo, no valor de US$ 2,4 bilhões, o que explica boa parte do aumento das compras externas. Na conta de serviços, o déficit recuou 11,6% em relação a setembro de 2024, somando US$ 4,9 bilhões. A melhora veio principalmente da redução das despesas líquidas com transporte (-7,0%, US$ 1,4 bilhão) e com serviços de telecomunicação, computação e informação (-12,2%, US$ 735 milhões). Por outro lado, as despesas com propriedade intelectual aumentaram fortemente, 64,9%, alcançando US$ 1,2 bilhão, enquanto os gastos líquidos com viagens internacionais ficaram estáveis em US$ 1,3 bilhão, mantendo o mesmo patamar do ano anterior. O déficit em renda primária somou US$ 7,6 bilhões, aumento de 14,1% frente a setembro de 2024. As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 5,4 bilhões, acima dos US$ 4,3 bilhões de um ano antes. Já as despesas líquidas com juros ficaram em US$ 2,3 bilhões, levemente inferiores às de setembro de 2024. Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 10,7 bilhões em setembro, o maior valor para o mês em toda a série histórica, superando os US$ 3,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o IDP chegou a US$ 75,8 bilhões, equivalentes a 3,47% do PIB, um aumento significativo frente aos US$ 69 bilhões (3,18% do PIB) observados em agosto. O resultado do mês continua a mostrar uma deterioração das contas externas do país que, felizmente, no mesmo período, foi fortemente compensado pela entrada de investimento estrangeiro direto. Enquanto essa situação positiva da economia perante investidores internacionais prevalecer, as contas estarão sendo saldadas sem precisar recorrer ao uso das reservas internacionais.
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  • Semana Econômica - 27/10/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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  • IPCA-15 vem abaixo do esperado, podendo ajudar no início da queda da Selic
    O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,18% em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração em relação à taxa de setembro (0,48%) e também ficou abaixo dos 0,54% observados em outubro de 2024. Com isso, o índice acumula alta de 3,94% no ano e 4,94% nos últimos 12 meses, menor que os 5,32% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram aumento de preços em outubro. O maior impacto positivo veio de Transportes (0,41%), que contribuiu com 0,08 p.p. no índice geral, seguido por Despesas pessoais (0,42%), com impacto de 0,04 p.p. Já o grupo Alimentação e bebidas (-0,02%), de maior peso no cálculo da inflação, registrou queda pelo quinto mês consecutivo. As variações dos demais grupos oscilaram entre o recuo de 0,64% em Artigos de residência e o aumento de 0,45% em Vestuário. O resultado de Transportes foi fortemente influenciado pela alta dos combustíveis (1,16%) e das passagens aéreas (4,39%). Entre os combustíveis, destacaram-se as elevações do etanol (3,09%), da gasolina (0,99%) e, em menor grau, do óleo diesel (0,01%), enquanto o gás veicular recuou 0,40%. O transporte público também contribuiu positivamente, com alta de 0,32% nos ônibus urbanos e de 0,03% no metrô. Em Despesas pessoais, os maiores aumentos vieram de itens ligados ao lazer e aos serviços domésticos, com destaque para cinema, teatro e concertos (2,05%), pacotes turísticos (1,97%) e empregado doméstico (0,52%). O grupo Habitação, que havia subido 3,31% em setembro, desacelerou fortemente para 0,16% em outubro. Essa variação foi influenciada pela queda de 1,09% na energia elétrica residencial, após a implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Apesar disso, alguns subitens tiveram alta, como o gás de botijão (1,44%) e o aluguel residencial (0,95%). Já o grupo Alimentação e bebidas continuou a registrar queda de preços, embora em menor intensidade que no mês anterior (-0,35%). A alimentação no domicílio teve recuo de 0,10%, influenciado pelas reduções nos preços da cebola (-7,65%), do ovo de galinha (-3,01%), do arroz (-1,37%) e do leite longa vida (-1,00%). Em contrapartida, houve alta no óleo de soja (4,25%) e nas frutas (2,07%). A alimentação fora do domicílio (0,19%) também desacelerou, refletindo altas mais moderadas no lanche (0,42%) e na refeição (0,06%). Entre as regiões pesquisadas, sete das onze áreas apresentaram alta no índice em outubro. Goiânia registrou a maior variação (1,30%), impulsionada pelos fortes aumentos do etanol (23,80%) e da gasolina (10,36%). Na outra ponta, Belém teve a maior queda (-0,14%), influenciada pelas reduções nos preços do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%). Em São Paulo, região de maior peso no índice, a inflação ficou em 0,21%, enquanto no Rio de Janeiro houve leve deflação de -0,05%. O IPCA-15 desacelerando e, posteriormente, o IPCA de outubro também vindo em queda, que deve ser puxada pela redução do preço da gasolina, que veio somente depois do dia 15, podem influenciar o Banco Central na decisão de juros para o início do ano que vem, pois como a inflação ainda está acima da meta e sem redução esperada no horizonte para 2027, o processo de redução deve realmente ficar para 2026.
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  • IBCR mostra desaceleração regional
    O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central para agosto mostra um quadro heterogêneo: enquanto algumas res conseguiram crescer, outras perderam força. Na comparação mensal, o destaque negativo veio da região Centro-Oeste (-2,5%), puxada pela queda em Goiás (-1,1%), o que destaca oscilações no setor agroindustrial e no comércio local. O IBCR é calculado para os estados mais relevantes da economia brasileira, mensalmente, mostrando uma regionalização do desempenho econômico do país, medido pelo IBC-Br. Também houve recuo expressivo na Região Norte, com retração de 2,1%, refletindo especialmente a queda observada no Amazonas (-3,2%) e no Pará (-0,5%). No Sudeste (-0,3), Minas Gerais (-1,4%), Espírito Santo (-0,8%) e Rio de Janeiro (-0,3%) registraram quedas, ao passo que São Paulo ficou estável (0%). Por outro lado, o Sul (0,3%) e o Nordeste (0,1%) apresentaram variações positivas. Entre os estados do Sul, Paraná (1,5%) e Rio Grande do Sul (0,6%) mostraram um resultado positivo, contrastando com a queda em Santa Catarina (-1,3%). No Nordeste, Pernambuco (-0,9%) e Ceará (-0,6%) apresentaram retração. Por outro lado, a Bahia manteve-se estável (0%), o que ajudou a compensar parte das perdas regionais. No acumulado do trimestre, o panorama é mais favorável. O Sul (1,3%) liderou o crescimento, impulsionado por Rio Grande do Sul (2,4%). A Região Nordeste (1,1%) também teve bom desempenho, com destaque para Pernambuco (2,5%) e Bahia (1,4%), enquanto o Sudeste (0,5%) mostrou expansão moderada, apoiada por Minas Gerais (1,5%) e Rio de Janeiro (1,0%). O Norte (0,5%) e o Centro-Oeste (0,0%) mostraram dinamismo limitado, influenciados pelo comportamento mais fraco do Amazonas (-2,3%) e de Goiás (0,3%). É importante acompanhar esses índices regionais porque eles trazem mais informações do desempenho da economia brasileira, de forma descentralizada, o que ajuda a entender melhor não só como determinados setores estão se comportando como também está o desempenho de cada região e principais estados de um país tão grande quanto o Brasil.
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  • Até a Netflix foi impactada pelo caos tributário brasileiro
    O caso da Netflix voltou a expor o manicômio tributário que vivemos, um sistema tão complexo que conseguiu afetar o resultado de uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. A gigante do streaming divulgou um balanço positivo no terceiro trimestre de 2025, com receita de US$ 11,5 bilhões, alta de 17% frente ao mesmo período do ano anterior. Mas o otimismo durou pouco: uma despesa extraordinária de US$ 620 milhões, ligada à cobrança da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre remessas ao exterior, reduziu sua margem operacional de 34% para 28%, segundo o relatório divulgado. Sem o impacto dessa disputa tributária no Brasil, a Netflix teria superado suas próprias projeções de margem, que eram de 31%. Agora, a estimativa para o ano caiu de 30% para 29%, embora o fluxo de caixa livre tenha sido revisado para cima, chegando a US$ 9 bilhões. O caso mostra o custo de fazer negócios no Brasil. A situação é mais um exemplo de como a insegurança jurídica e a complexidade fiscal afetam a rentabilidade de empresas que operam no país. O caso reacendeu um debate que já se arrasta há anos: como deve funcionar a tributação sobre plataformas de streaming no Brasil? A cobrança da CIDE envolve os serviços prestados pela matriz americana à operação brasileira da Netflix, um tema que ainda divide opiniões jurídicas. Está no Congresso um projeto de lei que pretende taxar entre 3% e 6% da receita das plataformas digitais, além de impor cotas de conteúdo nacional e exigir maior transparência sobre dados de audiência. Para alguns, a medida é necessária para fortalecer a produção audiovisual brasileira. Na realidade, representa mais uma camada de incerteza e custos, que pode afastar investimentos e encarecer os serviços para o consumidor final brasileiro. O impacto foi sentido também no mercado. As ações da Netflix caram mais de 6% e o lucro por ação veio abaixo do previsto, o desempenho foi diretamente afetado pelo conflito com as autoridades fiscais brasileiras. O custo Brasil segue sendo um entrave real e mensurável. Quando até uma gigante como a Netflix tem seu resultado global impactado por uma disputa tributária local, fica evidente que a complexidade fiscal brasileira não é apenas um problema burocrático, é uma questão de competitividade e de imagem internacional. Enquanto o país não avançar em uma reforma tributária que simplifique regras e ofereça previsibilidade, casos como esse continuarão a se repetir, afastando investimentos e reforçando a percepção de que fazer negócios no Brasil é um enorme desafio tributário.
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