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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • Balança comercial brasileira e encaminha para 2º ano consecutivo de queda
    O saldo da balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,8 bilhões em novembro, resultado que representa uma queda de 13,4% na comparação com o mesmo mês de 2024 e também uma retração significativa em relação a 2023, quando o saldo havia sido de US$ 8,8 bilhões. Ainda assim, o número ficou levemente acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana das projeções era de US$ 5,5 bilhões. O desempenho foi influenciado, principalmente, pelo aumento das exportações para a China e pela forte queda das vendas para os EUA. No comércio com os chineses, o Brasil obteve superávit de US$ 2,57 bilhões, enquanto, com os EUA, apresentou déficit de US$ 1,17 bilhão. Já no comércio com a Argentina, o saldo foi positivo em US$ 129 milhões, ao passo que, com a União Europeia, houve déficit de US$ 123,2 milhões. As exportações em novembro somaram US$ 28,5 bilhões, alta de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. Para a China, as vendas totalizaram US$ 8,27 bilhões, com expressivo crescimento de 41% na comparação anual. Em contrapartida, as exportações para os EUA alcançaram apenas US$ 2,66 bilhões, o que representa uma queda de 28,1%, mesmo o país sendo o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Esse recuo ainda reflete os efeitos do tarifaço de importação aplicado sobre diversos produtos, como carne, café, tomate e banana. Entre os itens que mais registraram queda nas exportações para os Estados Unidos em novembro, destacam-se: óleos brutos de petróleo (-66%), café não torrado (-55,6%), carne bovina (-58,6%), sucos de frutas ou vegetais (-41,1%) e celulose (-31,4%). Já as importações totalizaram US$ 22,7 bilhões, com alta de 7,4% em relação ao ano anterior. As compras do Brasil junto à China somaram US$ 5,7 bilhões, crescimento de 3,1% na comparação anual. No caso dos EUA, as importações atingiram US$ 3,83 bilhões, com forte elevação de 24,5%. Do ponto de vista setorial, as importações foram dominadas pela indústria de transformação, com destaque para óleos combustíveis, motores e máquinas, veículos automotores, autopeças e medicamentos, todos com crescimentos expressivos em valor importado. Em contrapartida, a indústria extrativa teve retração significativa, com queda de 38,0% nas importações de óleos brutos de petróleo. No acumulado do ano até novembro, o Brasil registra superávit comercial de US$ 57,8 bilhões, resultado que representa uma queda de 16,8% em relação a 2024. As exportações somaram US$ 317,8 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 260 bilhões. As compras externas avançaram 7,2% no período, enquanto as exportações cresceram apenas 1,8%, o que explica a redução do saldo comercial. Esse é o segundo ano consecutivo de queda do superávit, após o recorde observado em 2023, e a expectativa é de que 2025 seja encerrado com saldo inferior ao de 2024, restando apenas o resultado de dezembro. Esse movimento gera preocupação, pois o superávit da balança comercial é fundamental para o equilíbrio das contas externas do país. Ele contribui diretamente para a sustentação do balanço de pagamentos e para a manutenção ou ampliação das reservas internacionais, reduzindo a necessidade de recorrer a empréstimos externos.
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  • Brasil deve ter pior crescimento do PIB desde 2020, ano da pandemia
    No terceiro trimestre, o PIB cresceu apenas 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A Agropecuária teve alta de 0,4%, a Indústria cresceu 0,8% e o setor de Serviços, de maior peso da economia, avançou apenas 0,1%. Pelo lado da oferta, o crescimento da Indústria veio principalmente de Indústria Extrativa (1,7%), Construção (1,3%) e Indústria de Transformação (0,3%). Em contrapartida, a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos registrou queda de 1,0%. Nos Serviços, cresceram Transporte, armazenagem e correio (2,7%), Informação e comunicação (1,5%), Atividades imobiliárias (0,8%), Comércio (0,4%), Administração pública (0,4%) e Outras atividades de serviços (0,2%). O único desempenho negativo foi o de Atividades financeiras, que recuou 1,0%. Pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias aumentou 0,1%, o Consumo do Governo avançou 1,3% e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 0,9%. No setor externo, tanto as exportações quanto as importações apresentaram expansão, de 3,3% e 0,3%, respectivamente. A taxa de investimento do período foi de 17,3%, levemente inferior à registrada no mesmo trimestre de 2024 (17,4%), enquanto a taxa de poupança permaneceu estável, em 14,5%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o PIB cresceu 1,8%, impulsionado principalmente pela Agropecuária, que registrou forte avanço de 10,1%. A Indústria cresceu 1,7%, destacando-se a elevação de 11,9% nas Indústrias Extrativas, favorecida pelo aumento da produção de petróleo e gás. A Construção também apresentou crescimento, de 2,0%. Já Indústrias de Transformação teve queda de 0,6%, influenciada por recuos na produção de derivados de petróleo, bebidas, produtos de metal e madeira. Entre os Serviços, houve expansão em Informação e comunicação (5,3%) e Transporte, armazenagem e correio (4,2%). O consumo das famílias registrou sua 18ª alta consecutiva (0,4%), impulsionado pela forte expansão do crédito, aumento da massa salarial real e por transferências de renda. O consumo do governo cresceu 1,8% também expandindo o PIB. A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,3%, impulsionada principalmente pela construção, pelas importações de bens de capital e pelo desenvolvimento de softwares, apesar da queda na produção doméstica desses bens. No comércio exterior, as exportações tiveram alta expressiva (7,2%), com destaque para petróleo e gás, veículos, produtos agropecuários e celulose. As importações cresceram 2,2%, puxadas especialmente por máquinas e equipamentos, produtos químicos e equipamentos de transporte. No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento do PIB foi de 2,4% em comparação ao mesmo período de 2024. A Agropecuária manteve-se como principal destaque, com alta de 11,6%. A Indústria cresceu 1,7%, enquanto Serviços avançaram 1,8%. Entre os serviços, os maiores ganhos vieram de Informação e comunicação (6,2%), Atividades financeiras (2,4%), transporte (2,2%) e atividades imobiliárias (2,0%). Nos segmentos industriais, o melhor desempenho foi observado nas Indústrias Extrativas, com crescimento de 7,4%. A desaceleração do PIB preocupa, pois mostra que a economia deve ter seu menor crescimento desde o ano de 2020, quando houve a pandemia. Os juros altos são um dos principais fatores, mas a falta de políticas mais voltadas para um crescimento sustentado, combinado com o excesso de gastos e expansão de crédito em algum momento cobram o seu preço. O último trimestre deve reverter a situação, novamente na base de mais gastos e aumento de consumo com expansão de crédito.
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  • Taxa de desemprego cai para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, a menor taxa da série histórica
    Além disso, o número de desocupados caiu para 5,9 milhões, o que também representa o menor patamar desde o início do levantamento, em 2012. Esse dado chama muita atenção porque houve um recuo de 3,4% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mês passado, a taxa também caiu 0,2 p.p., pois estava em 5,6%. Já na comparação com o ano passado, no trimestre encerrado em outubro, houve 788 mil pessoas a menos na relação de desocupadas. Isso chama muita atenção em um momento de forte pressão no mercado de trabalho, com vários setores sem conseguir mão de obra, principalmente na construção civil e no setor sucroalcooleiro, além da concorrência com programas sociais, como o Bolsa Família, e com pessoas que preferem permanecer na informalidade recebendo benefícios e fazendo bicos. O número gera bastante questionamento por parte do mercado, mas, de todo modo, aumenta a pressão sobre o mercado de trabalho e traz preocupações em relação à inflação. Um mercado de trabalho pressionado, com taxa de desemprego na mínima histórica, acaba impactando de forma relevante os preços dos serviços, o valor da mão de obra e o custo do trabalho. Isso termina repercutindo diretamente no nível de preços dos produtos e serviços ofertados à população. A taxa de juros, no atual patamar de 15%, restringe bastante a contratação formal. O Caged mostrou uma geração de empregos bem abaixo do que se esperava em nível nacional. Pernambuco, inclusive, foi destaque positivo, sendo líder no Nordeste e o terceiro maior do país em geração de empregos formais. No entanto, de forma geral, no Brasil como um todo, observa-se uma desaceleração do emprego formal. Já na parte informal, continua havendo redução no número de pessoas que estão procurando emprego.
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  • Indústria brasileira continua andando de lado, mesmo no final do ano
    A produção industrial registrou alta de 0,1% em outubro na comparação com setembro. Em relação a outubro de 2024, a indústria recuou 0,5%, enquanto o acumulado do ano avançou 0,8% e nos últimos 12 meses, 0,9%. Na passagem mensal, três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram crescimento, assim como 12 dos 25 ramos pesquisados. Entre as grandes categorias, bens de consumo duráveis teve o melhor desempenho mensal (2,7%), bens de capital e bens de consumo semi e não duráveis cresceram 1,0% cada, e os bens intermediários tiveram queda de 0,8%. O destaque positivo entre as atividades foi o setor de indústrias extrativas, com alta de 3,6%. Os segmentos relevantes que impulsionaram a produção foram: equipamentos de informática e eletrônicos (4,1%), confecção (3,8%), veículos automotores (2,0%), produtos químicos (1,3%) e alimentos (0,9%). Em contrapartida, 13 atividades registraram queda, com impacto mais forte de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e do setor farmoquímico e farmacêutico (-10,8%), que acumula perda de 19,8%. Na comparação com outubro de 2024, o setor industrial recuou 0,5%, com resultados negativos em 3 das 4 grandes categorias, 15 dos 25 ramos e mais da metade dos produtos pesquisados. Entre os maiores pesos negativos estão coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e veículos automotores (-8,4%), pressionados pela menor produção de combustíveis e de autopeças. Outras quedas importantes ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), produtos de madeira (-10,7%), e impressão e reprodução de gravações (-18,7%). Por outro lado, dez atividades cresceram no comparativo interanual, com forte contribuição das indústrias extrativas (10,1%) e dos produtos alimentícios (5,3%). Houve também avanços relevantes em manutenção e reparação de máquinas (10,1%), outros equipamentos de transporte (8,3%) e produtos têxteis (5,9%). Entre as categorias econômicas, bens de capital registraram queda de 2,9%, influenciados principalmente pela redução na produção de equipamentos de transporte. Bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,6%, bens intermediários tiveram leve recuo de 0,1%, interrompendo uma sequência de sete altas, enquanto bens de consumo duráveis cresceram 0,4%. No acumulado de janeiro a outubro, a indústria cresceu 0,8%, com avanços em 14 dos 25 ramos pesquisados. As maiores contribuições vieram das indústrias extrativas (4,7%) e de máquinas e equipamentos (6,0%). Por outro lado, o setor de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis liderou as quedas (-4,9%), pressionado pela menor produção de etanol. Entre as grandes categorias, destacam-se o avanço de bens de consumo duráveis (3,9%) e bens intermediários (2,1%). Já bens de consumo semi e não duráveis acumulam queda de 2,5%, e bens de capital recuam 0,6%. A indústria brasileira sofre com o excesso de burocracia, regulamentações e baixa produtividade. Além desses problemas, com uma Selic a 15% ao ano, se torna muito difícil fazer investimentos e apresentar um processo expansivo, enquanto a inflação não convergir para a meta e os juros poderem cair. A Reforma Tributária trará um grande alívio para o setor, mas vai demorar e não é o único problema a ser resolvido.
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  • Semana Econômica - 01/12/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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