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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • A decisão da Superquarta não trouxe mudanças em relação ao que já se esperava
    Nos Estados Unidos, houve uma redução de 0,25 p.p. na taxa de juros, indo agora para 4,00% a 4,25%, acompanhada de um discurso que promete novas reduções ainda este ano, encerrando 2025 provavelmente com a taxa abaixo dos 4,00%. Chamou a atenção do mercado a divergência do novo indicado ao Federal Reserve pelo presidente Donald Trump, que votou por um corte maior, de 0,5 p.p.. Aqui no Brasil, a Selic foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária, também sem grandes surpresas. Havia expectativa de que o comunicado divulgado junto com a decisão fosse mais ameno, o que abriria espaço para uma redução em dezembro. No entanto, o tom foi bastante “hawkish”, como se diz no mercado, ou seja, sem dar espaço para discutir cortes de juros no curto prazo, mesmo com a melhora recente no cenário externo e no câmbio. Assim, a chance de corte em dezembro é pequena e talvez nem aconteça no início do ano, já que o comunicado trouxe previsões de inflação mais alta por um período prolongado. Esse cenário mexe bastante com a economia brasileira. A taxa de 15% ao ano torna mais complexos os investimentos, a expansão da produção e o capital de giro das empresas. Pelo lado da demanda, o consumo começa a ser ainda mais afetado, como mostram as quedas recentes nas vendas do varejo. O crédito para as famílias fica cada vez mais caro, dificultando ainda mais. A única variável que continua em expansão são os gastos governamentais, justamente a principal preocupação do Comitê de Política Monetária. Esse aumento de despesas amplia o déficit público, eleva o endividamento e gera pressão inflacionária, sustentando juros elevados. É um quadro que precisa ser tratado para que as taxas de juros possam começar a cair. Mas o cenário fica ainda mais difícil porque 2026 será ano de eleição, e em anos eleitorais, em geral, a responsabilidade fiscal tende a ser deixada de lado para atender aos anseios de governantes que buscam reeleição ou querem eleger seus indicados. As perspectivas para os juros no país, portanto, permanecem bastante complexas.
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  • O que esperar da Superquarta?
    Reflexões, dados e análises que te ajudam a entender melhor o Brasil e o mundo.
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  • Menor taxa de desemprego da história em julho traz pressão sobre juros
    A taxa de desemprego recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, alcançando o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. O resultado representa uma queda de 1 p.p. em relação ao trimestre anterior, quando estava em 6,6%. Em termos absolutos, a desocupação atinge 6,1 milhões de pessoas, número que corresponde a uma redução de 1 milhão de brasileiros que deixaram de procurar emprego em apenas três meses. Na comparação anual, a taxa caiu 1,2 p.p., mantendo a taxa de desemprego baixa, mesmo em um cenário de juros elevados, com a Selic mantida acima de dois dígitos desde 2022, em 15% ao ano. Segundo o IBGE, a população desocupada caiu 14,2% em relação ao trimestre anterior e 16% frente ao mesmo período de 2024, o que significa 1,2 milhão de pessoas a menos em busca de emprego. Outro destaque é a taxa de subutilização, que recuou para 14,1%, também o menor nível da série. Isso representa uma queda de 1,3 p.p. em relação ao trimestre anterior e de 2,1 p.p. em um ano. A população subutilizada foi de 16,1 milhões de pessoas, com reduções expressivas tanto no trimestre (menos 1,6 milhão) quanto em 12 meses (menos 2,3 milhões). Já o número de pessoas empregadas chegou a 102,4 milhões, recorde histórico, com crescimento de 1,2% no trimestre e 2,4% em 12 meses. Os empregos com carteira assinada no setor privado somaram 39,1 milhões, estáveis em relação ao trimestre anterior, mas 3,5% superiores ao mesmo período do ano passado. Já os empregados sem carteira no setor privado ficaram em 13,5 milhões, estáveis nas duas comparações. O setor público, por sua vez, empregava 12,9 milhões de pessoas, também recorde, com crescimento de 422 mil ocupações em três meses e 434 mil em um ano. Outro ponto de destaque foi o avanço do trabalho por conta própria, que atingiu 25,9 milhões de pessoas, um aumento de 492 mil pessoas no trimestre. A informalidade continua alta: 37,8% da população ocupada estava em trabalhos informais no trimestre encerrado em julho, o que representa 38,8 milhões de pessoas. Esse dado pouco se alterou frente ao trimestre anterior (38,5 milhões) e ao mesmo período de 2024 (38,7 milhões). Já os ganhos dos trabalhadores mostraram avanço. O rendimento real atingiu R$ 3.484, o maior da série histórica, com alta de 1,3% no trimestre e de 3,8% em um ano. Os dados do IBGE levantam uma questão difícil de ignorar: como é possível a taxa de desemprego bater recordes de queda enquanto a política monetária segue restritiva na economia com uma Selic de 15% ao ano? Os dados apresentam que, no período observado, os empregos vieram, em sua maioria, do setor público e do trabalho por conta própria que, somados, chegaram a quase 1 milhão de empregos em apenas um trimestre. A pressão do mercado de trabalho superaquecido sobre a inflação é um mau sinal para a política de juros do Banco Central e deve ajudar em sua manutenção num patamar alto.
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  • Semana Econômica - 15/09/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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  • Setor de serviços tem alta pelo 6º mês consecutivo, puxando a economia
    Em julho, o setor de serviços registrou uma expansão de 0,3% em relação a junho. O resultado levou o setor a atingir o maior nível da série histórica, ficando 18,5% acima do patamar de fevereiro de 2020, período pré-pandemia. Na comparação com julho do ano passado, o volume de serviços avançou 2,8%, acumulando 16 meses consecutivos de taxas positivas. No acumulado do ano, a alta é de 2,6%, enquanto em 12 meses, o índice mostra crescimento de 2,9%. O crescimento de julho foi puxado, principalmente, pelo setor de Informação e comunicação, que avançou 1,0% e voltou ao campo positivo após uma leve queda no mês anterior. Também contribuíram os Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e os Serviços prestados às famílias (0,3%), que interromperam perdas acumuladas nos meses anteriores. Do outro lado, os Transportes recuaram 0,6%, devolvendo parte do ganho de junho, enquanto Outros serviços caíram 0,2% e registraram a segunda queda seguida. Na comparação com julho do ano passado, Transportes (4,1%) e Informação e comunicação (4,6%) tiveram os maiores impactos positivos, sustentados por atividades ligadas ao transporte rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, logística e serviços de TI. Já os Serviços profissionais e administrativos cresceram 2,5%, apoiados por consultoria em gestão, publicidade e plataformas digitais. Em contrapartida, os Outros serviços (-2,0%) e os Serviços prestados às famílias (-1,8%) pesaram negativamente, especialmente pela queda de receitas em restaurantes, corretoras de valores e serviços financeiros auxiliares. No acumulado de janeiro a julho de 2025, o setor de serviços registrou expansão de 2,6% frente ao mesmo período do ano anterior, refletindo avanços em quatro das cinco grandes atividades. O destaque ficou com Informação e comunicação, que cresceu 6,0% impulsionado pelo dinamismo das empresas ligadas a softwares, consultoria em TI e suporte técnico. Transportes e serviços auxiliares (2,1%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%) também mostraram desempenho positivo. Já os Serviços prestados às famílias cresceram 1,3%, beneficiados pela demanda em hotéis, restaurantes e bufês. Em contrapartida, o único recuo veio de Outros serviços, que caiu 2,2%. Regionalmente, 12 das 27 unidades da federação registraram crescimento frente a junho. Santa Catarina (0,9%), São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%) e Rondônia (10,9%) puxaram os resultados positivos. Já Minas Gerais (-0,7%), Rio de Janeiro (-1,8%) e Amazonas (-3,5%) apresentaram os maiores recuos. Na comparação anual, o avanço nacional de 2,8% foi sustentado principalmente por Paraná (4,9%), São Paulo (6,0%), Mato Grosso (6,2%) e Mato Grosso do Sul (15,9%), enquanto Minas Gerais (-2,0%), Bahia (-2,6%), Distrito Federal (-2,8%) e Rio de Janeiro (-2,9%) lideraram as perdas. O setor de serviços, que representa 70% do PIB nacional, vem sustentando um crescimento mais forte da economia desde a pandemia. A indústria tem andado de lado, o agronegócio cresce, mas representa pouco do PIB, deixando a economia brasileira muito dependente de um setor que hoje tem carga tributária mais baixa, alta informalidade, baixa dependência do crédito, que por sinal está muito caro, e emprega mais.
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