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Ecio Costa - Economia e Negócios

Ecio Costa
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  • Setor de serviços cresce pelo nono mês seguido e renova o ponto mais alto da série histórica
    Em outubro, o volume de serviços registrou alta de 0,3% em relação ao mês anterior. Esse é o nono resultado positivo consecutivo, acumulando alta de 3,7% no período e alcançando um novo recorde histórico. Com isso, o setor está 20,1% acima do patamar pré-pandemia. Na comparação com outubro do ano passado, o volume de serviços cresceu 2,2%, marcando a 19ª taxa positiva seguida. Tanto no acumulado do ano quanto no acumulado em 12 meses, a expansão chega a 2,8% No desempenho mensal, todas as cinco grandes atividades avançaram. A maior contribuição ficou com o setor de transportes, que avançou 1,0%, acumulando ganho de 2,4% nos últimos três meses. Informação e comunicação também cresceu (0,3%), embora com perda de fôlego em relação a setembro (1,2%). Outros serviços tiveram alta de 0,5%, registrando o quarto resultado positivo seguido. Já serviços profissionais e administrativos, e os prestados às famílias, variaram 0,1%, recuperando parte da queda do mês anterior. Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,2% em outubro, com avanços em quatro das cinco atividades. O destaque foi informação e comunicação, que cresceu 5,7% e deu a maior contribuição positiva para o resultado total. Os transportes cresceram 1,3%, impulsionados pelo bom desempenho do transporte de cargas, do transporte aéreo de passageiros e das operações aeroportuárias. Outros serviços avançaram 4,0%, e os serviços prestados às famílias, 0,3%. Em contrapartida, os serviços profissionais e administrativos recuaram 0,2%. No acumulado de janeiro a outubro, o setor cresceu 2,8%, com expansão em quatro das cinco atividades. O maior impacto positivo veio, novamente, de informação e comunicação (5,5%), impulsionado por empresas ligadas ao desenvolvimento de softwares. Transportes (2,8%), serviços profissionais e administrativos (2,2%) e serviços prestados às famílias (1,1%) também avançam no ano. A única influência negativa veio de outros serviços (-1,1%), afetados por quedas em atividades financeiras auxiliares. Regionalmente, 15 das 27 unidades da federação registraram alta no volume de serviços em outubro, na comparação com setembro. Os maiores avanços vieram do Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (2,5%), Espírito Santo (4,6%) e Mato Grosso do Sul (6,3%). Por outro lado, São Paulo (-0,6%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Distrito Federal (-3,9%) lideraram as quedas. O setor de serviços continua empurrando a economia brasileira para frente. Responsável por mais de 70% do PIB, funciona com muita informalidade e paga menos impostos que a indústria. A produção agropecuária, apesar de crescer mais que o setor de serviços, tem bastante oscilação e pequena participação no PIB. Da pandemia para cá, os avanços tecnológicos do setor e o PIX ajudaram muito no crescimento do setor de serviços.
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  • O COPOM trouxe uma frustração nas expectativas do mercado, que aguardava um corte já em janeiro, e apresentou diversos argumentos de incertezas à frente da economia
    O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa de juros em 15% ao ano e reafirmou a necessidade de cautela diante das incertezas, da inflação de serviços e da desancoragem das expectativas. Essa decisão frustrou parte do mercado, principalmente o setor produtivo, que esperava o início da redução da taxa de juros já em janeiro. Agora, esse movimento só deve acontecer em março, caso não tenhamos nenhuma surpresa até lá. A análise trouxe um banho de água fria para quem estimava esse início de corte nos dias 27 e 28 de janeiro. No comunicado, o COPOM reforçou a necessidade de cuidado e cautela diante de um cenário de elevada incerteza. Os dirigentes do Banco Central mantiveram a estratégia de juros altos por um período prolongado, a fim de garantir a convergência da inflação para a meta. De acordo com o Comitê, ainda há riscos importantes para a inflação, como a desancoragem das expectativas, a resiliência da inflação de serviços e a combinação das políticas econômicas interna e externa. As previsões do mercado agora apontam para uma taxa de juros em 12% no final de 2026, com início dos cortes em março e reduções de 0,50 p.p. por reunião até alcançar os 12% em novembro. Essa é a maior aposta do mercado. Porém, esse cenário pode mudar caso 2026 registre um forte impulso fiscal, com gastos elevados por conta das eleições presidenciais e estaduais. Enquanto isso, nos Estados Unidos houve uma redução de 0,25 p.p., mas com um comunicado que também trouxe preocupações quanto ao horizonte da taxa de juros americana. O Fed sinalizou que pode haver uma pausa dessas reduções nas próximas reuniões para observar melhor o comportamento do mercado e da economia. Assim, o balanço da Superquarta foi marcado por redução de juros nos Estados Unidos e manutenção da taxa aqui no Brasil.
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  • Inflação abaixo do teto da meta pela primeira vez desde setembro do ano passado
    O IPCA registrou alta de 0,18% em novembro. O resultado do mês ficou 0,09 p.p. acima da taxa observada em outubro, mas 0,21 p.p. abaixo de novembro de 2024, acumulando alta de 3,92% no ano e de 4,46% nos últimos 12 meses. Esta foi a primeira leitura do acumulado de 12 meses, onde a inflação ficou levemente abaixo dos 4,5%, teto da meta de inflação, desde o ano passado, apontando uma trajetória de convergência para a meta, apesar de ainda distante. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram variação positiva no mês. Os maiores impactos vieram de Despesas pessoais, que subiu 0,77%, e Habitação, com alta de 0,52%, ambos contribuindo com 0,08 p.p. para o IPCA de novembro. No grupo Despesas pessoais, o principal destaque foi a alta da hospedagem, que avançou 4,09% e sozinha respondeu por 0,03 p.p. do índice do mês. Esse movimento foi fortemente influenciado pela significativa variação observada em Belém, onde os preços do subitem subiram 178,93% em função da COP 30 (Conferência do Clima da ONU). Após a queda de 0,30% em outubro, o grupo Habitação voltou a registrar alta em novembro, impulsionado principalmente pela energia elétrica residencial, que avançou 1,27% e teve impacto de 0,05 p.p. no IPCA. A variação refletiu a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Com isso, a energia elétrica acumula alta de 15,08% no ano e de 11,41% em 12 meses, sendo o item de maior impacto inflacionário nesses dois períodos. Em Transportes, a alta de 0,22% foi puxada sobretudo pelo aumento de 11,90% nas passagens aéreas. Em sentido oposto, os combustíveis registraram queda de 0,32%, com recuos no gás veicular, na gasolina e no óleo diesel, enquanto o etanol foi o único a apresentar alta. O grupo também considerou os efeitos de gratuidades concedidas no transporte público em algumas capitais, em razão de feriados e da realização do ENEM. Já o grupo Artigos de residência apresentou a maior queda entre todos, com recuo de 1,00%, influenciado principalmente pelas reduções nos preços de eletrodomésticos, equipamentos (-2,44%) e itens de TV, som e informática (-2,28%). Enquanto isso, Saúde e cuidados pessoais tiveram variação negativa de 0,04%, sobretudo, da queda de 1,07% nos preços dos artigos de higiene pessoal. Por fim, Alimentação e bebidas voltou ao campo negativo, com variação de -0,01%. A alimentação no domicílio caiu 0,20%, registrando a sexta retração consecutiva, com destaque para as quedas nos preços do tomate (-10,38%), do leite longa vida (-4,98%) e do arroz (-2,86%). Em contrapartida, houve altas no óleo de soja (2,95%) e nas carnes (1,05%). Já a alimentação fora do domicílio avançou 0,46%, embora com desaceleração tanto no lanche quanto na refeição. Regionalmente, a maior variação mensal do IPCA foi registrada em Goiânia (0,44%), influenciada principalmente pela alta da energia elétrica e das carnes. Em sentido oposto, Aracaju apresentou a menor taxa do país (-0,10%), refletindo as quedas no conserto de automóvel e na gasolina. No acumulado de 12 meses, os maiores índices foram observados em Vitória (5,31%) e São Paulo (5,04%), enquanto Campo Grande (3,42%) e Rio Branco (3,21%) ficaram entre os menores. A inflação continua sua trajetória de queda, com juros altos e desaquecimento da economia, mas a situação pode ser revertida no ano que vem, com aumentos de gastos, via impulso fiscal proporcionado pelas eleições presidenciais e dos estados, impactando o IPCA em 2026 e trazendo mais dificuldades para que o efeito da política monetária restritiva seja sentido.
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  • Superquarta deveria ajudar o câmbio, mas fator político está atrapalhando
    A Superquarta desta semana deve confirmar uma nova queda da taxa de juros nos Estados Unidos, passando dos atuais 4% para 3,75% ao ano, corroborada pelos dados recentes de inflação e emprego, que reforçam essa expectativa de redução. Aqui no Brasil, é praticamente certo que a taxa de juros será mantida nos atuais 15% ao ano, apesar de os dados mostrarem forte desaceleração do PIB nos últimos dois trimestres: crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre, após 0,4% no segundo trimestre. Os dados de inflação também mostram acomodação nos reajustes de preços. O problema segue sendo a questão fiscal, com diversas ações do governo para expansão de gastos, principalmente aqueles fora do arcabouço fiscal, que já somam mais de R$ 140 bilhões nos últimos anos e devem se intensificar no ano que vem, dificultando a redução dos juros. Ainda assim, há expectativa de queda da taxa já no início de 2026, com previsão de encerrar o próximo ano em 12%. Nos últimos dias, porém, um componente político tem complicado bastante a situação, especialmente no câmbio. O anúncio de que Flávio Bolsonaro será o candidato da direita à presidência fez com que, na sexta-feira e hoje, o dólar registrasse forte alta. Isso pode impactar a inflação brasileira, já que muitos insumos são importados, e pode levar a revisões da projeção de juros para o ano que vem. Mas, por enquanto, para esta Superquarta, devemos ter o cenário já mencionado.
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  • Semana Econômica - 08/12/2025
    Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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